Romulus, meu Pai

Romulus, My Father * *
(2007) 103 min (10 anos)

“As coisas mudam. Mas a nossa vida é feita do que nossos pensamentos fizerem dela.”

Austrália, Virginia - A citação acima poderia ser da autoria de Sidartha Gauthama, Marcus Aurelius ou Napoleon Hill. Pouco importa. A verdade destas palavras permanece, pois se há tanta dor no mundo, grande é a capacidade humana de superá-la. A biografia do escritor Raimond Gaita é um exemplo; mas que nem todos conseguem sobreviver às perdas sofridas, isso também é um fato.

Filho de migrantes pós-guerra, Rai poderia ter tido uma infância tranqüila e alegre em Frogmore, na cabana de madeira que era seu lar, mas a instabilidade emocional da mãe afeta a vida de todos. Trabalhando na forja, fabricando móveis de metal para jardim, lutando contra a adversidade, o pai Romulus procura dar uma boa educação ao garoto. A amabilidade dos vizinhos, o amigo Hora e a generosidade que existe no coração desta família ajudam Raimond Gaita a desenvolver sua inteligência e a tornar-se um homem amadurecido, filósofo e escritor.

Pelo que se vê no filme, o segredo está em dedicar-se aos outros e não desistir, recomeçar sempre. Há uns 40 anos atrás, Marcelina Pereira, uma cozinheira baiana que morou no Rio de Janeiro, gostava de repetir: “Nada como um dia depois do outro, e uma noite no meio.” Era sua maneira de dizer que, quando parece que tudo falha, ainda vale a pena ter esperança. Um pensamento assim salvou Raimond.

Diretor: Richard Roxburgh
Roteiro: Nick Dake, baseado em “Romulus my Father”, memórias de Raimond Gaita
Música: Basil Hogios
Fotografia: Geoffrey Simpson
Elenco: Eric Bana, Franka Potente, Marton Csokas, Kodi Smit-Mcphee.