(2009) 89 min (14 anos)
"Olhem para si mesmos. Desconectem-se de suas cadeiras, levantem-se e olhem no espelho. O que estão vendo é como Deus os fez. Não fomos feitos para vivenciar o mundo através de uma máquina."
EUA - Que tal vestir roupas confortáveis, ficar deitado numa poltrona macia, e mandar um robô super-eficiente e ágil fazer todas as suas tarefas, agradáveis e desagradáveis? A idéia parece especialmente tentadora para quem sofre de ansiedade, depressão, teme a violência urbana ou a contaminação por vírus e bactérias. Basta comprar um andróide, personalizar com o melhor de suas próprias feições e deixar-se ficar em casa, controlando mentalmente as ações de seu avatar.
O efeito secundário será um humano com fraqueza muscular e uma aparência desmazelada. Mas isso não parece incomodar os proprietários dos substitutos de feições eternamente jovens, belas, e corpos saudáveis. Eles são 98% da humanidade. Morando separadas, em reservas, estão as pessoas que se recusam a conviver com as máquinas substitutas.
A queda absoluta nas taxas de violência apoia o novo estilo de vida. Por isso, quando um estudante universitário e sua acompanhante são assassinados, o agente do FBI Thomas Greer não hesita em arriscar-se no mundo real para solucionar o mistério. Tom já experimentava os efeitos da solidão entre 4 paredes e ansiava pelo contato humano.
A trama de "Substitutos" é bem armada, apoiada por bons efeitos especiais e questionamentos instigadores sobre as consequências dos excessos na convivência virtual e da obsessão pela aparencia perfeita. A diferença entre os belíssimos robôs e seus desgastados proprietários lembra o romance "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde. O vaidoso Dorian buscava todos os prazeres, e seus vícios refletiam-se apenas em seu retrato, enquanto ele permanecia sempre jovem e belo. Já os humanos de "Substitutos", vítimas de comodismo e pavor ao sofrimento, envelhecem e perdem a vitalidade, enquanto seus robôs mantem o corpo perfeito. Qualquer das opções é o suprassumo da decadência.
Diretor: Jonathan Mostow
Roteiro: Michael Ferris & John Brancato, baseado nas histórias em quadrinho de Robert Venditti e Brett Veldele
Música: Richard Marvin
Fotografia: Oliver Wood
Elenco: Bruce Willis, Radha Mitchell, Rosamund Pike, Boris Kodjoe, James Cromwell, James Francis Ginty, Ving Rhames, Michael Cudlitz
O efeito secundário será um humano com fraqueza muscular e uma aparência desmazelada. Mas isso não parece incomodar os proprietários dos substitutos de feições eternamente jovens, belas, e corpos saudáveis. Eles são 98% da humanidade. Morando separadas, em reservas, estão as pessoas que se recusam a conviver com as máquinas substitutas.
A queda absoluta nas taxas de violência apoia o novo estilo de vida. Por isso, quando um estudante universitário e sua acompanhante são assassinados, o agente do FBI Thomas Greer não hesita em arriscar-se no mundo real para solucionar o mistério. Tom já experimentava os efeitos da solidão entre 4 paredes e ansiava pelo contato humano.
A trama de "Substitutos" é bem armada, apoiada por bons efeitos especiais e questionamentos instigadores sobre as consequências dos excessos na convivência virtual e da obsessão pela aparencia perfeita. A diferença entre os belíssimos robôs e seus desgastados proprietários lembra o romance "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde. O vaidoso Dorian buscava todos os prazeres, e seus vícios refletiam-se apenas em seu retrato, enquanto ele permanecia sempre jovem e belo. Já os humanos de "Substitutos", vítimas de comodismo e pavor ao sofrimento, envelhecem e perdem a vitalidade, enquanto seus robôs mantem o corpo perfeito. Qualquer das opções é o suprassumo da decadência.
Diretor: Jonathan Mostow
Roteiro: Michael Ferris & John Brancato, baseado nas histórias em quadrinho de Robert Venditti e Brett Veldele
Música: Richard Marvin
Fotografia: Oliver Wood
Elenco: Bruce Willis, Radha Mitchell, Rosamund Pike, Boris Kodjoe, James Cromwell, James Francis Ginty, Ving Rhames, Michael Cudlitz
O início desse filme me pareceu bastante promissor, mas vai caindo a um patamar que parece não querer levar tão a sério sua premissa em prol da ação, muito embora a cena da perseguição nas ruas é muito boa.
ResponderExcluirÉ verdade, Rafael, são raros são os filmes que começam e terminam sem deixar cair o interesse. Mas tenho uma quedinha por ficção científica, adoro os temas que suscitam, talvez por isso seja um pouco benevolente na sua avaliação, eu acho. ;-).
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