(2010) 117 min (16 anos)
"As pessoas tinham mais do que precisavam. Nós não reconhecíamos o que era precioso. Nós jogávamos fora coisas pelas quais hoje as pessoas são capazes de matar."
EUA - Depois da grande explosão, a Terra ficou completamente devastada. Os sobreviventes se dispersaram, vivendo pela lei do mais forte, saqueando, matando, sempre em busca do recurso mais valorizado: água. Traição, canibalismo, sujeira, tornaram-se a norma. Era importante examinar os braços estendidos das pessoas, pois tremiam as mãos dos que comeram carne humana, uma consequência da doença de Príon.
Durante 30 anos, um guerreiro solitário perambula pela América em direção à costa Oeste. Além das armas, carrega na mochila um livro precioso, que consulta todos os dias. Eli caça pequenos animais e procura mercadorias nas casas abandonadas. Evita envolver-se nos dramas alheios, ele tem sua própria missão. Eis que em seu caminho surge a jovem Solara, e o protetor do livro será lembrado de que é preciso viver sua mensagem.
É inevitável recordar-se de Mad Max e Omega Man, ao contemplar cenário e história de Eli. Gostei do sóbrio personagem, que aprecia música e valoriza resquícios de civilização, como usar parte da preciosa água para lavar-se com sabonete, agradecer a Deus antes das refeições e abster-se de provar os semelhantes. Entre meus conhecidos, as opiniões se dividiram radicalmente, alguns acharam o filme detestável. Mas o tema me agrada, Denzel Washington também, Gary Oldman sempre me convence, e enfurece, com seus vilões esmeradamente personificados. Foi o suficiente para me prender à tela com muito interesse. Seis integrantes da equipe do IMDB deram 8,5, ao filme e eles costumam ser exigentes, mas também devem adorar os pós-apocalípticos.
Curiosidades:
* Dan Inosanto, discípulo de Bruce Lee, treinou Denzel Washington nas artes marciais, por isso o ator não precisou de dublês nas lutas corpo a corpo.
* Em árabe, hebreu e aramaico, ELI é uma variante do nome de Deus. O sufixo "i" indica o possessivo da primeira pessoa do singular: "meu El", ou "meu Deus".
Diretor: Albert e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
Música: Atticus Ross, Leopold Ross, Claudia Sarne
Fotografia: Don Burgess
Elenco: Denzel Washington, Gary Oldman, Mila Kunis, Ray Stevenson, Jennifer Beals, Frances de La Tour, Michael Gambon, Tom Waits, Malcolm McDowell
Eis um tema que me agrada mundo. Os cenários pos-apocalipticos me fascinam de um jeito quase que inexplicável. Sou fã dos livros A Estrada e Eu Sou a Lenda e gostei bastante desses dois filmes.
ResponderExcluirDevo assistir The Book of Eli nessas férias ainda.
Este filme me lembrou O Sexto Sentido, pois o óbvio estava ali o tempo todo e só fui me dar conta no final.
ResponderExcluirBruno, estou curiosa quanto a sua reação. Ficarei de olho no teu blog para ver teu comentário.
ResponderExcluirAlex, realmente há indícios...
Este filme é uma grande desilusão. Não vale a tua pontuação.
ResponderExcluirAbraço
Cinema as my World
Nekas, e "A Estrada", você gostou? Aluguei hoje, mas vou dar um intervalo, para não misturar duas histórias tão semelhantes.
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