(2013) 75 min (12 anos)
Durante 600 anos, o espírito imortal de um jovem guerreiro está apaixonado por Janaína e empenhado numa luta contra o mal (Anhanga). O casal se encontra desde a colonização, em 1566, na Guanabara; novamente em 1825, durante o período da escravidão, outra vez em 1968, na ditadura militar, e no ano de 2096. Nesse futuro, poucas pessoas podem pagar pela água, administrada pela empresa pública Aquabrás. A reserva do aquífero Guarani está sendo exportada e o guerreiro é agora um jornalista que continua tentando salvar Janaína.
Já faz um tempinho que assisti "Uma História de Amor e Fúria" e, se não me recordo de detalhes da história, lembro de ter ficado satisfeita por ser uma animação brasileira de qualidade. Contudo, o que me marcou mesmo no desenho foram as circunstâncias da aventura do guerreiro imortal no futuro. Água é minha bebida favorita, valorizo-a e economizo. Odeio desperdício de qualquer coisa. Mas, na realidade de quem mora no Rio de Janeiro, pode não ser preciso esperar o ano 2096 para encontrar dificuldade em pagar pela água que se consome. Agora mesmo já não é nada fácil, para quem tem família grande e hidrômetro individual - especialmente se há várias moças de cabelo comprido na casa.
A CEDAE tem um método sinistro de cobrança: as terríveis faixas de consumo. Para quem gasta até 15 m³, a tarifa é bastante razoável: R$ 2,32 por m³. Mas na penúltima faixa - de 45 a 60 m³ - o consumo de cada caixa d'água de 1000 litros sai por R$ 13,93. São mais de 6 vezes o valor da primeira faixa! Depois a conta é multiplicada por dois, por conta do tratamento do esgoto (!) e ainda se soma a tudo uma taxa de recursos hídricos.
Se distribuíssemos as oito pessoas que atualmente tomam banho em nossa casa por três habitações diferentes, escaparíamos das fatídicas faixas. O consumo de cada moradia seria cerca de R$ 90 reais, totalizando R$ 270 - em vez dos R$ 800 que desembolsamos no mês de agosto. É assim que a CEDAE vem despertando a minha fúria. Já o filme do Bolognese tem virtudes suficientes para agradar os fãs de animação. Pela primeira vez, um desenho animado brasileiro ganhou o prêmio principal do Festival de Annecy, na França.
Diretor: Luiz Bolognesi
Roteiro: Luiz Bolognesi
Musica: Rica Amabis, Tejo Damasceno, Pupillo
Edição: Helena Maura
Vozes: Selton Mello, Camila Pitanga, Rodrigo Santoro
Distribuidora: Europa Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
Consegui cópia dessa animação.
ResponderExcluirSou fã de Selton e irei assistir essa semana. Volto para dizer minha opinião.
abs
Te aguardo, Renato! Também gosto muito do trabalho do Selton Mello.
ResponderExcluirOlá Stella Daudt.(54)
ResponderExcluirA animação tem qualidade de certo,todavia em movimentos mais lentos ou curtos e ainda possui CGI(Imagens geradas por computador) vez ou outra,o que para mim cria até um estilo nesse último.Mas eu acho que tudo isso é para a economia porque o CGI serve a isso e tem de fazer o melhor com que se tem($)... ^^
Eu gostei de como o Brasil tem outro lado da moeda,o modo como os heróis não são tão heroicos **SPOILERS* "O Pacificador" ou Patrono do Exército Nacional,por ex. *FIM DE SPOILERS**.E também da crítica da água -porque da animação eu já lhe falei ^^-,onde a taxa de esgoto -que seria para tratá-lo,não?- é igual a da água,mas os governos o lançam nos rios,córregos e mares.¬¬
E nessa taxa de consumo,as empresas dizem que é para estimular o consumo moderado.
Tchau.(54)