(2008) 116 min (14 anos)
EUA, Michigan - Veterano na Guerra da Coréia, Walt Kowalski está zangado com o mundo. Não entende a própria família, despreza os vizinhos, que não cuidam sequer do gramado de suas casas, e é rude com o Padre Janovich, jovem vigário de sua paróquia. Tendo perdido a esposa amada recentemente, Walt só está bem na companhia de Daisy, uma labradora já velha e gorducha. O bairro de Detroit em que mora está infestado de gangues de diferentes etnias, mas o americano de origem polonesa recusa-se a bater em retirada. Trabalhador aposentado da Ford, Walt é proprietário de um bem conservado Gran Torino Sport verde de 72, cobiçado por muitos.
Os preconceitos de Wally, como é chamado por Sue, sua simpática vizinha adolescente da etnia hmong, não o impedem de ser um bom homem, inimigo da injustiça e capaz de gestos de grandeza. O velho soldado assiste, perplexo, o amálgama cultural que se tornou sua amada América. E, deixando de lado a hostilidade, se torna protetor de Sue e seu irmão Thao.
Assisti o filme ao lado de um ateu convicto, fã do Clint, como eu. Meu companheiro vibrava com as piadinhas e o sarcasmo de Walt contra o padre católico, que se oferecia para ouvir a confissão do irreverente valentão de alma pesada. Aos poucos, os sorrisos do meu ateu favorito foram cessando, à medida em que fatos de vida e de morte aproximaram os dois homens na tela.
Clint Eastwood está intenso como ator, apesar dos 78 anos, e impecável como diretor. Espero que não seja seu último filme, mas, se fosse, estaria encerrando com chave de ouro. Quem já tiver assistido o filme, dê uma olhada no 1º comentário abaixo, em letras pequeninas, e depois diga se concorda com minha observação sobre a última cena. Quem não tiver visto, contenha a curiosidade!
Curiosidade:
* Os 'hmong' são montanheses do Laos, Tailandia e Vietnã que ajudaram o exército americano na luta contra os vietcongs e foram perseguidos pelo governo comunista ao final da guerra. Por isso, muitos emigraram para os Estados Unidos.
* Como não havia verdadeiros hmong nas listas do Sindicato de Atores, procuraram-se amadores nas comunidades de Detroit, Michigan; Saint Paul, Minnesota; e Fresno, California. Apenas Doua Moua (Spider) tinha experiência prévia.
* Clint Eastwood afirmou que este seria seu último filme como ator... :-(
Curiosidade:
* Os 'hmong' são montanheses do Laos, Tailandia e Vietnã que ajudaram o exército americano na luta contra os vietcongs e foram perseguidos pelo governo comunista ao final da guerra. Por isso, muitos emigraram para os Estados Unidos.
* Como não havia verdadeiros hmong nas listas do Sindicato de Atores, procuraram-se amadores nas comunidades de Detroit, Michigan; Saint Paul, Minnesota; e Fresno, California. Apenas Doua Moua (Spider) tinha experiência prévia.
* Clint Eastwood afirmou que este seria seu último filme como ator... :-(
Diretor: Clint Eastwood
Roteiro: Nick Schenk, baseado em história de Dave Johansson & Nick Schenk
Música: Kyle Eastwood, Michael Stevens
Fotografia: Tom Stern
Elenco: Clint Eastwood, Christopher Carley, Bee Vang, Ahney Her, Brian Haley, Geraldine Hughes.
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3 comentários:
(Jo 15,13) Observe a posição dos braços de Walt, dê uma olhada na citação do Evangelho e diga se o Clint é ou não é genial?
Olá Stella Daudt.[86]
Talvez muito do que Walt Kowalski se zangue e vá rosnando e movendo a boca,tem muito sentido porque os que cercam são muito desrespeitosos,tais quais na cerimônia solene que abre o filme.Fala-se comumente que reclamar "é da velhice",mas nem tanto;muita coisa tinha perdido a lembrança de explicação.
Convenhamos que as tiradas críticas de Walt para com o padre são engraçadas... ou não??O bruto Walt precisa notar confiança na postura e na condição dos que fogem ao teu "conservadorimo" para poder respeitá-los?
Para quem vê a fama da cinebiografia como ator de Clint Eastwood no próprio Walt,e em Walt a despedida do modo do ator/diretor se despedir da frente das câmeras,é uma grande defesa de carreira e por ventura da "personalidade bruta com coração" do astro.De um modo,ele pode ter aposentado a si mesmo antes que o fizessem,onde
embora ele estivesse atuando em seus próprios filmes,não foi a falta de público,a crítica ou o espaço menor de Hollywood aos artistas veteranos que o fizeram.Enfim,é melancólico Clint Eastwood parando -se sim- de toda forma. =(
**GRANDES SPOILERS RESUMINDO O FIM*
Além de se encaixar no que é bíblico e "tão Novo Testamento",Walt Kowalski foi bem pragmático e calculista.Cuidou de arrumar cuidadores à cachorra,conseguiu o tal
terno sob medida,atrasou seus amigos hmong não o alcançassem,confessou-se com o padre e esse montou guarda com a polícia,obteve todas as testemunhas da vizinhança,
foi desarmado e optou por não definhar pela doença(s) diagnosticada(s) e dar uma lição: no testamento,na maneira de tirar a gangue hmong toda de circulação e de fazer o que podia pelos seus amigos tão diferentes a princípio.E aí = https://www.youtube.com/watch?v=MT3ZikoYhqs&list=PL456A79BB8D458034&index=14
**FIM DE GRANDES SPOILERS RESUMINDO O FIM*
P.S.: Acho essa cena *Que possui trechos do filme* deverás interessante também :-) => https://www.youtube.com/watch?v=GiTepmOjA-E
Tchau.[86]
Olá Tabibito-san!
As tiradas críticas do Walt são até engraçadas, sobretudo para os ateus, creio eu. Já as tinha ouvido todas, ditas pelo meu próprio marido e outros amigos meus, pois se há tema que adoram debater é a existência de Deus, e adoram fazer piada sobre a religião católica. Não debocham do celibato dos monges budistas, não criticam os casos de pedofilia entre os protestantes, etc, só caem em cima dos católicos. Já estou acostumada, embora não conformada. Piadas como as de Walt já não me surpreendem, só magoam um pouco.
Piadas à parte, amei este filme! Espero que Clint continue como diretor!
Um grande abraço,
S.
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