(2009) 109 min (16 anos)
EUA, Nova Iorque, Harlem, 1987 - Clareece Precious Jones sonha ser loura, linda, magra. Aliás são sonhos os únicos momentos felizes de sua curta vida. Obesa, taciturna, quase analfabeta aos 16 anos, ela é diariamente agredida pela própria mãe, com palavras e objetos atirados em suas costas. Quando maltratada ou humilhada, Precious se imagina famosa, bem-vestida, glamurosa, se apresentando sob a luz dos refletores, adorada por todos. Na verdade, a jovem nunca teve um namorado, mas está grávida pela segunda vez. Quando a diretora do colégio descobre seu estado, encaminha Precious para uma escola alternativa. Uma boa educação é sempre um caminho de esperança.
Que contraste entre as histórias de Pollyanna e Precious! Se a tristeza da lourinha foi perder bons pais cedo, a miséria de Clareece Jones foi conviver com progenitores piores do que um pesadelo infernal, do qual não se consegue acordar. "Precious" é um filme forte, valorizado pela bela fotografia de Andrew Dunn e pelos desempenhos de Mo'Nique, como a mãe, e Gabourey Sidibe, em seu papel de estréia no cinema.
Curiosidades:* Geoffrey Fletcher foi o primeiro negro a vencer um Oscar de Melhor Roteiro.
* A comediante Mo'Nique aceitou o papel de Mary, a mãe violenta, para aumentar a consciência sobre abuso sexual. Ela mesma foi vítima de incesto e achou a experiência no filme terapêutica.
* Durante uma reunião, Precious pergunta à Sra. Weiss, a assistente social: "Qual a sua cor afinal? Algum tipo de negro ou espanhol?". "De que cor você acha que eu sou?" responde a personagem interpretada por Mariah Carey, ela mesma de ascendência irlandesa, negra e venezuelana.
Diretor: Lee Daniels
Roteiro: Geoffrey Fletcher, baseado no livro "Push" de Sapphire
Música: Mario Grigorov
Fotografia: Andrew Dunn
Elenco: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey, Lenny Kravitz, Nealla Gordon, Sherri Shepherd, Stephanie Andujar, Chyna Layne
Não acho este filme assim tão bom. Penso que a história é cliché.
ResponderExcluirAbraço
Cinema as my World
Caro Bruno, às vezes não parece que todas as histórias já foram contadas? Mas se chega bem embalada e com desempenhos sinceros, sempre me ganha... :-)
ResponderExcluirUm abraço
Nekas, não é tanto o filme, são as interpretações delas as duas. A Mo'nique está "breathless". Muito bom mesmo!
ResponderExcluirConcordo completamente, Dora!
ResponderExcluirÉ um impressionante trabalho de atores. Até a Mariah Carey está bem no papel.
ResponderExcluirSó acho que a vitória no Oscar de melhor roteiro não foi merecida.
Um filme bem acima da média!
Caro Bruno Knott: Também achei todo o elenco mais do que correto. Parecia que estava testemunhando fatos reais, como se fosse um documentário emocionante.
ResponderExcluirQuanto ao roteiro, acho difícil avaliar. Mas acho que o pessoal de Hollywood frequentemente gosta de ser politicamente correto nas premiações.
Olá Stella Daudt.(58)
ResponderExcluirO refúgio psicológico da ilusão.Ela pensa no que conhece de melhor e mais glorioso;só um glamour imenso para a mente dela
suportar "só por hoje",como diria-se no mantra dos dependentes químicos e acredito que assim ela agiria em algum lugar do seu pouco conhecimento de tanto que lhe é negado.
*GRANDES SPOILERS DO FIM DO FILME*
Como no final quando a desmaquiada Mariah Carey ouve a história da mãe acerca do primeiro abuso aos 3 anos.No meio da intimidade do casal Preciosa começa a ser abusada e a mãe só pergunta exclamativamente ao marido,contudo efetivamente não
age a favor da filha.Destaco do nojo de Mariah como assistente social que se enoja ao toque dessa mãe a tentar reatar essa
relação sem desvincular o laço dessa filha com o dinheiro do governo.
*FIM DE SPOILERS*
Um filme "cru" pela exposição e "de carne" porque tem gente no limite do ficcional."E não é fácil comer carne crua".Parece
ser confortante pensar nesse embrutecimento que é o que "Precioso(tipo a imaginativa protagonista)" pode passar e deixar de passar.
Tchau.(58)