(1998) 113 min
Chris é médico e casado com Annie, uma artista plástica. Eles têm 2 filhos e se amam. As crianças morrem num acidente e Chris 4 anos depois. Chegando ao céu, estonteante de beleza como os quadros de Annie, Chris reencontra os filhos, mas não a mulher. Descobre que ela está em outro espaço, por ter se suicidado. Para o médico não pode haver felicidade sem Annie e ele vai buscá-la, arriscando-se a também ficar ali para sempre.
O filme não se detem na presença de Deus, mas na idéia de que criamos nosso céu ou inferno. Ao nos fecharmos no círculo vicioso dos próprios pensamentos, eliminamos a possibilidade de mudança. É uma escolha individual, que ressalta a importância de direcionar os pensamentos para o bem. Alimentar idéias depressivas (ou quaisquer outras negativas, como a raiva e a vingança) é o mesmo que envenenar a própria mente. Felizmente hoje em dia há remédios eficientes para as crises e diferentes modalidades de terapia. Boas amizades e fé são um seguro contra o desespero.
Passados 10 anos do lançamento deste filme, as soluções visuais permanecem de uma beleza estonteante. É ver, para crer. Quanto ao Amor verdadeiro, vivenciado por Chris, é o que todo humano sonha para si. Ampliar a capacidade de amar, ser agradável e prestativo conduz à verdadeira felicidade. Lembrei-me de "Fim de Caso", baseado em romance de Graham Greene, onde um grande amor leva à compreensão até da infidelidade e à partilha de cuidados, em benefício da amada. A capacidade do ser humano para a grandeza é admirável.
Curiosidades:
* Quando Chris vai à cidade no Céu, entre as pessoas voando, estão personagens de Peter Pan (Wendy, Michael, John) e Mary Poppins. (Mas não achei Sininho no Inferno... hehehe)
*A mãe do diretor está entre as pessoas que voam na Biblioteca.
* O título em inglês vem de Hamlet, de Shakeaspeare (Act 3, Scene 1): "To sleep: perchance to dream: ay, there's the rub; For in that sleep of death what dreams may come When we have shuffled off this mortal coil must give us pause..."
Diretor: Vincent Ward
Roteiro: Ronald Bass, baseado em romance de Richard Matheson
Fotografia: Eduardo Serra, esse lisboeta maravilhoso! Responsável pelo visual de Diamante de Sangue, Moça do Brinco de Pérola, Corpo Fechado.
Música: Michael Kamen
Elenco: Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Annabella Sciorra, Max Von Sydow.
Roteiro: Ronald Bass, baseado em romance de Richard Matheson
Fotografia: Eduardo Serra, esse lisboeta maravilhoso! Responsável pelo visual de Diamante de Sangue, Moça do Brinco de Pérola, Corpo Fechado.
Música: Michael Kamen
Elenco: Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Annabella Sciorra, Max Von Sydow.
2 comentários:
Olá Stella Daudt.[90]
Faz sentido a ideia de individualizar o paraíso,pois se o castigo dos pecadores no inferno já é meio que imaginado do mesmo jeito;por que não cada um possuir seu pedacinho de céu no infinito Céu onde tudo é infinito?E isso de inferno/céu como um lugar que projeta e reflete o próprio eu é bem interessante;"Não repara na
bagunça" se encaixa em quê quando o ambiente e o ser se refletem?Por exemplo.(rsrs)
**SPOILER LEVE**
É interessante e dramático como as pessoas são perdidas(morrem) rapidamente e o filme tem de transformar as poucas cenas juntos em "vida como 'mágicas' em
sentimento".Contribuindo em muito para espiritualismo & espiritualidade,crivilidade da ligação e mensagens que eles pretendem passar.
**FIM DE SPOILER LEVE**
Não é bonito tudo ser uma experiência sensorial?Tanto o dos vivos como o dos mortos... Um bálsamo para a dureza poética e (talvez)tempo do filme.É interessante como arte,afeto,mensagens,discursos e como se revelam uns aos outros.Exemplo de lógica cartesiana: https://www.youtube.com/watch?v=VL0fKCYWcrA
Tão singularmente é o filme para o Ator Robin Williams nos findados dias de depressão{http://www.dn.pt/inicio/arte/interior.aspx?content_id=4226829}... Sempre achei o sorriso de Robin Williams,meio como um palhaço triste.Que a vida continue imitando a arte nesse contexto tão semelhante. ^.^
Tchau.[90]
É verdade, Tabibito-san, o sorriso de Robin Williams era o de um palhaço triste. Linda imagem!
Postar um comentário