Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Intrigas de Estado

State of Play *
(2009) 128 min (14 anos)


EUA - (paisagem noturna de Washington DC) Um jovem é assassinado num beco da cidade. Pela manhã, a assessora de um congressista morre em circunstâncias misteriosas numa estação do metrô. As duas mortes estarão vinculadas? Cal McAffrey, repórter veterano do Washington Globe, suspeita que sim.

A curiosidade aumenta ao assistir, pela TV, o depoimento emocionado de Stephen Collins, seu ex-colega de quarto na faculdade. As lágrimas indicam que havia algo além de um relacionamento apenas profissional entre o deputado e a assistente Sonia Baker. Perseguido pela imprensa, o congressista procura refúgio no apartamento de Cal. Se no passado foram colegas de dormitório, no presente são visualmente opostos. O desmazelado repórter está acima do peso. O parlamentar é impecável na aparência. No momento, está liderando no Congresso o inquérito contra a PointCorp. A poderosa corporação dispõe-se a defender com todas as armas os bilhões que pretende lucrar com a guerra no Oriente Médio.

Tentando adiantar-se à investigação policial, Cal McAffrey conta com a ajuda de Della Frye, repórter novata responsável pelo blog do Washington Globe. Será que o jornalismo tradicional e o novo conseguirão trabalhar juntos? O fato de ser amigo de Collins interferirá no desempenho de McAffrey?

Um filme que traz Helen Mirren e Russell Crowe no elenco, mais Kevin Macdonald (O Último Rei da Escócia) na direção, merece ser visto, mesmo sem consulta prévia aos sites especializados. 'Intrigas de Estado' mistura jornalismo e política num clima de suspense constante. Baseou-se no seriado "State of Play", exibido pela BBC. Tem boa nota no site imdb: média 7,4 (em 1/10/09).

Diretor: Kevin Macdonald
Roteiro: Matthew Michael Carnahan e Tony Gilroy e Billy Ray, baseado na criação de Paul Abbott para a série da TV britânica
Música: Alex Heffes
Fotografia: Rodrigo Prieto
Elenco: Russell Crowe, Helen Mirren, Rachel McAdams, Ben Affleck, Jeff Daniels, Robin Wright Penn, Jason Bateman

Up

Up - Altas Aventuras
(2009) 96 min (Livre)

Se você tem oportunidade, saia de casa e assista nos cinemas o desenho animado "Up - Altas Aventuras". Há de agradar toda a família, incluindo os avós. Existe uma versão em 3D, com óculos especiais. Não creio que o filme justifique o gasto maior da entrada nessa modalidade, pois não há tantas cenas feitas especialmente para serem assistidas em 3 dimensões. As cores e o desenho são maravilhosos o suficiente na projeção comum. "Up" mostra que a maior aventura é sair de casa e criar vínculos de amor e amizade.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

JCVD

JCVD
(2008) 92 min (16 anos)



Bélgica -
O especialista em artes marciais Jean-Claude Camille François Van Vaerenbergh é mais conhecido pelos filmes de ação. Em JCVD ele interpreta a si mesmo num roteiro fictício, que se baseia em algumas circunstâncias de sua biografia. O que mais chama a atenção no filme é um monólogo de quase 6 minutos, em que o ator abre a alma, se emociona e nos emociona, ao refletir sobre os fatos de sua vida. Abaixo os comentário de Marlos Vampiro, no forum Boca do Inferno:

"O ator belga Jean-Claude Van Damme foi considerado por muitos como uma das maiores promessas do cinema de ação depois que seu nome foi lançado ao estrelado com o filme "O Grande Dragão Branco", produzido há mais de vinte anos atrás. Hoje, Van Damme, com a carreira em baixa, a reputação arrasada por uma série de escândalos e envolvido em uma amarga batalha nos tribunais pela guarda da filha, aceita fazer qualquer porcaria de filme que o ajude a pagar suas despesas jurídicas. Decidido a se reencontrar, o ex-astro retorna a casa de seus pais em Bruxelas. Durante uma simples ida a uma agência de correios, Van Damme é tomado como refem por um trio de bandidos durante uma fracassada tentativa de assalto. Forçado a tomar parte nas negociações, o ator acaba sendo confundido pela polícia como mais um criminoso.

Dirigido pelo cineasta Mabrouk El Mechri, JCVD é uma produção francesa que Jean-Claude Van Damme aceitou fazer praticamente de graça, por puro reconhecimento artístico. Ironicamente, é o único trabalho no currículo do astro belga que não tem nada a ver com o gênero que o consagrou... e é também o melhor filme de sua carreira. JCVD tem colecionado vários elogios da crítica, inclusive no último Festival de Cannes onde foi lançado. O filme é um misto de drama e, comédia, ficção e realidade onde Van Damme interpreta a si mesmo. O astro se desnuda de qualquer vaidade para revelar o homem por trás do mito e entrega sua melhor atuação até agora. Algumas das cenas se destacam como a da abertura em que o ator discute com um arrogante diretor asiático, a do julgamento e no dramático monólogo em que Van Damme expõe suas próprias falhas de carater que o levaram a se deslumbrar com a fama e se envolver com drogas.

Na parte da comédia, o filme também não faz feio. Duas cenas se destacam: uma delas gira em torno de uma discussão entre dois funcionários muçulmanos de uma locadora de DVDs sobre vilões árabes em filmes americanos enquanto assistem ao "clássico" Comando Delta, estrelado por Chuck Norris. Na outra, Van Damme explica ao seu agente como perdeu um papel para o canastrão Steven Seagal. Além do trabalho dos atores, JCVD é muito bem dirigido por El Mechri e conta com uma trilha sonora esperta.


Mesmo com todas as suas limitações, é inegável que Jean-Claude Van Damme é um ator esforçado que nunca teve medo de correr riscos e sempre tentou acrescentar algo a mais aos seus filmes, mesmo quando eram produções medíocres e com roteiros estúpidos."

Diretor: Mabrouk El Mechri
Roteiro: Christophe Turpin, com a colaboração de Fréderic Benudis,
Mabrouk El Mechri, Fréderic Taddei, Vincent Ravalec
Música: Gast Waltzing
Fotografia: Pierre-Yves Bastard
Elenco: Jean-Claude Van Damme, François Damiens, Zinedine Soualem, Jean-François Wolff

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tudo por Ela

Pour Elle
Anything for Her
(2008) 96 min (14 anos)



França - Lisa e Julien têm uma vida simples e feliz. Ele é professor de francês e ela manteve o emprego depois do nascimento de Oscar, filho único do casal. Tudo muda completamente quando a polícia entra em seu apartamento e prende Lisa por assassinato. Será ela culpada ou inocente? As evidências estão contra sua inocência e a sentença é de 20 anos. Até onde Julien irá para manter a vida em família?

"Tudo por Ela" tem momentos de suspense e ótima interpretação da atriz Diane Kruger (a bela Helena, em 'Tróia', e Bridget von Hammersmark, em 'Bastardos Inglórios').

Diretor: Fred Cavayé
Roteiro: Fred Cavayé, baseado em história de Guillaume Lemans
Música: Klaus Badelt
Fotografia: Alain Duplantier
Elenco: Vincent Lindon, Diane Kruger, Lancelot Roch

Para Sempre Vencedor

Forever Strong
(2008) 109 min (14 anos)


EUA - Rick Penning é estudante, filho único, talentoso jogador de rugbi. Pertence a uma turma animada que gosta de se divertir intensamente. Saindo com a namorada e umas latas de cerveja, ele provoca um sério acidente de automóvel que machuca Tamy, afasta-o do campeonato e da liberdade. Detido num centro de recuperação para menores, Rick tem a chance de treinar com o Highland, time rival do seu. Ele só aceita para encurtar os dias de confinamento. Mas o técnico Larry Gelwix não se interessa apenas pelo condicionamento físico; quer formar jovens de caráter. Rick Penning não estava preparado para esse tipo de treinamento.

Em vez de ensaiar táticas e jogadas secretas, a equipe faz uma preparação física intensa, abomina todo tipo de drogas e mentiras. Cada atleta segue o lema de evitar tudo o que possa embaraçar a si mesmo, à família e ao time. Prepara-se para dar o melhor de si, para sempre, não apenas no campeonato.

Quem não for muito chegado ao esporte pode recorrer ao fastforward para apressar um pouco treinos e jogos. Foi o que eu fiz. Mas "Para Sempre Vencedores" é um filme que vale a pena. Os créditos finais são ilustrados com fotos do verdadeiro Highland Rugby Team e do técnico Larry Gelwix. Sua filosofia levou o time ao recorde de 381 vitórias e apenas 9 derrotas. Eles ainda dominam o esporte até hoje.

Diretor: Ryan Little
Roteiro: David Pliler
Música: J Bateman, Bart Hendrickson
Fotografia: T. C. Christensen
Elenco: Gary Cole, Sean Faris, Neal McDonough, Sean Astin, Arielle Kebbel, Michael J. Pagan
Distribuidora: Paris Filmes

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tinha que Ser Você

Last Chance Harvey * *
(2008) 93 min (12 anos)



"Devo dizer que é um alívio encontrar alguém que realmente diz o que sente e o que pensa."

Inglaterra - De Nova Iorque, Harvey Shine vai a Londres para o casamento da filha. O momento não é propício profissionalmente, pois teme perder espaço para músicos mais jovens, acostumados aos computadores e tratamentos digitais. Se em casa ele cria melodias ao piano, ganha dinheiro mesmo é fazendo jingles para comerciais de televisão.

A inglesa Kate Walker sonha escrever um romance agradável e despretensioso, desses que são lidos nas férias. Enquanto isso não acontece, ela trabalha na Agência Pública de Estatísticas do Aeroporto de Heathrow. Ali, no setor de desembarque, Harvey e Kate se encontram pela primeira vez. Ela solicita algumas respostas a um questionário, que ele se recusa a responder. Ambos são solitários. Harvey ainda tenta uma aproximação com estranhas. Ela não parece interessada, pois teme decepcionar-se novamente. Limita seu mundo às amigas, às aulas semanais de literatura e, sobretudo, à mãe pitoresca, que observa pela janela o vizinho polonês, que está sempre queimando algo e guardando volumes suspeitos num galpão.

A música do filme é boa, a fotografia ótima, o elenco de primeira, mas o melhor são os momentos com o casal protagonista. Há tanto calor humano, tanta realidade, que logo um vínculo se estabelece entre eles e nós. Sincera e extremamente gentil com todos, Kate é um bálsamo para a alma ferida de Harvey. O músico, que vive um dos piores instantes de sua vida, se comove com a dor que entrevê na personalidade sólida da afável inglesa. Mas o relacionamento conseguirá sobreviver ao medo da decepção e à distância NY-Londres?

Ao final, deixe os créditos subirem um pouco na tela escura, aproveite a música e assista a uma cena complementar. Também o 'Making Of' vale a pena ser visto.

Diretor: Joel Hopkins
Roteiro: Joel Hopkins
Música: Dickon Hinchliffe
Fotografia: John de Borman
Elenco: Emma Thompson, Dustin Hoffman, Eileen Atkins, Kathy Baker, James Brolin, Richard Schiff, Liane Balaban,

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Apenas uma Vez

Once *
(2006) 86 min (12 anos)



"Posso levar minha mãe?"

Irlanda - Um violonista toca em Grafton Street, uma das principais ruas de pedestre de Dublin. Ele quer manter viva sua música pois, para sobreviver, conserta aspiradores de pó na oficina do pai. Certa tarde, uma vendedora de rosas vermelhas deposita 10 cents na caixa que o músico deixa aberta para receber doações. Ela é simpática, estrangeira e faz perguntas. Aos poucos nasce entre eles uma verdadeira amizade, em torno do amor à música.

Sempre quis visitar Dublin, especialmente pelo que dizem dos irlandeses, que são os baianos da Europa, amigáveis, alegres, e descansados. Todo filme passado na Irlanda já ganha 5 pontos comigo, só para começar. No mínimo, vou desvendar os detalhes da paisagem e descobrir mais sobre a cultura local. "Apenas uma Vez" foi uma surpresa agradável também pela personalidade encantadora dos personagens, simples, afetuosos, naturais, dignos e corretos. Os modos cordiais e modestos da jovem tcheca permitem que se relacione bem com todos.

É um filme despretensioso, que trata com carinho as pessoas comuns, no seu ambiente familiar. Quanto às músicas, são inseridas com naturalidade. Apreciei-as mais quando assisti o filme pela segunda vez. Quem tem ouvido musical, talvez goste de primeira.

Curiosidade:
* Os vôos da irlandesa Ryanair são os mais baratos da Europa. Podem custar 1 euro + taxas. Mas o conforto é quase igual a viajar em pé de ônibus. O músico preferiu acomodar seu violão na Aer Lingus...

* "O diretor John Carney foi músico antes de tornar-se cineasta. Na verdade, ele tocou baixo, entre 1991 e 1993, na banda 'The Frames', fundada por Glen Hansard", que interpreta o violonista irlandes em "Apenas uma Vez". (Decine21)

Grafton Street

Diretor: John Carney
Roteiro: John Carney
Música: Glen Hansard e Markéta Irglová
Fotografia: Tim Fleming
Elenco: Glen Hansard, Markéta Irglová, Bill Hodnett, Danuse Ktrestova, Marcella Plunkett

*** excelente
** ótimo
* bom

Sem Asterisco - interessante

domingo, 20 de setembro de 2009

Hellboy - O Exército Dourado

Hellboy II - The Golden Army * *
(2008) 119 min (14 anos)



"Sentem-se, seres orgulhosos, superficiais e fúteis.
Isso os lembrará porque já temeram a escuridão."

(príncipe Nuada)


EUA - "Em 1944, pesquisadores de paranormalidade e o exército americano resgataram uma estranha criatura durante uma missão secreta no litoral da Escócia. Adotada em segredo, essa criatura agora vive entre nós. Ela adora doces e televisão. Codinome: Hellboy."

Em 1955, Hellboy mora com o pai adotivo num lar aconchegante, numa base do exército no Novo México. Na hora de dormir, como qualquer criança, ele gosta de ouvir histórias. O pai pega um livro precioso, dentro de uma caixa, e conta lendas antigas sobre elfos, duendes, fadas do dente, goblins. Liderados pelo rei Balor, lutam contra os destruidores de florestas: nós, os humanos. A criaturinha vermelha, Anung-un-Rama de nascimento, cresce confiante e se torna um poderoso e exibido super-herói. Como agente do governo, lutará contra o Príncipe Nuada e o invencível exército dourado. Um grupo de talentosos companheiros paranormais o acompanha.

Quando pesquisava as estantes da locadora, em busca de algo interessante, Tomás recomendou "Hellboy 2". Relutei. Não gostei do primeiro, não consegui ver nem 10 minutos! Ele insistiu: "Esse é melhor. Ótimo roteiro, boa música, fotografia perfeita. Comprei o filme logo depois de assistir." Me convenceu. Realmente, logo na primeira cena, ao som de "Santa Claus is coming to Town", olhando para uma noite de inverno com neve e uma enorme árvore de Natal, enfeitada e iluminada, agradeci o conselho do meu amigo. Não é só a trilha sonora que é encantadora, a imaginação do diretor Guillermo del Toro parece infinita. E ele é jovem, graças a Deus! Muitos outros bons filmes há de fazer.

No elenco experiente, destaca-se o versátil Doug Jones em 3 papéis. Ele interpreta um auxiliar do rei Balor, o sinistro Anjo da Morte e Abe Sapien, um homem-peixe capaz de ver o passado e o futuro dos objetos.


Diretor: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro, baseado em história de Guillermo del Toro & Mike Mignola, baseado nas histórias em quadrinho de Mike Mignola
Música: Danny Elfman
Fotografia: Guillermo Navarro
Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, Luke Goss, Anna Walton, John Hurt, Roy Dotrice, Montse Ribé, Jeffrey Tambor

sábado, 19 de setembro de 2009

Uma Chance para Viver

Living Proof
(2008) 90 min (Livre)



"A esperança é uma coisa boa. Tenho o tempo todo" (Dr. Slamon)

EUA - O Dr. Dennis Slamon trabalha no menor laboratório da UCLA (Universidade da California, Los Angeles), tem o menor orçamento e nenhum estudante da área de ciências se candidata como seu assistente. O cientista se esforça demais e é pouco valorizado, mas tem o apoio da esposa e acredita no que faz. Dr. Slamon está desenvolvendo uma droga experimental para o tratamento do câncer da mama. Herceptin é um anticorpo produzido nas células e, em doses maciças, o médico acredita que possa ser uma terapia não tóxica para 25% das mulheres com diagnóstico de câncer da mama.

Mas o laboratório Genentech teme prejuízos, corta verbas e pensa interromper o financiamento da pesquisa. Quando tudo parece perdido, Lilly Tartikoff, esposa de um antigo paciente do dr. Dennis, se oferece para levantar fundos entre os amigos. Ao encontrar Ronald Perelman, executivo da Revlon, ela se apresenta e pede uma chance para falar sobre a pesquisa com o Herceptin. Começará aí uma generosa parceria.

"Uma Chance para Viver" foi produzido para a televisão, tendo Renée Zellwwegger como produtora executiva. Sua maior amiga também foi curada por Dennis Slamon. Este é um filme simples, com bom elenco e momentos emocionantes, especialmente para quem tem ou teve pessoas queridas em luta contra o câncer. Acho que, hoje em dia, isso inclui todos nós.

Curiosidades:

* "Uma Chance para Viver" foi produzido em 21 dias, em locações em Nova Orleans, Louisiana, parcialmente como uma concessão ao ator Connick Jr., que desejava favorecer sua cidade natal, ainda se recuperando dos danos provocados pelo Furacão Katrina.
* James Chressanthis e o diretor Dan Ireland visitaram os laboratórios na UCLA Medical Center onde o dr. Slamon fez sua pesqisa ao longo dos anos.

Lilly Tartikoff, dr. Dennis Slamon, Trudie Styler, Sting e Andrea Wong

Diretor: Dan Ireland
Roteiro: Vivienne Radkoff, baseado no livro de Robert Bazell "Her-2"
Música: Halli Cauthery
Fotografia: James Chressanthis
Elenco: Harry Connick Jr., Angie Harmon, Amanda Bynes, Swoosie Kurtz, Bernadette Peters, Tammy Blanchard, Jennifer Coolidge, Regina King, John Benjamin Hickey

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Paraíso é Logo Aqui

Henry Poole is Here *
(2008) 98 min (12 anos)



"Nem tudo precisa de uma explicação. Às vezes as coisas acontecem por escolhermos que aconteçam. Eu escolhi acreditar."

EUA, California - Num suburbio de Los Angeles, Henry Poole compra uma casa sem regatear o preço, apesar das paredes e jardim precisarem de reparos. Por conta própria, a corretora manda dar uma mão de tinta, pois o novo proprietário pouco se importa. Com a barba por fazer, o olhar triste, um carro tão necessitado de cuidados quanto a casa, Henry sai para comprar comida. Abastece a geladeira com Vodka, pizza gelada e doughnuts. Nada saudável. Nesse ponto já temos indícios suficientes de personagem com problemas sérios.

As vizinhas prontamente aparecem, curiosas e solícitas. Na casa ao lado, moram Dawn e a filha de 6 anos, a calada Millie, que passeia com um gravador, registrando as conversas alheias. Esperanza Martinez se apresenta e logo tira Henry do sério, ao ver a face de Cristo numa das recém pintadas paredes externas da casa. Da imagem, que Henry não vê, brota uma gota vermelha, que é levada para exames. Crendo que a mancha na parede é o rosto de Deus e uma resposta a suas preces, Esperanza leva uma romaria de pessoas necessitadas de milagres. Só Henry resiste, ele não quer acreditar.

O tom inicial do filme é melancólico, seguindo o estado de espírito de Henry, mas também é terno e promissor como os nomes de suas novas amigas: Esperanza, Patience e Dawn (amanhecer, aurora). À medida em que o protagonista se deixa envolver pela amizade, a névoa que ele traz do passado se dissipa.

O diretor Mark Pellington ficou viúvo em 2004, quando passou por momentos de grande questionamento pessoal. Ao desenvolver este filme sentiu que caminhava em direção à esperança, buscava a cura. A trilha sonora de "O Paraíso é Logo Aqui" começa com a canção de Mark Everett, "Love of the Loveless", cantada por Eels. A letra ilustra os sentimentos iniciais de Henry Poole.

Diretor: Mark Pellington
Roteiro: Albert Torres
Música: John Frizzell
Fotografia: Eric Schmidt
Elenco: Luke Wilson, Radha Mitchell, Adriana Barraza, George López, Cheryl Hines, Morgan Lily, Richard Benjamin

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pacto de Sangue

Le Premier Cercle
(2009) 91 min (14 anos)



França - "Em fevereiro de 1915, o exército turco iniciou a repressão ao povo armênio. Algum tempo depois, milhares de sobreviventes deste genocídio chegaram à França. Para sobreviver e se integrar, a maioria dos armênios optou por trabalho duro e sacrifícios. Alguns não. O clã Malakian foi um desses." (som de um tiro de arma de fogo)

A narração que abre "Pacto de Sangue" parece feita por Jean Reno, enquanto imagens de arquivo, em preto e branco, passam na tela. Na cena seguinte, um carro esporte vermelho percorre uma autoestrada, ladeada por gramíneas baixas e árvores pequenas. Um carro prateado segue à pequena distância. Com esse começo, e a presença de Jean Reno, o filme prometia. A história é sobre um clã de mafiosos armênios que age no sul da França. O chefe Milo já perdeu um filho e não pretende deixar o herdeiro Anton se afastar dos negócios da família. Anton está apaixonado e tem outros planos. Mas querer sair é trair o clã...

"Pacto de Sangue" não entusiasmou os leitores do site de cinema imdb. Apenas 95 votaram no filme e a média ficou em 4,7. Mas é bem feito e mantem o interesse. Neste período carente de novidades na locadora, foi uma surpresa. Por isso votei 7.

Diretor: Laurent Tuel
Roteiro: Laurent Tuel e Laurent Turner
Música: Alain Kremski
Fotografia: Laurent Machuel
Elenco: Jean Reno, Gaspard Ulliel, Vahina Giocante, Sami Bouajila, Isaac Sharry

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Voando Alto

View from the Top *
(2003) 87 min (Livre)


EUA - Morando desde pequena em Silver Spring, Nevada, Donna Jensen anseia por partir para o mais longe possível. Mas a inspiração só apareceu quando assistia um programa na TV. A aeromoça Sally Weston, autora de "Minha Vida no Céu", incentivava o telespectador a investir prontamente em sua vocação. Donna acreditou, comprou o livro, arrumou a mala e se candidatou a uma vaga na Sierra Airlines, a menor e a pior das companhias aéreas.

Apesar do uniforme curto, apertado, de cores extravagantes e tecido sintético, Donna queria oferecer aos passageiros o melhor serviço do mundo. Numa das lanchonetes do aeroporto, as 3 atendentes da Sierra Airlines lançam um olhar comprido para as sofisticadas comissárias de uma companhia maior, elegantemente vestidas em terninhos azul-marinho bem cortados. As amigas podem almejar coisa melhor. O próximo passo é inscrever-se no treinamento da Royalty Airlines, onde as aguarda o exigente instrutor John Whitney. Será que Donna conseguirá chegar aos vôos internacionais?

A nota do imdb é fraca (apenas 5). Li em algum lugar que Gwyneth Paltrow não gostou do filme. Mesmo assim, sua participação é encantadora, colaborando para a inocência da história. Cada integrante do elenco valoriza o próprio personagem com uma atuação calorosa. O clima bem humorado, a trilha sonora, mais a bela fotografia do brasileiro Affonso Beato tornam "Voando Alto" um passatempo agradável, sobretudo para mulheres. Um de meus momentos favoritos são as instruções para lidar com passageiros chatos, identificados como F.N.S.C.P: Famintos, Nervosos, Solitários, Cansados, com uma visão Pequena do mundo. Nada que uma bem treinada aeromoça não possa resolver.

Diretor: Bruno Barreto
Roteiro:
Eric Wald
Música: Theodore Shapiro
Fotografia: Affonso Beato (carioca responsável por 'Carne Trêmula', 'A Rainha')
Elenco: Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Mark Ruffalo, Candice Bergen, Mike Myers, Rob Lowe, Kelly Preston

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caramelo

Sukkar Banat *
(2007) 95 min (10 anos)

Líbano, Beirute - Panela quente, cobrir o fundo com açúcar, jogar um pouco de água e deixar ferver. Misturar, enquanto borbulha, acrescentar suco de limão, mexer mais, esfriar no mármore com uma colher. Pegar um pedaço com as mãos e esticar. Está pronto o caramelo, bom para comer e usar na depilação. Usando essa receita oriental, as 3 esteticistas do salão "si Belle" (tão bela) atendem as clientes e conversam sobre os problemas de suas vidas.

Layale tem um amante casado. Nisrine é muçulmana e teme contar ao noivo que já não é virgem. Rima sente-se atraída por mulheres. A assídua cliente Jamale usa vários recursos para esconder a idade. A costureira Rosa dedica-se ao trabalho e à esclerosada irmã mais velha, abrindo mão de uma vida própria. Outro personagem importante é o jovem guarda de trânsito do bairro. Apaixonado por Layale, ele é muito tímido para se declarar.

O simbolismo do caramelo sugere que a acidez das inevitáveis atribulações da vida pode ser adoçada pelos afetos, pela solidariedade dos amigos e parentes. O 1º filme da bela diretora Nadine Labaki, que também interpreta a manicure e depiladora Layale, fez bastante sucesso nos Festivais de Cannes e San Sebastian. O elenco se sai bem, há emoção e humor no trato dos dramas pessoais. A montagem é interessante. Por exemplo, alinhava as costuras de Rosa com a imagem de Nisrine na maca de uma clínica, aguardando o procedimento que atenuará seu problema.

Interessante observar a convivência pacífica de práticas religiosas católicas, como a procissão que percorre o bairro e entra no salão de beleza, e os costumes muçulmanos.

Diretora: Nadine Labaki
Roteiro: Rodney El Haddad, Jihad Hojeily, Nadine Labaki
Música: Khaled Mouzannar
Fotografia: Yves Sehnaoui
Elenco: Nadine Labaki, Yasmine Elmasri, Joanna Moucarzel, Gisèle Aouad, Sihame Haddad, Adel Karam

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Apolo 13

Apolo 13 * *
(1995) 139 min (Livre)

"A Câmara e o Senado fizeram um apelo à população para rezarem pelos astronautas. Em Roma, o Papa Paulo VI conduziu 50 mil pessoas em oração pelo retorno seguro dos astronautas. Em Jerusalém, orações no Muro de Lamentações..." (noticiário americano da época)

EUA, 1970 - Domingo, 20 de julho de 1969, Neil Armstrong deixou as primeiras pegadas humanas no solo lunar. O mundo todo acompanhou através da televisão. No ano seguinte, pouco interesse despertou a viagem da Apolo 13 ao espaço. O astronauta Jim Lovell e seus colegas se esmeram numa transmissão divertida para o público na Terra, sem saber que os canais de televisão não estavam transmitindo.

Num procedimento de rotina, um dos tanques de oxigênio se solta da nave, danificando o equipamento. Neste instante o comandante Lovell diz a famosa frase: "Houston, we have a problem". A missão está comprometida e a vida dos tripulantes em sério risco. Então a mídia desperta e passa a transmitir os acontecimentos, através de entrevistas, filmes e depoimentos. A NASA convoca todos os envolvidos no projeto para pensar os meios de trazer com vida Jim Lovell, Fred Haise e Jack Swigert.


Haise, Lovell e Swigert

A conquista do espaço fascinou a geração dos 'baby boomers' (nascidos entre 1946-1964) . Frases como "A Terra é azul", do astronauta russo Yuri Gagarin, o passeio de Armstrong na Lua, as primeiras imagens do nosso planeta, comoveram o mundo (menos os poucos que acreditavam que a conquista do satélite terrestre não passava de uma farsa). Faça o teste com os que viveram essa época. Pergunte: Onde estava você quando o primeiro homem pisou na Lua? A maioria deve lembrar.

O filme "Apolo 13" permanece atraente, com momentos de suspense, ótimos roteiro e elenco. Os pais do diretor Ron Howard interpretam a mãe de Jim Lovell, que aparece internada numa clínica, e o Reverendo que apoia a família. A produção de 1995 inclui filmagens de arquivo e ganhou os Oscar de melhor som e edição.

Diretor: Ron Howard
Roteiro: William Broyles Jr. & Al Reinert, baseado no livro "Lost Moon" de Jim Lovell & Jeff Kluger
Música: James Horner
Fotografia: Dean Cundey
Elenco: Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Gary Sinise, Ed Harris, Kathleen Quinlan, Jean Speegle Howard, Rance Howard

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Ilha da Morte

El Cayo de la Muerte
(2006) 86 min (14 anos)



Cuba, 1958 - Rodolfo é um jovem cubano que deseja trabalhar com cinema. Cheio de sonhos, escreve a Samuel Goldwyn, presidente da MGM, e envia alguns roteiros, na esperança de ser contratado para Hollywood. Rodolfo não espera sentado e vai até o Correio para verificar se há alguma correspondência em seu nome. Fica eufórico ao saber que chegou uma carta dos EUA e corre para alcançar o carteiro. Em casa, junto à mãe, descobre que se trata apenas de uma resposta formal, agradecendo o contato e os elogios, e nada mais.

O pai é relojoeiro de dia e revolucionário à noite. Logo suas atividades são descobertas pela polícia do ditador Fulgêncio Batista e a família precisa deixar Havana. Fugindo num carro vermelho, viajam até San Juan de las Rocas, onde um amigo lhes emprestou uma casinha simpática. Desolado por abandonar seus sonhos e a capital, o aspirante a cineasta se recupera prontamente ao encontrar um grupo de amadores que se diverte filmando. Entre eles conhece Laura, que até lembra Ava Gardner! Em pouco tempo Rodolfo cria um roteiro e começa a gravação de um filme de terror ingênuo, mudo, em preto e branco.

As cores vivas, limpas, os cenários muito cuidados, o som claro, são pontos fortes de "A Ilha da Morte". Uma cena especialmente me chamou a atenção. Rodolfo procura o cinema do povoado. Descobre que está fechado para obras, por mais uma semana. Finalmente chega o dia e ele consegue dinheiro com a mãe para assistir à primeira sessão no "Ideal". Sentado na poltrona, atento, olha fascinado a tela, com um bloco e lápis na mão. Ao seu lado, Toti , a bilheteira loura, puxa um lenço. São dois modos de ser espectador, o que analisa, registra, e o que empatiza. Só pude rir. Sobre minha cama tinha um caderno e esferográfica. Na gaveta aberta da mesinha, uma caixa de lenço de papel.

Antes dos créditos finais lê-se "este filme é dedicado ao grupo de cineastas amadores que nos anos 50 realizaram filmes em 8mm na cidade de San Antonio de los Baños, Cuba, em especial a Pedro Rodriguez Garcia e Vicente Cruz." 'A Ilha da Morte' foi gravado em Cuba e no Ceará. O diretor Wolney Oliveira é brasileiro, mas formou-se na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños.

Diretor: Wolney Oliveira
Roteiro: Manuel Rodríguez, Alfonso Zarauza, Arturo Infante
Música: José Maria Vitier
Fotografia: Raúl Pérez Ureta
Elenco: Caleb Casas, Laura Ramos, Isabel Santos, Alberto Pujol, Claudio Jaborandy

Luxury Car - Bonequinha de Luxo

Jiang Cheng Xia Ri
Luxury Car
(2006) 94 min (16 anos)


China, Wuhan - A esposa de Qi Ming quer rever o filho antes de morrer. Prestes a se aposentar, o professor primário volta a Wuhan e hospeda-se no apartamento que a filha divide com uma colega. Sem saber a natureza do trabalho de Yanhong, Qi Ming está tranquilo e satisfeito ao reencontrá-la. Yanhong é acompanhante num bar-karaoke e tem um caso com o chefe. Para agradá-la, o dono do karaoke se apresenta como seu namorado. A situação se complica quando é reconhecido pelo policial que ajuda Qi Ming a investigar o paradeiro do filho desaparecido.

O carro de luxo do filme simboliza a vida urbana moderna, influenciada por valores consumistas ocidentais, em oposição aos valores rurais tradicionais. Yanhong sabe que escolheu um caminho tortuoso e não se justifica por seus atos. O tema principal é o distanciamento entre pais e filhos. Mesmo ligados pelo afeto, a comunicação entre eles foi rompida e não se mantem em contato , vivendo em mundos diversos, física e emocionalmente.

O filme foi quase todo gravado em Wuhan, na província de Hubei, localizada na China central. É o terceiro de Wang, onde ele procurou mostrar "a distancia entre ricos e pobres, a lacuna que separa as pessoas de sua felicidade, as contradições entre o sistema social herdado do passado e o fardo do presente." (wikipedia)

Diretor: Chao Wang
Roteiro: Chao Wang
Música: He Xiao
Fotografia: Yonghong Liu
Elenco: Tian Yuan, Wu Youcai, Huang He, Li Yiqing

Valores Humanos e o Cinema



Vários filmes bem realizados chegaram às locadoras nesses últimos dias. Depois de assisti-los , ficou-me um vago sentimento de melancolia, talvez pelo clima permissivo em que se movem os personagens, levados à infidelidade, consumo de drogas, mentira, sucumbindo à impulsividade. Somos sempre imperfeitos, mas precisamos almejar objetivos mais altos, pois a felicidade genuína supõe autodomínio e a convivência humana harmoniosa, que necessariamente depende de apreço aos valores morais.

By Star Filmes já recomendou obras totalmente impróprias para menores de 18 anos, como "De Olhos Bem Fechados". Um amigo me sugeria então que tais filmes seriam desaconselháveis até para os maiores de 18! Mas o nível de beleza criado por Stanley Kubrick pesou na balança, compensando, com vantagem, as cenas de nudez, atos sexuais explícitos e outros detalhes de que já não me lembro. Confesso que preparei uma versão editada, que pôde ser assistida por minha mãe - fã de Kubrick, como eu - sem maiores constrangimentos ou embaraços.

Os filmes da última quinzena aqui vão mencionados em reconhecimento a sua competência técnica.

Divã (2009) de José Alvarenga Jr.
Watchmen (2009) de Zack Snyder
Férias Frustradas de Verão (Adventureland) (2009) de Greg Mottola
A Bela Junie (La Belle Personne) (2008) de Christophe Honoré

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Anjos e Demônios

Angels & Demons
(2009) 139 min (16 anos - Tema: investigação - Contem assassinato, suicidio e violência com requinte de crueldade)



EUA - Um tubo de anti-matéria é roubado da CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear), laboratório suiço radicado na cidade de Genebra. Em Roma, começam os preparativos para o conclave que escolherá o sucessor de Pio XVI, um papa muito querido. Robert Langdom, simbologista de Harvard, é chamado para ajudar nas investigações do sequestro de 4 cardeais, justamente os favoritos na eleição para chefe da Igreja Católica. As primeiras evidências sugerem que a irmandade secreta dos Iluminati seria responsável pelos crimes. A partir daí desanda uma correria frenética na tentativa de desvendar enigmas sucessivos.

"Anjos e Demônios" começa em clima de suspense, tem uma ambientação magnífica, passeando por Roma e reproduzindo cenários do Vaticano, algumas Igrejas conhecidas, além de obras de arte belíssimas. Destaca-se a escultura "Êxtase de Santa Teresa d'Ávila" de Lorenzo Bernini.



Esse visual esplendoroso, a música que cativa desde os créditos iniciais, um ritmo ágil (às vezes demais - dá vontade de dar pausa para compreender melhor as pistas), aliados a um elenco competente, são as virtudes do filme.

Já a história, que mistura ficção, fatos e muita conspiração, traz um pouco mais do mesmo que já se viu no "Código da Vinci". Não empolga ou envolve, mas distrai. É um pequeno avanço em relação ao filme anterior. Para quem gosta de Ron Howard, talvez valha mais a pena rever "Apolo 13", "Frost/Nixon" ou "A Luta pela Esperança" (Cinderella Man).

Diretor: Ron Howard
Roteiro: David Koepp & Akiva Goldsman, baseado em livro de Dan Brown
Música: Hans Zimmer
Fotografia: Salvatore Totino
Elenco: Tom Hanks, Ewan McGregor, Stellan Skarsgard, Armin Mueller-Stahl, Nicolaj Lie Kaas

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Tempero da Vida

Politiki Kouzina *
(2003) 107 min (Livre)



Turquia/Grécia - O astrofísico Fanis Iakovidis despede-se dos alunos e tira licença na universidade de Athenas. A notícia de que o avô Vassilis vem de visita desperta antigas recordações, levando-o a preparar um almoço para o ancião e seus amigos. Desde pequeno, Fanis interessou-se pelos aromas de especiarias da loja de Vassilis, em Istambul, e pelos segredos culinários das tias. Filho de pai grego e mãe turca, o menino sofreu muito com a separação do amado avô e da amiga Saime, quando a família foi deportada para a Grécia, depois dos conflitos na ilha de Chipre. Parece que seu coração ficou na Turquia.

O diretor e roteirista Tassos Boulmetis, que nasceu em Istambul em 1957 e mora na Grécia desde 1984, vivenciou algumas das experiências de Fanis. Alguns dos personagens de "O Tempero da Vida" são inspirados em pessoas do seu passado e, talvez por isso, sejam tão vivos e cativantes, interpretados por artistas talentosos. Já a abertura e o encerramento do filme podem ser meio intrigantes. Desconsidere sombrinha e temperos que deslizam no universo. Há outras virtudes na obra de Boulmetis. Achei bonita a recriação de Athenas e Istambul na década de 50. Especialmente lindo soou o canto entoado pelo muçulmano, do alto da mesquita, tendo ao fundo o entardecer em Istambul.

Sem sal ou tempero o alimento desgosta. Da mesma forma, a vida fica insípida se vivida sem o sabor do afeto, ou a busca pela excelência. Assim como cada membro da família de Fanis cozinhava sua especialidade culinária, vale a pena esmerar-se para fazer as tarefas de maneira cada vez menos imperfeita. Viver e trabalhar com amor é muito bom!

Diretor: Tassos Boulmetis
Roteiro: Tassos Boulmetis
Música: Evanthia Reboutsika
Fotografia: Takis Zervoulakos
Elenco: George Corraface, Tassos Bandis, Ieroklis Michaelidis, Renia Louzidou, Stelios Mainas, Tamer Karadagli, Basak Köklükaya

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um Paraiso Havaiano

Hula Gâru
Hula Girls
(2006) 108 min (12 anos)



É tarde demais para mim, mas aquelas garotas talvez consigam criar um mundo onde se pode trabalhar e sorrir.

Japão, Iwaki, 1965 - Antes considerado "diamante negro", o carvão vai sendo substituído pelo petróleo. Os trabalhadores da pequena Iwaki são avisados do fechamento iminente da mina. Para diminuir o impacto econômico na cidade, a Joban Coan Mining Company resolve construir um Centro Havaiano. Sob protesto dos moradores, é colocado um anuncio convidando moças que desejem aprender "Hula", dança típica do Havaí. O encarregado Yoshimoto convida a senhorita Madoka Hirayama para dar aulas às interessadas. A jovem Sanae convence sua amiga Kimiko e as duas são as primeiras alunas a se apresentar. Posteriormente, outras se inscrevem.

Chama a atenção o excesso de lágrimas nos desenhos animados japoneses , assim como os sorrisos eternos no rosto de gueixas e outros personagens do cinema nipônico. Em "Um Paraíso Havaiano" a professora ensina que verdadeiros profissionais sorriem, escondendo suas lágrimas.

Como não é meu caso, me esbugalhei de chorar em algumas cenas, especialmente por saber que se trata de uma história real. Mas o filme é otimista e tem mensagem positiva, não se assuste. A última cena é uma exibição contagiante na inauguração do Centro Havaiano. A mina foi fechada definitivamente em 1976. A senhora Hirayama, hoje com mais de 70 anos , já ensinou 318 dançarinas. As artistas, que se apresentaram no filme com tanta feminilidade, graça e ritmo, treinaram durante 3 meses, pois nenhuma tinha experiência prévia em Hula ou outra dança. Incrível!

Curiosidade:
"O Parque Havaiano Joban foi inaugurado em 15 de janeiro de 1966. Esperava-se um público de 1000 pessoas durante a semana e umas 3000 nos fins-de-semana e dias de festa. A realidade é que o empreendimento se converteu num sucesso que atraiu 1 milhão e 500 mil pessoas no ano. (...) Em 1990, trocou o nome para 'Spa Resort Hawaiians' e continua evoluindo, embora se mantenha como manancial termal integrado na estrutura social da região. " ( Decine21)

Diretor: Lee Sang-Il
Roteiro: Habara Daisuke & Lee Sang-Il
Música: Jake Shimabukiro
Fotografia: Yamamoto Hideo
Elenco: Matsuyuki Yasuko, Toyokawa Etsushi, Aoi Yu, Yamazki Shizuyo, Ikezu Shoko, Tokunaga Eri
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