Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Don Camillo

Don Camillo *
Il Retorno di Don Camillo *

(O Retorno de Don Camillo)
(1952) 107 min (Livre) Preto e Branco
(1953) 115 min (Livre) Preto e Branco



Italia - Don Camillo Tarocci é pároco de uma cidade pequena do Norte da Itália, entre o rio Pó e os Apeninos. "A névoa é densa e congelante no inverno. No verão, um sol escaldante cai sobre o cérebro das pessoas e as irrita. Paixões políticas explodem com violência. Mas homens são sempre homens. O que acontece aqui, não acontece em nenhum outro lugar. Estamos no início do verão de 1946. Há alguns dias, houve a eleição do novo Conselho da Cidade. Os comunistas ganharam a maioria."

O prefeito Peppone - apelido do camarada Giuseppe Bottazzi - junto com Don Camillo, foi um dos partisans (resistência à dominação alemã) durante a segunda guerra. Antes companheiros, agora adversários, Peppone e Don Camillo só se unem em benefício da cidade. Dentro da Igreja, o pároco de punhos de aço e idéias marotas dialoga com o crucifixo no altar. Mais benevolente que o vigário, o Cristo intercede pelos comunistas quando querem batizar os filhos, tornando-os parte do rebanho de Deus.

Com a mesma alegria com que mergulhei no mundo de Don Camillo na adolescência, assisti agora aos filmes de Julien Duvivier. Podem ser adquiridos no 2001 Video e no Dvdworld ou alugados no Guimarães Vídeo, em Laranjeiras, RJ. São momentos de genuína diversão para toda a familia. Adoraria que lançassem também "Don Camillo e o nobre Peppone", "Don Camillo Monsenhor" e "O Camarada Don Camillo". É difícil separar-se de tais personagens.
Mais informações no site Mondo Guareschi .

Diretor: Julien Duvivier
Roteiro e diálogos: Julien Duvivier e René Barjavel, baseado nos livros de Giovanni Guareschi
Música: Alessandro Cicognini
Fotografia: Nicholas Hayer
Elenco: Fernandel, Gino Cervi, Vera Talchi, Sylvie, Charles Vissiere, Franco Interlenghi, Luciano Manara, voz off de Ruggero Ruggeri

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Garota da Fábrica de Caixas de Fósforos

Tulitikkutehtaan tyttö
Match Factory Girl
(1990) 72 min (10 anos)



Finlândia - Iris trabalha como supervisora de embalagens numa fábrica de caixas de fósforos. Em pé, ao lado de uma esteira, verifica se as etiquetas estão coladas corretamente nos pacotes. Terminado o serviço vai para a depressiva casa da mãe e do padrasto, onde prepara o jantar, além de outras tarefas. Tudo em silêncio, sem receber agradecimentos ou qualquer tipo de gentileza. Quando sai para se divertir, cabisbaixa, vê as outras jovens sendo tiradas para dançar, enquanto leva um "chá-de-cadeira". Seu rosto só relaxa quando repousa no ombro do primeiro homem que a conduz à pista 

Iris passa a noite no apartamento do desconhecido. Ele a confunde com uma prostituta e logo deixa claro que não deseja mais vê-la. Diante de uma vida tão despida de encantos, a jovem operária acolhe com alegria a notícia de que está grávida. Outras decepções aguardam a moça, pois os seres humanos não param de desapontá-la. Desta vez ela vai agir.

Os filmes escandinavos mostram um povo sóbrio no falar, econômico nos afetos. Mas "A Garota da Fábrica de Caixas de Fósforos" supera tudo o que foi feito antes ou depois, em termos de silêncio. E deixa uma impressão. Nesse deserto emocional a vida não parece valer a pena. Só veja o filme se adorar dramas pesados ou tiver uma boa comédia como antídoto. Já trouxe a minha; se gostar, depois eu conto. Adianto que é italiana, claro, cheia de sentimentos exagerados.


Diretor: Aki Kaurismäki
Roteiro: Aki Kaurismäki
Fotografia: Timo Salminen
Elenco: Kati Outinen, Elina Salo, Esko Nikkari, Vesa Vierikko, Silu Seppälä

Entre os Muros da Prisão

Les Hauts Murs
(2008) 91 min (14 anos)



França - Um menino sujo e maltrapilho corre até a praia. Olha sorrindo para o mar, durante breves segundos, até perceber que está sendo perseguido por guardas a cavalo. Leva um golpe de fuzil no rosto e a cena escurece. Durante a 2ª Guerra Mundial, os órfãos dos combatentes franceses eram entregues a Centros de Educação Vigiada. Aos 14 anos, Yves Tréguier já passara por vários, sendo transferido sempre que tentava fugir. Seu sonho era chegar ao porto e embarcar num navio para Nova Iorque. Guardava com carinho um Atlas, onde percorria imaginariamente a viagem.

A realidade nas casas de correção era quase insuportável. Além da falta de instrução escolar, quem chegava analfabeto assim permanecia, havia o abuso por parte de alguns internos mais fortes e uma disciplina opressora por parte das autoridades. Era preciso sobreviver a cada dia. As amizades confortavam e o trabalho distraía os adolescentes prisioneiros.

O filme mostra que os jovens não nascem criminosos, mas podem se tornar depois de sofrerem contínuos ataques de violência verbal, física e sexual. Se os Centros de Educação Vigiada franceses foram fechados em 1979, lembram em muito as condições precárias dos atuais reformatórios para brasileiros. "Entre os Muros da Prisão" conta com excelente elenco juvenil e roteiro baseado no livro de Auguste Le Breton, pseudônimo do escritor Yves Tréguier.

Diretor: Christian Faure
Roteiro: Albert Algoud, baseado em "Hauts Murs" de Auguste Le Breton
Música: Charles Court
Fotografia: Jean-Claude Larrieu
Elenco: Emile Berling, Pascal N'Zonzi, Carole Bouquet, Catherine Jacob, Michel Jonasz, Guillaume Gouix, Julien Bouanich

domingo, 25 de outubro de 2009

Incendiário

Incendiary
(2008) 99 min (16 anos - nudez e relação sexual)



"- Depois do grande incêndio que houve há 300 anos, a cidade de Londres queimou com um barulho e fúria incríveis.
- O que aconteceu depois do grande incêndio?

- Nós todos respiramos fundo e começamos a preparar o chá."


Inglaterra - Uma jovem mãe brinca com seu lindo menino de 4 anos, antes de cobri-lo para dormir. Pelo olhar enternecido e sorrisos, fica evidente todo o seu amor pela criança. Mais tarde chega o pai Lenny, ainda tenso e exausto de seu trabalho incomum, cortando fios e desarmando bombas. Eles moram num conjunto habitacional no East End de Londres. Nesta área da cidade, a classe média baixa come Frango à Kiev, enquanto assiste ao programa "Top Gear" na TV.

No edifício de estilo georgiano em frente vive Jasper Black, dono de um belo carro esporte. O jornalista mulherengo encontra a jovem esposa e mãe num bar e consegue atrai-la para seu apartamento. O adultério não parece incomodá-la, até que fatos inesperados separam-na da família. Consumida pela culpa e pela tristeza, começa a afastar-se da realidade. Sem conseguir esquecê-la, Jasper acompanha à distância os acontecimentos.

Desgraças em filmes emocionam quando o diretor consegue identificação da audiência com os personagens. Logo na primeira cena, a diretora Shanon Maguire conquista as mulheres com as demonstrações de carinho entre mãe-filho. Não é à toa que os votos femininos no imdb foram mais benevolentes do que os masculinos. Talvez haja um excesso de sentimentalismo no roteiro, não sei. Como sou apaixonada pela cidade de Londres, me deixei levar. Mas foi o topless de Michelle Williams e a cena de relacionamento sexual, incendiária e dispensável, entre ela e Ewan McGregor o que chamou a atenção de muitos sites da web. A artista é ex-esposa de Heath Ledger e se separou dele pouco tempo antes de sua morte.

"Incendiário" enfatiza a coragem e resiliência com que os ingleses enfrentaram as tragédias de sua história. Um bom exemplo foi a atitude da rainha-mãe de permanecer em Londres durante os bombardeios nazistas, para encorajar a tropa e a população. Adolf Hitler chamou-a de "a mulher mais perigosa da Europa".

Diretor: Shanon Maguire
Roteiro: Shanon Maguire, baseado em livro de Chris Cleave
Música: Barrington Pheloung, Shigeru Umebayashi
Fotografia: Ben Davis
Elenco: Michelle Williams, Ewan McGregor, Matthew MacFadyen, Nicholas Gleaves

No escurinho do cinema


Em cartaz nos cinemas, dois filmes que merecem ser vistos na tela grande: "Distrito 9" (14 anos), ficção científica do sul-africano Neill Blomkamp e "Bastardos Inglórios" (18 anos) de Quentin Tarantino. Ambos fogem do trivial, foram escritos por seus diretores, divertem e dão o que pensar. Tem sido um fim-de-semana emocionante!
Há promoções de descontos para o cartão de crédito Visa ou no horário de 15h nos Cinemarks.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Chamada

Echelon Conspiracy
(2009) 105 min (14 anos)



Nascido em Omaha, Max Peterson viaja pelo mundo como especialista em segurança de computadores. Hospedado num hotel da Tailândia, ganha um sofisticado celular que ainda não foi lançado no mercado. Na tela negra do presente anônimo chegam instruções que lhe permitem ganhar muito dinheiro. À medida em que seus lucros aumentam, Max se vê perseguido por vários grupos e ameaçado pelo remetente do perigoso telefone.

O maior charme de "A Chamada" são as locações, especialmente as pontes de Praga, sobre o rio Vltava, e a praça do Kremlin, com a catedral de São Basílio ao fundo. O filme serve para debater o tema liberdades individuais x segurança do estado. Os direitos do cidadão à privacidade e segurança de seus dados pessoais podem ser ameaçados pelos governos ou pelos hackers. No mais, "A Chamada" é um filme de suspense que combina com pipoca e distrai, na falta de material mais interessante.

Diretor: Greg Marcks
Roteiro: Michael Nitsberg e Kevin Elders
Música: Bobby Tahouri
Fotografia: Lorenzo Senatore
Elenco: Shane West, Edward Burns, Ving Rhames, Martin Sheen, Sergey Gubanov, Tamara Feldman

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

By Star recebeu selo Blog de Ouro


Com alegria descobri que o By Star Filmes recebeu indicação do selo Blog de Ouro através do Wanderley Teixeira, autor do blog Raining Frogs . Entre milhares de espaços dedicados ao cinema na web, os blogs de Wanderley se destacam, pela maneira agradável e inteligente em que se expressa esse divertido e dedicado estudioso da 7ª arte. Agradeço e repasso a outros blogueiros, seguindo as instruções da premiação:

1 - Liana Clara de Negocios de familia
2- Maitê do Filha Prodiga
3- Aline do Femina
4- Bella do Good News

Os indicados devem:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Postar o link do blog que te indicou;
3) Indicar 4 blogs de sua preferência;
4) Avisar os seus indicados;
5) Publicar as regras;
6) Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nosso Querido Bob

What About Bob? *
(1991) 99 min (12 anos)



EUA - O Dr. Leo Marvin está muito satisfeito consigo mesmo. O psiquiatra nova-iorquino publicou um livro, sobre o método de "pequenos passos" no tratamento de fobias, e o programa de televisão "Good Morning America" deseja entrevistá-lo durante suas férias. No consultório, a secretária pede que o médico atenda o telefone. É um colega que precisa encaminhar-lhe um paciente.

Antes de aceitar, dr. Marvin pergunta se o cliente é psicopata. "Não, absolutamente. Bob chega pontualmente às consultas e paga adiantado." Enquanto desligam, notamos o ar de alívio e satisfação do colega. O controlado doutor Marvin não perde por esperar. Além de apresentar variadas fobias, a dependência e insegurança de Bob Wiley têm um efeito exasperante no terapeuta. Mas as outras pessoas, inclusive a esposa e filhos do médico, ficam encantadas com a simplicidade e alegria de Bob. As férias de Leo Marvin estão por um fio...

Bill Murray, Richard Dreyfuss e Charlie Korsmo, que interpreta o pequeno Siggy, filho do dr. Marvin, estão excelentes em seus papéis. Bill Murray improvisou tanto, que só foi possível escrever um roteiro completo depois de filmar todas as cenas de "Nosso Querido Bob". Não deve ter sido fácil para o resto do elenco manter a compostura durante as gravações!

Diretor: Frank Oz
Roteiro: Tom Schulman, baseado em história de Alvin Sargent & Laura Ziskin
Música: Miles Goodman
Fotografia: Michael Ballhaus
Elenco: Bill Murray, Richard Dreyfuss, Julie Hagerty, Charlie Korsmo, Fran Brill

*** excelente
** ótimo
* bom

Sem Asterisco - interessante

sábado, 17 de outubro de 2009

A Caverna do Cão Amarelo

Die Höhle des gelben Hundes * *
The Cave of the Yellow Dog
(2005) 93 min (Livre)

A vida nas estepes da Mongólia é muito simples, os nômades se satisfazem com pouco. Como a terra é pública, os pastores podem migrar para novos pastos quando julgam necessário. A família Batchuluun cria algumas vacas, cabras e ovelhas. A mãe está sempre ocupada, preparando o queijo, costurando, enquanto as crianças crescem livres, brincando, cuidando de seus assuntos. Nansal, a filha mais velha, encontra um filhote de cachorro, quando está guardando o rebanho. A menina apelida o cãozinho de Zocher e leva-o para casa. Isso não agrada ao pai; ele teme que lobos sigam o animal e ataquem as ovelhas.

A diretora Byambasuren Davaa registra a cultura e o estilo de vida dos povos nômades da Mongolia neste drama-documentário, de maneira idêntica ao que fez em "Camelos também Choram". Os atores são amadores.
(http://bystarfilmes.blogspot.com/2007/09/camelos-tambm-choram-2003-weeping-camel.html)


Mantendo a câmera à distância, sempre em standby, Byambasuren conseguiu total naturalidade das crianças, que não sabiam quando estavam sendo filmadas. Achei linda a cena em que a família desmonta a tenda (yurta*), arruma e carrega sua estrutura, panos e móveis nas carroças. Um círculo de grama seca fica marcado no local onde repousara o acampamento. O pai se ajoelha no meio e reza, desculpando-se pelo dano que causaram à terra. Abençoar o solo é um belo gesto, um exemplo para nos lembrar nossa responsabilidade no cuidado com a natureza.

"The Cave of the Yellow Dog" ainda não chegou ao Brasil. Como já se passaram 4 anos do seu lançamento, só podemos torcer para que ainda seja distribuído, pelo menos, em DVD. Antes disso pode ser adquirido por US$ 11,44 no site da Amazon, com legendas em inglês. http://www.amazon.com/dp/B000KHX70S?tag=imdb-adbox


* A yurta é uma estrutura circular desmontável, recoberta de feltro, que serve de habitação para os povos nômades da Ásia Central. No interior, é revestida por tapetes, colocados nas paredes e no chão.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Falsários

Die Fälscher *
The Counterfeiters

(2007) 98 min (14 anos)



Sentado na praia, um homem fuma e observa o movimento das ondas. Ali perto, sobre as pedras, a primeira página de um jornal francês estampa a manchete "A Guerra acabou!!". Carregando uma valise discreta, ele se dirige ao Hotel de Paris, onde o recepcionista repara em seu terno surrado e exige um depósito em dinheiro. Isso não parece ser problema. A maleta traz mais do que o suficiente para a estadia no hotel, cabelereiro, manicure, alfaiate e muitas fichas do cassino de Monte Carlo.

O judeu russo Salomon "Sally" Sorowitsch preferia usar seu talento para falsificar dinheiro e documentos do que para criar quadros. Acostumado à boa vida, descuida-se, é preso em 1936 e levado para um campo de concentração. Mais tarde é transferido para Sachsenhausen, onde os nazistas esperavam que chefiasse a Operação Bernhard. Uma equipe de especialistas judeus opera equipamento moderno, para falsificar a libra e o dólar, enfraquecendo a economia dos países aliados. Devem os prisioneiros ajudar o inimigo, em troca de comida, um colchão macio e a chance de sobrevivência?

Ao ler, na capa do DVD, a observação de um jornalista do Chicago Tribune, considerando "Os Falsários" melhor do que "A Vida dos Outros", minha filha comentou: "Duvido". Tive que concordar com ela. Ainda que bem-feito, com um tom realista de documentário, "Os Falsários" não apaixona, como acontece com a obra de Florian Henckel von Donnersmarck.

Curiosidades:
* Primeiro filme austríaco a ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
* Adolf Burger, autor do romance em que o filme se inspirou, foi um dos falsários da equipe.

Diretor:
Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Stefan Ruzowitzky, baseado em livro de Adolf Burger (The Devil's Workshop)
Música: Marius Ruhland
Fotografia: Benedict Neuenfels
Elenco: Karl Markovics, August Diehl, Marie Bäumer, Devid Striesow, Dolores Chaplin

Woody Allen no Rio?


Você sabia que oferecemos 17 milhões de dólares a Woody Allen para que torne o Rio de Janeiro cenário de seu próximo filme? Um estúdio e as autoridades cariocas fizeram a oferta a Letty Aronson, irmã e produtora de Allen, esperando que a cidade possa suceder Nova Iorque, Barcelona, Londres e Paris como inspiração para o diretor. Até agora o cineasta não se pronunciou. (fonte Decine21)

Todas as iniciativas para promover a cidade são bem-vindas, mas precisamos começar logo a arrumar a casa, senão os olhos sensíveis do artista se chocarão com a discrepância entre a magnificência das belezas naturais e a irresponsabilidade e relaxamento dos homens.

O Guerreiro Genghis Khan

Mongol *
(2007) 107 min (12 anos)



"Não desprezes um filhote indefeso. Ele pode se tornar um tigre feroz"
(provérbio mongol)

Temudjin é o filho de nove anos de Esugei, khan de uma tribo de nômades da Mongólia. Apesar da pouca idade, Temudjin deve escolher a esposa entre as meninas de uma tribo inimiga, para estabelecer uma aliança que fortalecerá o clã de seu pai. Mas é num acampamento amigo que a confiante Börte o convence que será a esposa ideal. Pensando retornar cinco anos depois, o menino deixa como presente um enfeite de osso para lembrar-lhe a promessa. Acontecimentos inesperados retardarão sua volta. Será que Börte permanecerá fiel?

Essa biografia de Genghis Khan (imperador de todos os homens) foi co-produzida por Cazaquistão, Russia, Alemanha e Mongolia. O filme ressalta as características de liderança de Temudjin, que permitiram que se tornasse o chefe de todos os mongóis. Desenvolve temas como responsabilidade, sacrifício, generosidade e constância nos afetos. "O Guerreiro Genghis Khan" foi candidato do Cazaquistão ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007.

"Mongóis precisam de lei. Eu os farei obedecer ainda que precise matar metade deles" (Genghis Khan)

Diretor: Sergei Brodov
Roteiro: Arif Aliyev & Sergei Brodov
Música: Tuomas Kantelinen
Fotografia: Rogier Stoffers, Sergey Trofimov
Elenco: Tadanobu Asano, Khulan Chuluun, Honglei Sun, Amadu Mamadakov, Odnyam Odsuren, Aliya, Ba Sen

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Monstros vs Alienigenas

Monsters vs Aliens
(2009) 94 min (Livre)



EUA - "Baseado nos clássicos filmes B de terror feitos nos anos 50, essa animação que mistura comédia e ação se passa nos tempos atuais e mostra o embate entre os vilões citados no título. Primeira produção da DreamWorks Animation produzida com tecnologia stereoscopic 3D." (e-Pipoca)

São simpáticos e divertidos os personagens de "Monstros vs Alienígenas" e o desenho animado pode agradar os pequenos, sem impacientar os adultos.

Diretor: Rob Letterman, Conrad Vernon
Roteiro: Maya Forbes & Wallace Wolodarsky e Rob Letterman e Jonathan Aibel & Glenn Berger, baseado em história de Rob Letterman & Conrad Vernon
Música: Henry Jackman
Vozes: Reese Witherspoon, Seth Rogen, Hugh Laurie, Kiefer Sutherland, Rainn Wilson, Will Arnett

*** excelente
** ótimo
* bom

Sem Asterisco - interessante

Trama Internacional

The International
(2009) 117 min (14 anos)



O agente da Interpol Louis Salinger e a assistente da Procuradoria de Manhattan Eleanor Whitman estão investigando o Banco Internacional de Negócios e Crédito (IBBC), financiador de transações escusas e do tráfico de armas, em países do 3º mundo. O Banco, que tem sede em Luxemburgo, é protegido pelo sistema legal, o que não impede seus dirigentes de contratarem um assassino para eliminar qualquer "obstáculo" aos negócios.

Locações em Berlim, Lyon, Milão, Nova York, Istambul, mais a arquitetura belíssima de prédios antigos e modernos são a principal atração de "Trama Internacional". Naomi Watts e Clive Owen emprestam credibilidade e emoção aos policiais envolvidos numa tarefa que parece superior a seus recursos. O filme oferece muitos momentos de suspense. Atenção para o tiroteio dentro do Museu Guggenheim, Nova Iorque; é coisa de mestre.

Curiosidade:
* "Trama Internacional" foi inspirada na queda do Banco Internacional de Crédito e Comércio, fundado por Agha Hasan Abedi em Karachi, Pakistão, na década de 70. O banco se envolveu na maior operação de dinheiro da história, e misturou negócios de tráfico de armas, exércitos de mercenários, inteligência e apoio ao terrorismo. Na Inglaterra e nos Estados Unidos se descobriram suas manobras escusas em 1991, quando o banco declarou falência. Segundo o roteirista Eric Singer, o escândalo do BICC foi "o maior delito cometido por uma empresa na história". (Decine21)

Diretor: Tom Tykwer
Roteiro: Eric Singer
Música: Reinhold Heil, Johnny Klimek, Tom Tykwer
Fotografia: Frank Kriebe
Elenco: Clive Owen, Naomi Watts, Armin Mueller-Stahl, Ulrich Thomsen, Tibor Feldman, Brian F. O'Byrne, Michel Voletti, Patrick Baladi, Jay Villiers, Fabrice Scott, Haluk Bilginer

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Proposta

The Proposal
(2009) 107 min (12 anos)



EUA - Margaret parece uma típica implacável executiva de Nova Iorque. Seu principal compromisso é com o sucesso. Sem família ou amigos, vive o trabalho 24h por dia. Pessoas são como peões no seu jogo, secundárias. Na realidade, Margaret é canadense. Quando a imigração exige que se retire do país, rapidamente, a ágil yuppie inventa um casamento com seu assistente Andrew. Relutante a princípio, o escravizado rapaz faz uma exigência mas aceita. Com o agente da Imigração à espreita, o casal embarca para o Alaska, para comemoração dos 90 anos da vovó Annie.

"A Proposta" é uma comédia romântica agradável, num cenário bonito (na realidade Massachusetts), boa trilha sonora, e um elenco competente, no qual se destacam a mãe Grace e a jovial avó de Andrew, as excelentes atrizes Mary Steenburgen e Betty White. Depois de vários dramas e filmes de suspense, "A Proposta" chegou como a visão de um oásis no meio do deserto.

Diretora: Anne Fletcher
Roteiro: Peter Chiarelli
Música: Aaron Zigman
Fotografia: Oliver Stapleton
Elenco: Sandra Bullock, Ryan Reynolds, Malin Akerman, Mary Steenburgen, Betty White, Craig T. Nelson, Denis O'Hare, Oscar Nuñez, Michael Nouri

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Vila

The Village * *
(2004) 108 min (14 anos)



EUA, Pensilvania - Covington é uma isolada comunidade rural do século XIX. Seus habitantes convivem amigavelmente, criam ovelhas, fazem queijo, tecem e aram o campo durante o dia. À noite, alguns rapazes montam guarda, no caso da vila ser invadida por "aqueles de quem não falamos". Há um pacto entre essas agressivas criaturas da floresta e os moradores. Os fazendeiros não entram no bosque e os monstros respeitam os limites da vila.

Mas o jovem Lucius Hunt planeja quebrar a trégua para buscar medicamentos nas cidades. O Conselho de Anciãos tenta dissuadi-lo, assim como Ivy Walker. A jovem cega quer que Lucius esqueça sobre o mundo exterior. Será que as carcaças de cordeiros sem pele, que aparecem espalhadas pelo povoado, significam que o acordo foi quebrado?

A batalha entre o bem e o mal se trava nos corações e mentes dos homens. "Aqueles de quem não falamos" simbolizam o lado sombrio do espírito humano. Mesmo cultivando a gentileza, inocência e sinceridade, não há garantia absoluta de erradicação da violência. Cada um, a cada momento, deve escolher seu caminho.

Além de um elenco excepcional de artistas de teatro, cuja experiência possibilitou tomadas longas, sem cortes, outro destaque de "A Vila" é a trilha sonora magnífica de James Newton Howard. Entre ruídos assustadores, que criam um clima de suspense, insinua-se uma belíssima e emocionante melodia, onde se destaca o violino agudo da talentosa Hilary Hahn.


Bryce Dallas Howard como Ivy Walker

Diretor: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Música: James Newton Howard
Fotografia: Roger Deakins
Elenco: Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix, William Hurt, Adrien Brody, Sigourney Weaver, Brendan Gleeson, Celia Weston, Judy Greer, Charlie Hofheimer

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Marva Collins no programa 60 Minutes




Há alguns comentários sobre o fechamento das escolas de Marva Collins, por conta da recessão econômica. :-(
Seu método de ensino, contudo, permanece um modelo eficiente para os professores que desejam envolver os alunos no processo educativo.

A segunda parte deste vídeo pode ser vista em:
http://www.youtube.com/watch?v=DxsCDyGSU1A

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Homem Elefante

The Elephant Man * * *
(1980) 123 min (16 anos)



"Eu não sou um animal! Eu sou um ser humano! Eu sou um homem"

Inglaterra - Neste período de escassos lançamentos nas locadoras, foi preciso buscar o premiado longa metragem que David Lynch dirigiu 29 anos atrás, baseado nos manuscritos do dr. Frederick Treves. O médico relata a história de Joseph Carey Merrick (1862-1890), portador de uma doença congênita grave que lhe deformava especialmente o lado direito do crânio e do corpo. Hoje em dia supõe-se que sofresse tanto de neurofibromatose como de síndrome de Proteus. A família acreditava que sua aparência devia-se ao susto que Mary Jane Merrick levou com um elefante, quando estava grávida de Joseph.

O cirurgião inglês descobriu Merrick em um circo de aberrações e o internou no hospital de Londres. Além da aparência disforme, o rapaz de maneiras afáveis apresentava uma grave bronquite e não viveu muito. Mas teve o prazer de fazer verdadeiros amigos que se interessavam por seu bem estar. Entre eles, a rainha Vitória.

"O Homem Elefante" permanece um esplêndido exemplo de filme de arte que emociona, interessa, prende a atenção ainda hoje. São impecáveis a direção de David Lynch e o elenco notável. Foi com saudade que revi John Gielgud (dr. Carr Gomm) e Wendy Hiller (enfermeira Mothershead), dois dos mais talentosos artistas ingleses no palco e na tela. O roteiro ressalta o comportamento monstruoso das pessoas que condescendem com seus vícios e caprichos egoístas. A vontade de ser bons, ao contrário, nos faz mais humanos.


Sir John Gielgud e Dame Wendy Hiller

Curiosidades:

* Frederick William Treves, o artista que interpreta Alderman, é sobrinho neto do dr. Treves.
* Foram necessárias 7 horas de maquiagem para transformar John Hurt em J. Merrick. Por causa do estresse na preparação, ele trabalhou em dias alternados, de 5:00 às 22:00.
* As últimas linhas do roteiro, faladas pela mãe de Merrick, são do poema de Tennyson, "Nothing Will Die."
* A interpretação de Anthony Hopkins como o bom médico inspirou Jonathan Demme a escolhê-lo como o perverso e sofisticado Hannibal Lecter, de "Silêncio dos Inocentes".

Diretor: David Lynch
Roteiro: Christopher De Vore & Eric Bergren & David Lynch, baseado nos livros "The Elephant Man and Other Reminiscences" (Sir Frederic Treves) e "The Elephant Man: A Study in Human Dignity" (Ashley Montagu)
Música: John Morris
Fotografia: Freddie Francis
Elenco: John Hurt, Anthony Hopkins, Sir John Gielgud, Anne Bancroft, Wendy Hiller, Freddie Jones, Michael Elphick, Frederick William Treves

domingo, 4 de outubro de 2009

O Escarlate e o Negro

The Scarlet and the Black *
(1983) 156 min ( Livre) feito para a TV

Itália - O filme conta as atividades secretas de Monsenhor Hugh O´Flaherty, que trabalhou no Vaticano durante a ocupação alemã de Roma. O corajoso padre irlandês escondeu mais de 4000 refugiados, judeus e Aliados, em conventos, fazendas, e apartamentos alugados para esse fim. Construiu uma rede de centenas de pessoas que o ajudaram em seus esforços.

Quando o coronel Kappler, chefe local da GESTAPO, descobriu que O´Flaherty estava por trás da organização, ordenou sua captura, apesar da imunidade diplomática do oficial da Cúria. Com a ameaça de prisão, o chefe da polícia alemã pensava confinar O'Flaherty dentro dos limites do Vaticano. Mas Herbert Kappler não contava com a engenhosidade e coragem do sacerdote irlandês.

"O Escarlate e o Negro" foi feito para a televisão há 26 anos atrás. A trilha sonora de Ennio Morricone, um pouco alta na abertura, denuncia sua idade. Mas, passados apenas alguns minutos, habitua-se, pois o roteiro é bom e os artistas ótimos. Christopher Plummer personifica o Coronel Kappler, treze anos depois de fugir dos nazistas no papel de Coronel von Trapp (Noviça Rebelde). Sir John Gielgud interpreta o Papa Pio XII e Gregory Peck dá vida a Monsenhor O'Flaherty. Também chamado de 'Pimpinela Escarlate do Vaticano', o irlandês era um dinâmico esportista, campeão de golfe amador e praticante de box. O filme pode ser encontrado na Videolocadora Guimarães, em Laranjeiras, Rio de Janeiro, cidade sede das Olimpíadas 2016! Ou comprado na Livraria Saraiva, por R$ 24,90.

Os verdadeiros Monsenhor Hugh O'Flaherty e Coronel Herbert Kappler

Diretor: Jerry London
Roteiro: David Butler, baseado no livro de J. P. Gallagher
Música: Ennio Morricone
Fotografia: Giuseppe Rotunno
Elenco: Gregory Peck, John Gielgud, Christopher Plummer, Raf Vallone, Barbara Bouchet, Olga Karlatos
Distribuidora: Classic Line
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

banner