(2007) 121 min (12 anos)
"Nada destrói o espírito como a pobreza."
"Amor é desejável. Dinheiro é indispensável."
Inglaterra, 1795 - Com as observações acima, o vigário de uma paróquia em Hampshire, e sua esposa, desencorajam o amor da filha Jane pelo advogado irlandês Tom Lefroy. De acordo com as leis de sucessão inglesa do século XVIII, o filho mais velho é o herdeiro dos bens da família, deixando aos mais jovens um posto no exército ou na igreja, e às mulheres o caminho do casamento como garantia de segurança econômica. Esta situação permeia os enredos de uma das maiores escritoras de lingua inglesa: Jane Austen.
Jane começou a escrever na adolescência. O pai apreciava seu talento e presenteou-a com uma escrivaninha que hoje se encontra na Biblioteca Britânica, na mesma sala da Magna Carta (documento de 1215 que limitou o poder dos reis ingleses).
O quanto existe de realidade no roteiro de "Amor e Inocência"? Difícil dizer; são poucas as informações biográficas sobre Jane Austen, além de alguma correspondência com a irmã mais velha, Cassandra. Mas muito se encontra dos romances de Austen em "Amor e Inocência". É divertido identificar, no filme, as cenas e personagens já conhecidos através dos 6 livros que nos deixou.
A reconstituição de época está primorosa, a fotografia e o cenário magníficos. O ritmo é ágil, o elenco brilhante, com destaques numerosos, como o impetuoso Lefroy, o casal Austen, a doce Cassandra e lady Gresham, uma versão suave de Lady Catherine De Bourg. Só a esforçada Jane, embora aplicada, faltava ser interpretada por uma artista ... inglesa. Para os apreciadores da autora de "Orgulho e Preconceito" é um filme imperdível.
Diretor: Julian Jarrold
Roteiro: Kevin Hood, Sarah Williams, baseado em cartas de Jane Austen
Música: Adrian Johnston
Fotografia: Eigil Bryld
Elenco: James McAvoy, Anne Hathaway, Anna Maxwell Martin, Julie Walters, James Cromwell, Maggie Smith, Laurence Fox, Ian Richardson.
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