(2007) 100 min
Direção: Philippe Barcinski
Roteiro: Philippe Barcinski, Fabiana Barcinski, Eugênio Puppo
Música: Ed Cortês
Fotografia: Pedro Farkas
Elenco: Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros, Letícia Sabatella, Rita Batata, Branca Messina, Graziela Moretto, Cássia Kiss, João Paulo Zucatelli
A cidade é São Paulo, o tempo, agora. Ênio tem uns 50 anos, é engenheiro de tráfego, solteiro, sem vínculos pessoais. Sua vida se apóia no trabalho, onde tem colegas, mas não amigos. Pedro é jovem, fabrica mesas de sinuca na marcenaria que herdou do pai. Precisão, medidas, alinhamento, são parâmetros na profissão, no jogo, nos relacionamentos. Observando os grandes jogadores, aprendeu a controlar a bola branca, e conseguir bons resultados no jogo. Os dois homens jamais se encontram, mas suas trajetórias são semelhantes, pois ambos precisarão aprender a aceitar e lidar com a imprevisibilidade da vida, que surge na figura de mulheres significativas.
O filme é lento, suave, sem surpresas, como a vida de ambos. É feito com cuidado e competência e me agradou, sobretudo, por valorizar os vínculos humanos, que dão sentido à vida. Uma das músicas iniciais fala de laços. A dos créditos finais diz: “Só deixo minha alma, só deixo o coração, na mão de quem pode.” Antes assim.
Se você privilegia suspense, ação, aventura, escolha outro para prestigiar o cinema nacional.
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