(2012) 84 min (14 anos)
EUA - O desgraçado Andrew Dettmer está num beco e não vê saída. O pai alcoólatra desconta nele as frustrações de uma aposentadoria precoce, a mãe gentil tem câncer e precisa de remédios caríssimos contra a dor, Andrew não tem amigos, nem namorada, e costuma sofrer bullying na escola. A pessoa mais próxima é seu filosófico primo Matt, que resolve ajudá-lo, convidando-o para uma festa. Andrew aceita o convite e vai acompanhado de sua nova filmadora, pois lhe parece mais fácil enfrentar o mundo através das lentes da câmera.
Durante a festa, os primos encontram Steve, um aluno popular com muita ambição política e alguma audácia. Steve é o primeiro a pular dentro de um buraco no terreno, de onde emanavam ruídos estranhos. Debaixo do solo descobrem um estranho artefato cristalino e luminoso que parece vivo. Os estudantes voltam à superfície sem saber que algo neles mudou. Além de frequentes sangramentos nasais, os três adquirem o poder de mover coisas. Eles se divertem descobrindo, exercitando e fortalecendo esse talento. Inicialmente fazem algumas brincadeiras juvenis, que só têm graça para eles. À medida em que seus poderes aumentam, as diferenças de personalidade de cada um se tornam mais nítidas, amplificadas por esta nova força. Matt acredita que grandes responsabilidades acompanham grandes poderes, mas Andrew discorda completamente da frase de Peter Parker e se julga acima de qualquer um. O anti-herói ilustra sua posição levitando e implodindo uma aranha. Quem será capaz de conter tamanha ira?
Poder Sem Limites é ótimo para assistir junto a uma bacia de pipoca, partilhada com amigos e família na maior tela possível. Assisti sozinha, uma pena, pois não levei fé na capa tristonha e nem tive tempo para revê-lo em sessão conjunta. Foram tantos os DVDs que chegaram ao mesmo tempo, nessa semana, que uns 12 se empilhavam na minha estante. Hesitando entre ver mais e escrever no By Star, nem pesquisei no imdb ou nos blogs cinéfilos. Fui no escuro e como me diverti! Só depois descobri que já tinha lido a respeito no Cultura Intratecal. Bruno Knott também gostou muito.
Roteiro: Max Landis, baseado numa história de Trank e Landis
Fotografia: Matthew Jensen (Game of Thrones, True Blood)
Musica: trilha sonora, de acordo com o IMDB
Elenco: Dane DeHaan, Alex Russell, Michael B. Jordan, Michael Kelly, Ashley Hinshaw
Distribuidora: Fox Film do Brasil
4 comentários:
Esse me surpreendeu. Claro que tem várias bobeiras (não gostei particularmente dos problemas familiares do protagonista), mas o timing de entretenimento é na medida. Sem falar da parte técnica.
Pelo resultado obtido, surpreende que seja um filme relativamente desconhecido...
Olá Stella Daudt.[67]
Se fosse para recitar filósofos como Matt Garetty(Alex Russell) o fazia com um conhecer com ar de recente desses,eu recitaria Kafka.Veja se não concorda:
**SPOILERS** "(...)temas e arquétipos de alienação e brutalidade física e psicológica, conflito entre pais e filhos, personagens com missões aterrorizantes, labirintos
burocráticos e transformações místicas(...){http://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Kafka}"
Quanto ao poder de mover as coisas/corpos,telecinese,faz-me um sentido até muito lógico no voar;tipo: é como mover um outro corpo.No entanto o sangramento nasal é mais ou menos -para mim- meio subentendido quando a ficção flerta com o esforço desse poder como praticamente um machucado muscular e nesse caso entendi como uma ligação físico-psiquíca entre os 3.
Diz-se também que Kafka explorava o que parecia estranho,mas não passava de verdade.E talvez seja tentador pensar como Matt Garetty(Alex Russell) ao fim,pode ser a influência da
filosofia;lembra-se do fim? **SPOILER IMENSO** Matar o amigo Andrew Detmer para cessar a energia destrutiva represada e ir ao Tibet,lugar de paz que o primo e amigo "hostil,mas palavras dele" sugeriu no lugar doutro praiano. **FIM DE SPOILER IMENSO**
Pecebeu que eu gostei do filme,né? :D Fiquei meio interessado na futura e passada filmografia de Dane DeHaan(Andrew Detmer),Alex Russell(Matt Garetty) e Michael B. Jordan(Steve
Montgomery) etc.E a propósito,Bruno Knott também mandou sem entregar a mina de ouro.
Tchau.[67]
Bom dia, Tabibito-san, notou como o Dane DeHaan (Andrew) está se especializando em personagens torturados, sofridos, problemáticos?
Nunca li Kafka, dos russos me contentei com Tolstoi, Tchekov, Turgueniev e "Crime e Castigo", de FMD. Acho que estava evitando exatamente os "temas e arquétipos de alienação e brutalidade física e psicológica, conflito entre pais e filhos, personagens com missões aterrorizantes, labirintos
burocráticos e transformações místicas". Mas, pelo que você escreve, faz sentido. Um abraço, S.
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