(2012) 130 min (12 anos)
Brasil - "Luiz Gonzaga decide mudar seu destino e sai de casa jovem para a cidade grande para apagar uma tristeza amorosa. Ao chegar conhece uma mulher por quem se apaixona, a Odaléia. Após o nascimento do filho e complicações de saúde da esposa, ele decide voltar para a estrada para garantir os estudos e um futuro melhor para o herdeiro. Ele tem um amigo no Rio de Janeiro e com ele deixa o pequeno e sai pelo Brasil afora.
Só não imaginava que essa distância entre eles faria crescer uma complicada relação, potencializada pelas personalidades fortes de ambos. Baseada em conversas realizadas entre pai e filho, essa é a historia de Luiz Gonzaga, cantor e sanfoneiro, conhecido como Rei do Baião ou Gonzagão. Já seu filho Gonzaguinha, é com esse nome que ficou conhecido". (wikipedia)
De menino pobre em Exu, interior de Pernambuco, ao sucesso no Rio de Janeiro, foi longa a trajetória de Luiz Gonzaga. O filme de Breno Silveira consegue encenar de forma convincente e emocionante a saga nordestina do homem forte que se realizou cantando a natureza e o folclore da sua terra. Apesar das críticas de estudiosos da vida de Gonzagão, o saldo é positivo (ver avaliação de Sidney Rezende) A caracterização dos personagens foi muito feliz. Chambinho do Acordeão foi escolhido entre 5 mil atores e vestiu a pele do sanfoneiro na maturidade. Julio Andrade se assemelha fisicamente a Gonzaguinha. A escolha dos dois contribui para o sucesso do filme.
Parece que foi isso o que aconteceu entre Gonzaguinha e Gonzagão. Felizmente houve tempo para uma reconciliação. Luis Gonzaga teve pai carinhoso e mãe forte. Ser rejeitado, quando moço, como pretendente da filha de um coronel, levou-o a almejar que o filho se tornasse doutor, contrariando a vontade de Gonzaguinha, que desejava ser músico, como o avô e o pai. "Gonzaga - de Pai para Filho" mostra esse relacionamento conturbado e mais as belas canções criadas pelos dois músicos que tanto alegraram e enriqueceram a cultura brasileira.
Roteiro: Patrícia Andrade
Musica: Berna Ceppas
Fotografia: Adrian Teijido
Elenco: Nivaldo Expedito de Carvalho (Chambinho do Acordeão), Julio Andrade, Adelio Lima, Nanda Costa, Silvia Buarque, Claudio Jaborandy, Ana Roberta Gualda, Cecilia Dassi, Domingos Montagner
Distribuidora: Paris Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
Postagens
7 comentários:
Assisti ao filme semana passada e me agradou muito.
A relação tensa entre os dois não era de meu conhecimento, visto que não sou grande fã desse estilo de música.
Porém, achei um belo trabalho. Gostei das atuações, do roteiro e da fotografia.
confesso que não tinha tanto interesse por esse filme, mas se ele permite esse tipo de reflexão (penúltimo parágrafo) creio que vale a pena dar uma chance!
Renato, temia que meu entusiasmo pela música de Luiz Gonzaga estivesse influenciando meu julgamento do filme. Mas acho que não.
Bruno, o filme merece uma chance, é muito bem feito, tem uma bela fotografia.
Olá Stella Daudt.[81]
Sorte do Gonzaga(pai) também ter cruzado com pessoas que entenderam -até certo ponto- o jeito dele com rompantes de enfrentar ou de fugir.Sua personalidade alegre e até
infantil de lidar com momentos pontuais e importantes que o filme selecionou para mostrar as mudanças de lugares pela vida do músico,também não eram fortemente
compreensíveis se você se permite esquecer os reflexos da falta da vida dura(apesar de feliz).
A trilha sonora que não era excludente com o "baião regionalista" que ia ainda andando junto com o filme,os "sósias-atores" e cenas documentais no meio do filme e casos interessantes da vida dele,manteram-me interessado na película.
Nessa relação que foi ficando cada dia mais distante entre pai e filho,eles terminaram muito se ligando na opinião alheia(Senti certa falta disso ser mais incisivo para pontuar): O Gonzagão mais leve e Gonzaguinha com expressão sempre endurecida.Poderiam se ver sempre como "está querendo me provocar",visto a diferença deles de encarar a vida.Eu desconfiava que o tipo de música do filho ser diferente da do pai era um indício de não querer seguir muito os passos dos pais,todavia "o buraco era mais embaixo".Além de eu não saber do período curto entre as mortes: Luiz Gonzaga em 2 de agosto de 1989 aos 76 anos de parada cardiorrespiratória e Gonzaguinha em 29 de abril de 1991 com 45 anos de acidente automobilístico. #1/2 Triste
**SPOILER* Luiz Gonzaga deveria ter feito Teste de Paternidade,testes menos conclusivos que haviam no passado ou desencanando logo disso.Também teria poupado e se poupado
de muita carga.E Gonzaguinha parecia tão revoltado desde sempre,conforme os atores que fizeram ele no filme.E aí,é como você instrui e precaveu acerca da postura amarga e reinvidicadora.
*FIM DE SPOILER*
Observação: Programa de TV é muito ruim ao indicar filme,é um desserviço mesmo.Lembro do falar geral no "Encontro com Fátima Bernardes" quanto ao filme e qualquer outro filme;tem medo de spoilers e perder o dinheiro do público no cinema?E é aí que a internet ganha de 10 X 0.Caso for para receber indicações,prefiro o "ByStar"(risos)...
Tchau.[81]
Lá vou eu de novo, postando comentários depois de ver o filme na TV aberta. Eu quando criança, imaginava o Gonzaguinha como um playboy às custas do pai, mas não era bem assim. Na minha juventude, eu comprei um Disco em vinil do Gonzaguinha, de presente para o meu irmão, com a música “Lindo Lago do Amor”, que acabei gostando muito. Passei a entender algumas músicas do Gonzaguinha à luz da biografia dele, o que valorizou bastante. É boa a cena do chapéu de couro ( Gonzagão assumindo a identidade nordestina ) - faz a referência a “Rambo” ( colocando a tira na cabeça – mas, deveria ser melhor explorada, sem exageros claro, trata-se de cinema ! Outra cena boa: Gonzaguinha ganhando a estrada e deixando a carta para a mãe de criação. Um samba simples que ganha sentido, muito sentido no momento em que se vive a história do personagem. A julgar pelo filme, Gonzaguinha queria perdoar, mas queria o arrependimento do pai. Me alegrou a cena do perdão. Um filme para rever. Gonzaguinha merece um filme centrado na sua tragetória. Poucos filmes brasileiros valem ser revistos. Esse vale até comprar o DVD.
Abraços, Stella e Feliz Natal !
Eduardo.
“ Ah, que céu
Mamão com mel
E eu nem preciso de asas pra voar “
Ah Tabibito-san, também consulto vários blogs de cinéfilos dedicados, e confio mais nas suas orientações do que em alguns bonequinhos do jornal. ;-) Fico feliz que o By Star possa te ajudar também! Um grande abraço, e FELIZ NATAL! S.
Tem razão, Eduardo, esse é um filme que dá para rever. Feliz Natal para você e sua família! Um abraço, S.
Postar um comentário