(2013) 83 min (12 anos)
EUA - Em 24 de fevereiro de 2010, a experiente treinadora Dawn Brancheau morreu depois do show "Dine with Shamu", no parque aquático SeaWorld, na Flórida. Dawn foi agredida pela orca Tilikum, que já havia causado a morte de outras 2 pessoas, anos atrás. Em liberdade, esses fantásticos membros da família dos golfinhos se alimentam de peixes, aves, tartarugas, focas, tubarões e leões marinhos. Quando nadam livres nos oceanos, não há registro de casos de ataques de orcas a seres humanos. O que aconteceu com Tilikum? E por que as orcas em cativeiro vivem tão menos do que aquelas em liberdade?
Em novembro de 1983,Tilikum foi aprisionada no Atlântico Norte, na costa da Islândia, e levada para o Sealand do Pacífico, na British Columbia. O Sealand canadense era um parque modesto, sem nenhuma condição de receber animais de tal porte. À noite, as orcas permaneciam confinadas num tanque mínimo (9 metros de diâmetro e 6 metros de profundidade), no qual precisavam ficar paradas. De dia, sua vida não era muito melhor, pois o treinamento diário incluía privação de alimento. A sociedade das orcas é um matriarcado, o que levou Tilikum ao posto mais baixo na hierarquia do grupo; ele era usualmente agredido pelas fêmeas mais velhas. Em 1991, as orcas mataram Keltie Byrne, estudante de biologia marinha, nadadora e treinadora do parque, impedindo-a de sair do tanque. Em 1992, Tilikum foi enviado ao Seaworld da Florida para servir de reprodutor e o parque canadense foi fechado.
O documentário "Blackfish: Fúria Animal" procura mostrar a crueldade de se separar da família - e manter em cativeiro - animais tão inteligentes, sociáveis, que possuem uma linguagem própria e vivem em grupo toda sua vida. As primeiras imagens do filme são impressionantes e revelam a estratégia das fêmeas para salvar os filhotes, assim como o sofrimento das mães quando eles são capturados pelos caçadores de baleia. Em outro momento emocionante de "Blackfish", as orcas-mães se agitam, tremem, "choram", fazendo vocalizações de longo alcance, para serem ouvidas pelos filhotes desaparecidos. Os cientistas ainda conhecem pouco a respeito dos hábitos e linguagens desses fascinantes animais, mas já é o suficiente para concluirmos que devem ser protegidos e admirados em seu habitat natural.
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Diretora: Gabriella Cowperthwaite
Roteiro: Gabriella Cowperthwaite & Eli Despres, Tim Zimmerman
Musica: Jeff Beal
Fotografia: Jonathan Ingalls, Christopher Towey
Distribuidora: Universal
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
4 comentários:
acho que eu teria dificuldades de assistir a este filme, stella! não suporto ver animais sofrendo... mas é aquela coisa, é uma experiência necessária para nos conscientizarmos e ajudar a passar a mensagem.
ps: feliz pascoa! forte abraço.
Sem coragem de ver esse tipo de documentário. Claro que deve ser ótimo para tomar consciência das coisas, mas é uma barreira que não consigo ultrapassar. Também não vi The Cove. Ao menos pessoas mais fortes como as que viram esses filmes estão informadas.
Boa Páscoa para ti, também! :)
Bruno e Gustavo, acho que carreguei nas cores ao descrever "Blackfish"! Coração de mãe mole, que detestou ver as fêmeas separadas dos filhotes. Vale muito a pena assistir ao documentário, não só pela conscientização. É impressionante a capacidade estratégica e de comunicação das orcas. Conhecer a força de seus vínculos sociais, também pode nos tornar menos individualistas.
Bruno e Gustavo: Há vários depoimentos de ex-treinadores das orcas e vê-se como eram entusiasmados, alguns desde crianças, quando se apaixonaram pelos animais, depois de assistirem shows nos parques aquáticos. Os treinadores não possuíam informações suficientes sobre os animais, até porque ainda se sabe pouco a respeito. Algumas filmagens de arquivo mostram de longe os ataques das baleias aos treinadores. Dá pena, mas se compreende que tanto treinadores quanto orcas foram vítimas da ignorância e ganância dos dirigentes dos parques. Nunca mais vou a um show aquático com orcas!
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