(2012) 115 min (14 anos)
EUA - Quatro músicos tomam seus lugares no palco. Eles estão prestes a apresentar uma obra tardia de Beethoven, Op. 131. Mas o tempo retrocede para os fatos que antecederam esse último concerto do quarteto de cordas "Fugue". Juntos há 25 anos sob a liderança do violoncelista Peter Mitchell, os músicos ganharam prestígio internacional por sua perfeita harmonia musical. Daniel Lerner é o primeiro violino, Robert Gelbart é o segundo e sua esposa Juliette toca viola. Ambos têm uma filha, Alexandra, que é aluna de Daniel. No momento em que Mitchell descobre estar com Mal de Parkinson, o grupo perde a sintonia e conflitos latentes eclodem.
Tantos assuntos são levantados em "O Último Concerto"! Dificuldade no relacionamento mãe-filha, dúvidas no amor entre marido e mulher, infidelidade, ressentimento, compromisso profissional, paixão x perfeccionismo, aceitação dos limites impostos pela doença, rivalidades, o poder da música e do amor à arte. E tudo se harmoniza delicadamente sob a direção de Zilberman.
Mas as cerejas do bolo, no meu caso, foram a oportunidade de ver mais um desempenho de Philip Seymour Hoffman e a historinha contada pelo violoncelista Peter à turma de jovens alunos, recordando seus dois encontros com Pablo Casals. Diante da atitude excessivamente crítica de alguns, o músico valorizava a importância de tocar com originalidade e paixão, minimizando pequenos deslizes eventuais. Esse olhar benévolo me lembrou do conselho do meu querido analista baiano, Pedro de Figueiredo Ferreira: "A gente deve fazer o vínculo com a parte boa das pessoas, para tolerar as partes ruins." Os músicos terão uma compreensão extra de "O Último Concerto", mas nós, leigos, podemos admirar a precisão e elegância desta obra orquestrada por Yaron Zilberman.
Mas as cerejas do bolo, no meu caso, foram a oportunidade de ver mais um desempenho de Philip Seymour Hoffman e a historinha contada pelo violoncelista Peter à turma de jovens alunos, recordando seus dois encontros com Pablo Casals. Diante da atitude excessivamente crítica de alguns, o músico valorizava a importância de tocar com originalidade e paixão, minimizando pequenos deslizes eventuais. Esse olhar benévolo me lembrou do conselho do meu querido analista baiano, Pedro de Figueiredo Ferreira: "A gente deve fazer o vínculo com a parte boa das pessoas, para tolerar as partes ruins." Os músicos terão uma compreensão extra de "O Último Concerto", mas nós, leigos, podemos admirar a precisão e elegância desta obra orquestrada por Yaron Zilberman.
Rembrandt (1658) |
Curiosidades:
* A historia que Peter Mitchell conta a seus alunos sobre o lendário Pablo Casals é verídica; aconteceu com outro famoso violoncelista, o ucraniano já falecido Gregor Piatigorsky. A historia aparece na autobiografia de Piatigorsky, "Cellist".
* A cena entre Mitchell e Juliette na The Frick Collection, maravilhosa galeria de pinturas de Nova Iorque, é a primeira a ter recebido permissão para ser filmada ali, desde a inauguração do museu (1935). Entre as obras ali apresentadas, destaca-se o auto-retrato de Rembrandt.
* O Quarteto de Cordas Brentano dublou as performances do quarteto "Fugue".
Diretor: Yaron Zilberman.
Roteiro: Yaron Zilberman, Serth Grossman
Imogem Poots como Alexandra Gelbart |
Fotografia: Frederick Elmes
Designer de Produção: John Kasarda
Diretora de Arte: Rumiko Ishii
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Christopher Walken, Catherine Keener, Mark Ivanir, Imogen Poots, Madhur Jaffrey, Liraz Charhi, Nina Lee, Wallace Shawn
Distribuidora: Europa Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
The Frick Collection - NY |
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