Angel
(2007)
Inglaterra - Angel Deverell é filha única de comerciantes e mora em cima da mercearia com a mãe. Recebem regularmente a visita de tia Lottie, empregada na bela Mansão Paraíso, onde a vida parece perfeita. É nesse mundo que Angel deseja viver. No papel, derrama suas fantasias de modo tão vivo que convence um conceituado editor inglês a publicar suas histórias. Enfim, fama, fortuna e até o amor parecem possíveis. Os irmãos Nora e Esmé Howe-Nevinson são aristocratas e parecem os companheiros ideais para essa vida de sucesso. Mas o que acontece quando os desejos mais fortes se tornam realidade?
As cores têm um papel importante na fotografia de "Angel". Sua vida de sonho é kitsch, apresentada em cores fortes, vibrantes, com toques de azul intenso. Aos poucos a tela é invadida pela realidade e os tons da terra, o vermelho, as sombras e a palidez.
François Ozon faz uma sátira dos folhetins e suas heroínas dramáticas. Lembrou-me de Jane Austen ao descrever o clima das novelas góticas em "Abadia de Northanger". Best-sellers saem de moda, ficam datados; só os clássicos continuam conosco, depois de peneirados pelo tempo. Por isso Jane permanece.
Diretor: François Ozon
Roteiro: François Ozon, diálogos de Martin Crimp, baseado em romance de Elizabeth Taylor (escritora inglesa e não a atriz)
Música: Philippe Rombi
Fotografia: Denis Lenoir
Elenco: Romola Garai, Sam Neill, Charlotte Rampling, Lucy Russell, Michael Fassbender.
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