(2010) 165 min (16 anos)
Bede News |
Século XIX - Saartjie Baartman deixou a Cidade do Cabo com o patrão Hendrick Caezar, para tentar a sorte na Europa. Sob o pretexto de oferecer à jovem uma carreira artística, o fazendeiro leva-a a expor seu corpo para a audiência dos shows de horrores na Inglaterra. Saartjie apresentava-se usando um colante cor da pele e alguns adereços de contas, ressaltando as nádegas avantajadas. Caezar incentivava as pessoas da platéia a tocarem a jovem para se certificarem de que era tudo real.
Livre e escravizada ao mesmo tempo, exibida para deleite de platéias pobres e ricas, além da curiosidade dos homens da ciência, a "Vénus Hottentote" tornou-se um ícone dos miseráveis, destinada a ser sacrificada na busca de um fio de esperança na prosperidade. (adaptação da capa do DVD)
A história das humilhações sofridas por Saartjie "Sarah" Baartman é muito triste. Assisti em capítulos, interrompendo o filme a cada uma das vezes em que uma cena constrangedora se tornava insuportável. Se a mulher africana afogava as mágoas no álcool, eu saía para espairecer. Levei 2 dias para ver o filme, mas preferi fugir das lágrimas, dos quais não escapou certo conhecido meu, mais corajoso.
Saartjie queria cantar, dançar, fazer música, mas os homens que a exploravam preferiam apresentá-la como selvagem, oferecendo seu corpo como mercadoria. Incapaz de escolher melhor destino, cansada e doente, a africana sofreu na alma a cegueira das pessoas em relação a seus verdadeiros talentos. A tragédia de Saartjie incluiu solidão, vocação desperdiçada, exploração, preconceito, manipulação, humilhação e machismo. O filme é forte porque as interpretações e recriação dos ambientes são muito convincentes. Há uma cena de mau gosto num salão francês, desnecessáriamente longa.
Nos créditos finais, mostram-se imagens de arquivo com o repatriamento dos restos mortais de Saartjie, em 9 de agosto de 2002. Foi saudada com cantos, danças, muita alegria e respeito na sua terra natal. O presidente da África do Sul discursou para Saartjie "Sarah" Baartman: "Não podemos desfazer o mal que ela sofreu. Mas podemos ter coragem de falar a verdade nua e crua, para que isso a conforte, onde quer que ela esteja..." Foi aí que não resisti e chorei.
Diretor: Abdellatif KechicheSaartjie queria cantar, dançar, fazer música, mas os homens que a exploravam preferiam apresentá-la como selvagem, oferecendo seu corpo como mercadoria. Incapaz de escolher melhor destino, cansada e doente, a africana sofreu na alma a cegueira das pessoas em relação a seus verdadeiros talentos. A tragédia de Saartjie incluiu solidão, vocação desperdiçada, exploração, preconceito, manipulação, humilhação e machismo. O filme é forte porque as interpretações e recriação dos ambientes são muito convincentes. Há uma cena de mau gosto num salão francês, desnecessáriamente longa.
Nos créditos finais, mostram-se imagens de arquivo com o repatriamento dos restos mortais de Saartjie, em 9 de agosto de 2002. Foi saudada com cantos, danças, muita alegria e respeito na sua terra natal. O presidente da África do Sul discursou para Saartjie "Sarah" Baartman: "Não podemos desfazer o mal que ela sofreu. Mas podemos ter coragem de falar a verdade nua e crua, para que isso a conforte, onde quer que ela esteja..." Foi aí que não resisti e chorei.
Roteiro: Abdellatif Kechiche e Ghalya Lacroix
Musica: Slaheddine Kechiche
Fotografia: Lubomir Bakchev
Elenco: Yahima Torres, Andre Jacobs, Olivier Gourmet, Elina Löwensohn, François Marthouret, Michel Gionti, Jonathan Pienaar, Jean-Christophe Bouvet, Jean-Jacques Moreau
Distribuidora: Imovision
2 comentários:
Onde conssigo adquirir uma mídia desse filme Vênus Negra?
Irenio, acho que no momento esse vídeo não está disponível para venda no Brasil. Você pode alugar em alguma videolocadora e tentar copiar com a ajuda do DVD Shrink, que é um programa gratuito.
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