(2011) 99 min (12 anos)
EUA - Bernie Tiede era querido por quase todos os moradores da pequena cidade de Carthage, Texas. Cada um tinha uma história a contar sobre as gentilezas do agente funerário, um profissional altamente qualificado da Casa Funerária Hawthorne e muito ativo na comunidade. Bernie cantava no coral da Igreja Metodista, para a qual fez uma generosa doação, dirigia as peças de teatro na escola, visitava os parentes dos falecidos e distribuía presentes generosos entre amigos e conhecidos.
Não havia quem pudesse falar com tanto entusiasmo sobre Marjorie Nugent. A rica viúva de um milionário local desconhecia o significado das palavras empatia e consideração. Então o que Bernie viu em Marjorie, quarenta e três anos mais velha do que ele? Dinheiro? Ninguém poderia pensar isso de Bernie, mas todos ficaram espantados quando os dois se tornaram companheiros inseparáveis em passeios e viagens a locais exóticos. Tempos depois, ela foi encontrada morta, com quatro tiros nas costas, na casa de pedra onde morava, na periferia da cidade. Seu corpo estava num freezer horizontal, debaixo dos alimentos congelados. Mesmo tendo confessado o crime, o ex-agente funerário teve uma legião de defensores, que pressionaram o promotor Danny Buck Davidson para pegar leve com Bernie.
"Quase um Anjo" é um título adequado e um tanto irônico para essa comédia de humor negro, surpreendentemente baseada num fato real. O verdadeiro Bernie está hospedado na penitenciária estadual de Telford. Jack Black se superou na construção do prisioneiro 00864378, mostrando uma versatilidade surpreendente frente a outros tipos já criados por ele. Jack visitou Bernie Tiede na prisão e Shirley MacLaine conversou com ele por telefone. A caracterização de Shirley impressionou até o jornalista Joe Rhodes, sobrinho de Marge, pelo seu desempenho e semelhança com a tia. "Quase um Anjo" é um filme curioso, que vale a conferida. O artigo de Joe, "How my wicked aunt's murder became a Shirley Maclaine comedy" pode ser lido aqui, num artigo do New York Times.
Marge e Bernie - Shirley e Jack |
Diretor: Richard Linklater (Antes da Meia-Noite, Escola de Rock, Antes do Amanhecer)
Roteiro: Skip Hollandsworth & Richard Linklater, baseado em artigo de Skip Hollandsworth para o Texas Monthly
Musica: Graham Reynolds
Fotografia: Dick Pope ("O Ilusionista", "O Segredo de Vera Drake", "Simplesmente Feliz", "Segredos e Mentiras", "Gatos, Fios Dentais e Amassos", "Mais um Ano")
Elenco: Jack Black, Shirley MacLaine, Matthew McConaughey, Brady Coleman, Richard Robichaux, Larry Jack Dotson
Distribuidora: California Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
8 comentários:
Não sabia que era baseado em algo verídico....o trailer não tinha me animado tanto.
Quem sabe.........
A trama mesmo baseada em fato real é bem estranha.
Minha curiosidade está na direção de Linklater.
Abraço
Renato, até me assustei quando percebi que era baseado em fato real. O filme não passa essa impressão, até por ser uma comédia. Não tinha grandes expectativas, apesar dos nomes conhecidos. Foi uma grata surpresa.
Hugo, imagine que vários moradores da cidade - gente que conheceu Bernie e Marge - dão depoimentos no filme. Ainda assim a abordagem é leve, quase engraçada, talvez por conta de Jack e Shirley, que têm o humor entranhado no DNA. É um filme estranho.
Não consegui achar graça no filme. Acho que ele funciona mais como compêndio de comportamentos humanos excêntricos do que comédia...
Certamente, Gustavo, não é uma comédia. Acho que Black e Shirley emprestam certa leveza ao tema sinistro. Graças a tua observação, removi o marcador "comedia". E mantive o "leve", mais adequado.
Ai, Stella, nem em um milhão de anos pretendi dizer que sua categorização estava errada. De maneira nenhuma!
É que eu tinha visto o trailer, lido a respeito em sites e realmente o vi classificado como comédia antes. Quando vi o filme, senti que tinha uma pegada meio tongue-in-cheek. Mas o fato é que não achei graça nenhuma mesmo, e estava esperando para dar algumas risadas.
Querido Gustavo, sei que você não quis dizer isso. Também não dei nenhuma risada, mas gostei do clima leve, apesar do tema. Aliás, embora ame o gênero comédia, raramente dou risada em qualquer uma. Só um sorrisinho discreto, interior. Bom fim-de-semana, adoro seus comentários!
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