(2012) 90 min (14 anos)
Inglaterra - O rabugento aposentado Arthur não sabe se relacionar com as pessoas. Só sua esposa Marion consegue ler dentro de seu coração. Ela está com um câncer terminal e se preocupa com o futuro do marido, que não é capaz sequer de se comunicar com o filho único. Mesmo achando um esforço absurdo para a saúde frágil da mulher, Arthur leva Marion para ensaiar no coral de idosos onde ela fez muitos amigos, a começar pela professora Elizabeth. Com a morte da esposa, Arthur se isola completamente do mundo, mas gosta de ficar escutando os ensaios do coral do lado de fora da janela. Um dia Elizabeth convida-o a entrar.
Como se explica que as melhores notas recebidas por "Canção para Marion" no site imdb tenham sido dadas pelas jovens de menos de 18 anos (8,1)? Acho que conta a disposição alegre dos cantores idosos, um grupo de avós que todo adolescente gostaria de ter. Quero ficar bem velhinha assim, levando os achaques com leveza, tendo projetos de vida, amigos e canções até o fim. Conheço uma artista desse feitio. Quando pequenos, meus primos e eu éramos fascinados por Henriqueta Dora, nossa querida Manta, que nos contava histórias e trazia cigarros de chocolate com fósforos de marzipan. Hoje me considero amiga da intrépida Dorée Camargo Corrêa, como é mais conhecida, uma suave pintora e escultora, amiga da natureza, que, apesar das limitações da idade, participa ativamente de várias associações, em defesa da arte e da ecologia.
Alguns críticos sisudos fizeram pouco de "Canção para Marion", julgando que os velhinhos pareciam uns bobos alegres. Prefiro a simplicidade das mocinhas adolescentes e sua opção pela felicidade, e recomendo o filme aos mais benevolentes, que não se importam de misturar sorrisos e lágrimas. Terence Stamp se sai bem no papel do rabugento empedernido.
Roteiro: Paul Andrew Williams
Musica: Laura Rossi
Fotografia: Carlos Catalán
Elenco: Terence Stamp, Vanessa Redgrave, Gemma Arterton, Anne Reid, Barry Martin, Taru Devani, Chritopher Eccleston, Brian Shelley, Bill Thomas
Distribuidora: Paris Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
4 comentários:
Stella, assisti a esse filme por indicação do Rubens Ewald Filho e confesso que me decepcionei um pouco. Em termos de roteiro, "Canção Para Marion" é bem previsível, mas vale por Redgrave (que diz tudo com um olhar) e Stamp. Uma baita dupla! Um beijo!
Querido Matheus, suas palavras me confirmaram uma suspeita. Acho que "Canção para Marion" fala mais perto ao coração dos idosos. Apesar da previsibilidade, me encantou em cada segundo. Se tivesse escrito no blog assim que terminou o filme, talvez tivesse dado uma nota 10! Mas, já me conheço um pouco, e esperei passar uns dias para reescutar meu coração. Assentado o entusiasmo inicial, o veredito é mais real. Um beijo, e um Feliz Ano Novo, com muitos filmes maravilhosos a nossa espera.
Olá Stella Daudt.
Com foto,3ª opção de pesquisa no Google e uma review não tão longa(já tinha lido de leve outras antes de assistir),a tua me chamou a atenção.
Muito ouvi falar das obviedades do filme,algo que era já era suspeitoso para mim,
*SPOILERS*:
como a transformação através da música e a influência também que a professora jovem teria no enredo.Porém acharia que pegam "mais no pé" do final que tem os moldes de comédia romântica,briga e encontro para reconciliação definitiva,no entanto terem ganhado o 3º lugar ao invés do 1º foi válido,e ainda o fato da canção "Goodnight my angel" de Arthur(Terence Stamp) não ter sido prenunciada.Foram 2 detalhes que tomaram cuidado,penso.
Por sinal,as canções foram bem sortidas,sendo refrescante e tocante também escutar a performance -em voz e atuação- de Vanessa Redgrave com "True Colors".Sabemos que nem tudo foram as músicas ou o casal idoso,contudo isso ameniza a previsibilidade que para mim também tem um final que embora previsível em boa parte,era o que o público queria ao sofrido Arthur.
*FIM DE SPOILERS*
Tchau.
Olá Sr. Viajante, gostei da escolha do nome em japonês (Tabibito-san). Tenho um fraco por filmes ingleses e gostaria que muitos outros chegassem por aqui, óbvios ou não. As canções de Vanessa e Terence Stamp me emocionaram. Seja bem-vindo, e volte sempre!
Tchau
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