Lucky You *
123 min (14 anos)
Eric Bana, Drew Barrymore, Robert Duvall. Com uma trinca dessas, venci minha aversão ao jogo e encarei uma reprise deste filme de Curtis Hanson (Los Angeles-Cidade Proibida). Além de romance, há muita tensão no ar, compreensível até para quem não compreende nada de pôquer. O diretor trouxe jogadores profissionais para as mesas, para que cada detalhe dos maneirismos respirasse o ambiente dos cassinos de Las Vegas. Recriou o salão do Bellagio, que, oportunamente, estava sofrendo uma reforma e se desfazendo da decoração.
Enquanto aprende dicas sobre o jogo, Billie Offer (Drew) ensina a Huck Cheever (Eric Bana) umas regras básicas sobre relacionamento humano e valorização da verdade. Perfeito contraste com os blefes necessários ao pôquer, onde sinceridade não tem lugar. Descobre-se que os profissionais, que competem e vivem das cartas, não podem se dar ao luxo de serem supersticiosos, contam com suas próprias habilidades e valorizam a prudência e o auto-controle.
A história se passa em 2003, quando houve o televisionamento das cartas dos grandes jogadores de pôquer, tornando esta modalidade extremamente popular. Também pela primeira vez, viu-se um jogador "on line", Chris Moneymaker, aventurando-se entre os profissionais, pelo prêmio de 2,5 milhões de dólares.
Diretor: Curtis Hanson
Roteiro: Eric Roth, Curtis Hanson
Música: Christopher Young
Fotografia: Peter Deming
Edição: William Kerr, Craig Kitson
Elenco: Eric Bana, Drew Barrymore, Robert Duvall, Debra Messing, Charles Martin Smith, Robert Downey Jr.
4 comentários:
Não seria um incentivo à paixão pelo jogo - que se torna um vício difícil de ser controlado?!
A história mostra como o protagonista, e outros viciados em apostas, ganham, e sobretudo perdem, dinheiro, num piscar de olhos. Cegos pela ilusão de que sua "sorte" vai mudar, chegam a pegar dinheiro e objetos de pessoas amigas, sem pedir licença. Isso ficou bem claro.
No mundo real há esse risco. Afinal, quantas pessoas têm as habilidades dos profissionais e o auto-controle necessário?
O jogo é um vício, uma paixão, difícil de ser dominado. Ensinar a jogar bem, atrai o interesse, no caso, pelas cartas. A muitos pouco importa prejudicar a familiares, etc. como o noticiário policial atesta:rouba-se, mente-se, famílias destruídas. Que o filme sugira repulsa pelo jogo. Assim espero.
Caro anônimo, o filme não chega a sugerir repulsa. Realça a impossibilidade de estabelecer relacionamento significativo, enquanto se é dominado pelo jogo.
A história enfatiza que o jogo torna-se o motivo de grande emoção, pouca satisfação e muito desgosto e pobreza para quem se envolve.
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