(2008) 109 min (12 anos é a classificação oficial. Mais indicado aos maiores de 16. O filme é lento e contem cenas de consumo de drogas lícitas, nudez e agressão física)
Turquia - O político Servet dirige à noite por uma estrada deserta. Ele está sozinho e sonolento. Um casal anota a placa do seu carro, quando Servet atropela um estranho. Para não prejudicar as eleições, o político pede que o motorista Eyüp assuma a culpa, em troca de salário, mais uma boa soma em dinheiro, ao sair da prisão. Enquanto o pai está preso, o filho Ismael busca os pagamentos e convence a mãe a pedir um adiantamento sobre o total, para a compra de um carro. Hacer concorda e vai ao escritório de Servet. O precário equilibrio familiar está prestes a romper-se com consequencias desestabilizadoras para todos os envolvidos.
Comunicação não é o forte da família de Eyüp. O ambiente do lar é tomado pelo silêncio e melancolia, aparentemente provocados pela morte de um filho pequeno. Nos momentos de dor, é a imagem do menino que aparece junto a Ismael e Eyüp. A bela Hacer busca outros interesses com seus olhos tristes. Apesar dos desentendimentos, permanece o vínculo familiar. A fotografia esmaecida, acinzentada, de "3 Macacos", replica o esvaziamento emocional dos personagens. Aqui e ali o vermelho de uma flor, uma roupa, um anúncio, dão o tom dos instantes de paixão.
O título remete a um conto chinês, ou japonês, sobre os 3 macacos sábios, que sugerem não ver, não ouvir e não falar o Mal, como forma de sermos poupados de praticá-lo.
Diretor: Nuri Bilge Ceylan
Roteiro: Ebru Ceylan, Nuri Bilge Ceylan, Ercan Kesal
Fotografia: Gökhan Tiryaki
Elenco: Yavuz Bingol, Hatice Aslan, Rifat Sungar, Ercan Kesal
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