(2009) 86 min (Livre)
Brasil - Numa época de talentos eternos e revolucionários, Wilson Simonal brilhou como ninguém e inovou como poucos. Juntando qualidade, carisma, simpatia, suingue, charme, sensualidade e muito talento, ele se tornou a sensação do Brasil e ainda conquistou o público internacional. De repente tudo acabou. Boatos, acusações, mistérios, patrulhas e perseguições. O que aconteceu com Wilson Simonal? (capa do DVD)
Filho de uma cozinheira analfabeta, o ex-cabo do exército não falava inglês, mas cantou The Shadow of Your Smile ao lado de Sarah Vaughn. Com sua bela voz, muito ritmo e malandragem regia qualquer público, ganhou muito dinheiro e perdeu, como tantos outros antes e depois dele. Talvez o pior tenha sido perder o espaço para se apresentar e ser condenado ao ostracismo. Sua trajetória do sucesso ao esquecimento me lembrou de Oscar Wilde e das doloridas palavras (De Profundis) que o escritor irlandês escreveu no cárcere.
Além das imagens de arquivo dos shows, programas de televisão e dos depoimentos que buscam restabelecer a verdade dos fatos, o DVD traz extras que merecem ser vistos, mesmo por quem já assistiu o filme no cinema. Juntando a musicalidade e a carioquice de Simonal a uma edição nota dez, esse documentário é imperdível para quem quer recordar ou conhecer um dos maiores cantores do Brasil.
No período de isolamento, os discos de Simonal deixaram de constar do catálogo da gravadora e ele não era convidado para nenhum evento. Achei comovente o relato de Sandra Cerqueira sobre a ida do cantor aos shows dos filhos, Max de Castro e Simoninha. O pai orgulhoso se emocionava, mas preferia ficar incógnito para não prejudicar a carreira dos filhos, assistindo a apresentação escondido atrás de uma pilastra. Chorei que me acabei.
No período de isolamento, os discos de Simonal deixaram de constar do catálogo da gravadora e ele não era convidado para nenhum evento. Achei comovente o relato de Sandra Cerqueira sobre a ida do cantor aos shows dos filhos, Max de Castro e Simoninha. O pai orgulhoso se emocionava, mas preferia ficar incógnito para não prejudicar a carreira dos filhos, assistindo a apresentação escondido atrás de uma pilastra. Chorei que me acabei.
Diretores: Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal
Roteiro: Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal
Trilha Sonora Original: Berna Ceppas
Fotografia: Gustavo Hadba
Montagem: Pedro Duran e Karen Akerman
Participação: Wilson Simonal, Artur da Távola, Ricardo Cravo Albim, Chico Anysio, Barbara Heliodora, Sandra Cerqueira, Max de Castro, Wilson Simoninha, Pelé, Castrinho, Tony Tornado, Luis Carlos Miele, Nelson Motta, Raphael Viviani, Ziraldo, Sergio Cabral, Jaguar
Distribuidora: Biscoito Fino
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
2 comentários:
O documentário é excelente... e o bom é que ele é imparcial, apenas apresenta os fatos.
Acho que o momento mais folclórico é quando é contado que o Simonal acreditou que ele participaria da copa de 70 com a seleção do brasil.
Tá certo que ele tava muito famoso, mas não queria nada, né? hehehe
Bruno, o lance da participação no time de 70 dá uma boa dimensão do quanto Simonal vivia imerso numa fase de auto-confiança, por isso o tombo foi tão cruel. Acho que o boicote teve um efeito semelhante à tortura para o Vandré e a prisão para Oscar Wilde. Eu desconhecia tudo isso, só me lembrava da fase boa do Simonal. Fiquei muito impressionada com o antes e o depois.
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