(2012) 111 min (12 anos)
Italia - Um guarda de trânsito apresenta quatro histórias paralelas nascidas nas ruas da Cidade Eterna. Os nova-iorquinos Jerry e Phyllis voam para Roma a fim de conhecer a família de Michelangelo, o noivo de sua filha Hayley. Jerry é um diretor de ópera aposentado que se entusiasma ao escutar Giancarlo, o pai de Michelangelo, cantando no chuveiro. O americano quer agenciá-lo numa exibição pública. Giancarlo trabalha como agente funerário e a família teme o constrangimento da experiência.
Já os recém-casados Antonio e Milly pretendem começar a vida em Roma, onde os ricos parentes dele comprometeram-se a empregá-lo na empresa da família. Milly sai para fazer o cabelo e se perde pelas ruas da cidade. Enquanto isso, o quarto do casal é invadido pela prostituta Anna que confunde o rapaz do interior com outro cliente. Quando estão os dois sentados na cama, chegam os parentes de Antonio e confundem Anna com Milly. Os dois são convidados para um almoço.
Leopoldo Pisanello vive do trabalho para casa, onde mora com a esposa e os dois filhos. Certo dia a mídia descobre Leopoldo e passa a segui-lo por toda parte, querendo saber o que tomou no café da manhã, qual o tipo de cueca que usa e o que pensa a respeito de tudo. A compensação pela constante e incômoda perseguição vem na forma de boas mesas nos restaurantes, promoção no emprego, convites para premières e o assédio de belas mulheres. Leopoldo e esposa acabam gostando da fama.
O arquiteto John vai ao Trastevere para rever o bairro em que morou algumas décadas atrás e lá conhece o americano Jack, um estudante de arquitetura que divide o apartamento com a namorada Sally. Quando Sally convida a amiga Monica para passar uns dias, John alerta Jack sobre os perigos desta convivência tão próxima. Sally menciona a capacidade de sedução da amiga e deixa Jack intrigado. Inicialmente o estudante não vê nada de atraente na pretensiosa mocinha, mas o convívio diário e as citações pedantes de Monica acabam impressionando o rapaz. De nada adiantaram as advertências feitas por John, pois Jack apaixona-se perdidamente.
Dificilmente um filme com vários episódios paralelos emociona tanto quanto uma história que tem a oportunidade de aprofundar seus personagens. Assim, sai em desvantagem Para Roma com Amor, apesar de trazer aquele selo de qualidade "Woody Allen", que garante ótimos atores, diálogos inteligentes, boa música, belas locações e fotografia. Numa das falas que me chamou a atenção, o arquiteto John diz para Jack tomar cuidado, pois, antes que se dê conta, estará casado com Monica e ela estará adotando órfãos vietnamitas. Woody fala com conhecimento de causa, afinal dos 14 filhos da ex-mulher Mia Farrow, 9 foram adotados. As duas primeiras adotivas eram vietnamitas e a terceira, Soon Yi, coreana, tornou-se mais tarde a atual esposa de Woody Allen.
Curiosidades:
* Pierluigi Marchionne, que interpreta o guarda de trânsito na abertura do filme, é na realidade um policial romano. Woody Allen acrescentou a cena na qual ele aparece depois de observar seu trabalho dirigindo o tráfego na Piazza Venezia. (wikipedia)
Fabio Armiliato com Judy e Woody |
* De acordo com Roger Ebert,o papel de Giancarlo, o agente funerário que canta ópera no chuveiro, é representado pelo tenor Fabio Armiliato. O cantor é dono de uma voz poderosa, belíssima e cheia de emoção.
* Pierluigi Marchionne, que interpreta o guarda de trânsito na abertura do filme, é na realidade um policial romano. Woody Allen acrescentou a cena na qual ele aparece depois de observar seu trabalho dirigindo o tráfego na Piazza Venezia. (wikipedia)
Diretor: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Fotografia: Darius Khondji
Elenco: Woody Allen, Judy Davis, Flavio Parenti, Fabio Armiliato, Alison Pill, Alessandro Tiberi, Alessandra Mastronardi, Penelope Cruz, Alec Baldwin, Jesse Eisenberg, Greta Gerwig, Ellen Page, Roberto Benigni
Distribuidora: Paris Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
2 comentários:
Sou um eterno admirador do Woody Allen e gostei deste filme mais do que eu imaginava que fosse gostar!
De fato, nos filmes dele já podemos esperar ótimos diálogos e uma trilha sonora que faz a diferença.
Só não gostei tanto das cenas do Roberto Benigni... toda a situação do personagem dele perdeu a graça muito rápido!
Bruno, acho que a principal vantagem das críticas negativas é baixar nossas expectativas, permitindo que sejamos agradavelmente surpreendidos pelos filmes dos nossos diretores mais queridos.
No personagem do Roberto Benigni o Woody Allen pode reclamar da mídia, colocar sua perplexidade quanto ao próprio sucesso e mostrar que também vê o lado bom da fama.
Ainda bem que WA é magrinho - tomara que viva muito e faça filmes até os 100 anos, como o Manoel de Oliveira.
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