Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma História de Amor e Fúria

Uma História de Amor e Fúria
(2013) 75 min (12 anos)

Durante 600 anos, o espírito imortal de um jovem guerreiro está apaixonado por Janaína e empenhado numa luta contra o mal (Anhanga). O casal se encontra desde a colonização, em 1566, na Guanabara; novamente em 1825, durante o período da escravidão, outra vez em 1968, na ditadura militar, e no ano de 2096.  Nesse futuro, poucas pessoas podem pagar pela água, administrada pela empresa pública Aquabrás. A reserva do aquífero Guarani está sendo exportada e o guerreiro é agora um jornalista que continua tentando salvar Janaína.

Já faz um tempinho que assisti "Uma História de Amor e Fúria" e, se não me recordo de detalhes da história, lembro de ter ficado satisfeita por ser uma animação brasileira de qualidade. Contudo, o que me marcou mesmo no desenho foram as circunstâncias da aventura do guerreiro imortal no futuro. Água é minha bebida favorita, valorizo-a e economizo. Odeio desperdício de qualquer coisa. Mas, na realidade de quem mora no Rio de Janeiro, pode não ser preciso esperar o ano 2096 para encontrar dificuldade em pagar pela água que se consome. Agora mesmo já não é nada fácil, para quem tem família grande e hidrômetro individual - especialmente se há várias moças de cabelo comprido na casa. 

A CEDAE tem um método sinistro de cobrança: as terríveis faixas de consumo. Para quem gasta até 15 m³, a tarifa é bastante razoável: R$ 2,32 por m³. Mas na penúltima faixa - de 45 a 60 m³ - o consumo de cada caixa d'água de 1000 litros sai por R$ 13,93. São mais de 6 vezes o valor da primeira faixa! Depois a conta é multiplicada por dois, por conta do tratamento do esgoto (!) e ainda se soma a tudo uma taxa de recursos hídricos. 

Se distribuíssemos as oito pessoas que atualmente tomam banho em nossa casa por três habitações diferentes, escaparíamos das fatídicas faixas. O consumo de cada moradia seria cerca de R$ 90 reais, totalizando R$ 270 - em vez dos R$ 800 que desembolsamos no mês de agosto. É assim que a CEDAE vem despertando a minha fúria. Já o filme do Bolognese tem virtudes suficientes para agradar os fãs de animação. Pela primeira vez, um desenho animado brasileiro ganhou o prêmio principal do Festival de Annecy, na França.

Diretor: Luiz Bolognesi
Roteiro: Luiz Bolognesi
Musica: Rica Amabis, Tejo Damasceno, Pupillo
Edição: Helena Maura
Vozes: Selton Mello, Camila Pitanga, Rodrigo Santoro
Distribuidora: Europa Filmes

*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante

3 comentários:

renatocinema disse...

Consegui cópia dessa animação.

Sou fã de Selton e irei assistir essa semana. Volto para dizer minha opinião.

abs

Stella disse...

Te aguardo, Renato! Também gosto muito do trabalho do Selton Mello.

Tabibito-san disse...

Olá Stella Daudt.(54)


A animação tem qualidade de certo,todavia em movimentos mais lentos ou curtos e ainda possui CGI(Imagens geradas por computador) vez ou outra,o que para mim cria até um estilo nesse último.Mas eu acho que tudo isso é para a economia porque o CGI serve a isso e tem de fazer o melhor com que se tem($)... ^^

Eu gostei de como o Brasil tem outro lado da moeda,o modo como os heróis não são tão heroicos **SPOILERS* "O Pacificador" ou Patrono do Exército Nacional,por ex. *FIM DE SPOILERS**.E também da crítica da água -porque da animação eu já lhe falei ^^-,onde a taxa de esgoto -que seria para tratá-lo,não?- é igual a da água,mas os governos o lançam nos rios,córregos e mares.¬¬
E nessa taxa de consumo,as empresas dizem que é para estimular o consumo moderado.


Tchau.(54)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

banner