Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Philomena

Philomena * *
(2013) 98 min (10 anos)

Irlanda - A ingênua Philomena Lee perdeu a virgindade e engravidou ainda adolescente. Foi deixada pelo pai aos cuidados das freiras de Sean Ross Abbey, em Roscrea, no coração da Irlanda. Junto com outras mães solteiras, Philomena trabalhava durante longas horas na lavanderia do convento, dirigido pela severa irmã Hildegard, e só podia visitar o filho Anthony uma vez ao dia. Quando ele estava com três anos de idade, foi entregue para adoção, sem que a mãe sequer fosse consultada.

Philomena casou, teve uma filha, envelheceu, e jamais deixou de pensar em Anthony, embora tenham sido frustradas cada uma das tentativas para encontrá-lo. As coisas começam a mudar quando sua filha Jane pede ajuda a um jornalista para descobrir o paradeiro do irmão. Recentemente desempregado, o escritor Martin Sixsmith deixa de lado suas pesquisas sobre a história russa para se engajar na busca pelo filho perdido de Philomena Lee, elaborando um artigo de "interesse humano", gênero que ele considerava inferior. Mas a convivência com Philomena toca o coração do cético jornalista.

Refeitório em Sean Ross Abbey na década de 50
"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus" - Jesus podia estar pensando em Philomena Lee quando pronunciou essas palavras no Sermão da Montanha. Poucas pessoas parecem tão desprendidas, simples, donas de uma fé tão viva, quanto a gentil irlandesa. Judi Dench está magnífica vivendo essa mulher amorosa, sem fel ou malícia no coração, assim como esteve soberba interpretando aristocratas autoritárias. "Philomena" tem a qualidade costumeira das obras de Stephen Frears; o diretor sabe prender a atenção e contar uma historia. Talvez tenha exagerado um pouco na pintura da irmã Hildegard, interpretada como uma vilã empedernida e antipática até o último instante. Parece que o filme tomou algumas liberdades com os fatos, e o encontro da religiosa com o jornalista foi uma delas.

Curiosidades:
* A irmã Hildegard McNulty morreu em 1995 e o jornalista só começou a investigação em 2004.

* Martin Sixmith, na vida real, considera-se agnóstico e não ateu, como é mostrado no filme.

Diretor: Stephen Frears (Ligações Perigosas, O Retorno de Tamara, A Rainha)
Anthony, sua amiga Mary, e a verdadeira Philomena Lee
Roteiro: Steve Coogan e Jeff Pope, baseado no livro "The Lost Child of Philomena Lee", de Martin Sixsmith
Musica: Alexandre Desplat
Fotografia: Robbie Ryan
Designer de Produção: Alan MacDonald
Diretores de Arte: Rod McLean, Sarah Stuart
Elenco: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Mare Winningham, Barbara Jefford, Anna Maxwell Martin, Michelle Fairley, Sean Mahon, Peter Hermann
Distribuidora: Paris Filmes

*** excelente
** ótimo
* bom

Sem Asterisco - interessante

4 comentários:

Gustavo disse...

Mesmo não sendo a mais estudada e brilhante das mentes, Philomena Lee é a mais pura e benévola de todas as figuras do filme, incluindo as freiras.

Stella disse...

Sobretudo as freiras do filme, Gustavo, que criaturas insensíveis! Ainda bem que, na minha realidade, tenho encontrado freiras amáveis e abnegadas. ;) Mesmo no passado, quando nem todas as irmãs do meu colégio eram gentis, nenhuma chegou nem perto de se parecer com uma irmã Hildegard.

Tabibito-san disse...

Olá Stella Daudt.(38)


Pediram-me para indicar um filme dos bons e que não tivesse visto junto comigo;além de ser um pedido quase em cima da hora.Rodei,rodei e me recordei da sua resenha da senhora "Philomena" e foi um tiro certeiro.A história baseada em fatos reais contada de maneira tão verossímil renderam a sincera exclamação de "Um mulher de vida tão rica" ao filme e àquela mulher.

Dificilmente se vê crianças com bochechas tão rosadas,olhares tão pensativos,ingenuidade tão genuína como a de Judi Denchi,uma homossexualidade tão respeitada ou freiras tão megeras como nesse filme.

**Spoiler**
Na cena da confissão na igrejinha,é uma boa reflexão: Philomena não se sentira uma pecadora verdadeira e Martin Sixsmith se sentiu ofensivo como se "pecando".
*Fim de Spoiler*

Sorte sua nas experiências com freiras porque nem todos dirão que
presenciaram trato tão cristão,gentil ou justos por parte delas.
-Gostei de saber da liberdade de recriar o que não foi criado: O encontro com a irmã Hildegard.-


Tchau.(38)

Stella disse...

Olá Tabibito-san,

"Philomena" é quase uma unanimidade, se desconsiderarmos alguns votantes "espírito de porco" do site IMDB. Já reparou que há sempre quem dê notas mínimas (1, 2 ou 3) para todos os filmes, mesmo os melhores? No caso, 282 pessoas deram nota 1 para "Philomena"! Que bom que sua amiga gostou do filme, fico feliz! Um abraço, S.

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