(2011) 109 min (10 anos)
França - François e Nathalie se amam e só têm olhos um para o outro. Enamorados,
cúmplices, companheiros, estão juntos para sempre. Mas nosso tempo na Terra é fugaz e um acidente priva Nathalie do seu grande amor. Mergulhando no trabalho, a enlutada viúva resiste às investidas do chefe, bloqueia o interesse amoroso e é promovida pela dedicação à empresa sueca. Mas o fato de não procurar refazer sua vida amorosa preocupa a família e os amigos.
Três anos mais tarde, inesperadamente, um impulso leva-a a beijar um colega que entra em sua sala para consultá-la sobre um projeto. Entre atônito e radiante, o beijo parece despertar o sueco Markus Lundl de um estado quase letárgico, como se antes fosse um "feio adormecido", completamente invisível para todos. Em encontros subsequentes, o funcionário tem a oportunidade de revelar um fino senso de humor, simplicidade e gentileza, qualidades que em muito superam sua aparência pouco atraente. Mas os amigos e colegas de trabalho de Nathalie permanecem cegos para as qualidades de Markus e não conseguem esconder o fato.
Quando Nathalie começa a se recuperar do prolongado luto, vai com a amiga Sophie a uma boate, ou discoteca. Ao vê-la se soltando, dançando sozinha no meio da pista lotada de gente, Sophie se comove e seus olhos se enchem de lágrimas. Esse interesse e cuidado com o outro está na essência da verdadeira amizade. No casamento, o verdadeiro Amor exclui automaticamente buscas e comparações, a pessoa escolhida torna-se depositária fiel de nossos afetos e confidências, nosso melhor amigo com um "algo a mais". Essa foi para mim a imagem mais importante de "A Delicadeza do Amor".
Os dois relacionamentos de Nathalie, embora tão diferentes, tinham em comum a intimidade e exclusividade. Markus não era bonito ou charmoso como François, mas seu temperamento equânime, respeitoso, alegre, discreto, tornaram-no confiável, outro atributo valioso na escala das virtudes desejáveis para a convivência. Até o chefe de Nathalie captou de imediato a impossibilidade de vencer tal combinação de qualidades. Nem todo mundo há de apreciar "A Delicadeza do Amor" (parece que Rubens Ewald Filho detestou), mas me atingiu em cheio.
Quando Nathalie começa a se recuperar do prolongado luto, vai com a amiga Sophie a uma boate, ou discoteca. Ao vê-la se soltando, dançando sozinha no meio da pista lotada de gente, Sophie se comove e seus olhos se enchem de lágrimas. Esse interesse e cuidado com o outro está na essência da verdadeira amizade. No casamento, o verdadeiro Amor exclui automaticamente buscas e comparações, a pessoa escolhida torna-se depositária fiel de nossos afetos e confidências, nosso melhor amigo com um "algo a mais". Essa foi para mim a imagem mais importante de "A Delicadeza do Amor".
Os dois relacionamentos de Nathalie, embora tão diferentes, tinham em comum a intimidade e exclusividade. Markus não era bonito ou charmoso como François, mas seu temperamento equânime, respeitoso, alegre, discreto, tornaram-no confiável, outro atributo valioso na escala das virtudes desejáveis para a convivência. Até o chefe de Nathalie captou de imediato a impossibilidade de vencer tal combinação de qualidades. Nem todo mundo há de apreciar "A Delicadeza do Amor" (parece que Rubens Ewald Filho detestou), mas me atingiu em cheio.
Diretor: David e Stéphane Koenkinos
Roteiro: David Koenkinos, baseado em seu romance "La Délicatesse"
Musica: Emilie Simon
Fotografia: Rémy Chevrin
Elenco: Audrey Tautou, François Damiens, Bruno Todeschini, Mélanie Bernier, Joséphine de Meaux, Pio Marmaï, Monique Chaumette, Christopher Malavoy, Ariane Ascaride, Vittoria Scognamiglio, Olivier Cruveiller
Distribuidora: California Filmes
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