(2012) 113 min (12 anos)
Tentar entender não é o mesmo que perdoar
Ao publicar suas impressões, Hannah chocou a opinião pública e provocou escândalo dentro da comunidade judaica. Mesmo amigos próximos da escritora não compreenderam sua posição. Arendt tentava mostrar que o nazismo provocou o "colapso moral da respeitável sociedade europeia", atingindo não só a Alemanha. Abster-se de uma avaliação crítica e obedecer automaticamente as autoridades pode levar qualquer um a cometer atos monstruosos, ainda que "legais". Leis e ordens injustas precisam ser identificadas como tal e combatidas, não obedecidas. Até o fim de sua vida, Hannah escreveu sobre a banalidade do mal.
"Hannah Arendt" é um desses filmes que deve ser visto no cinema, para fazer justiça ao trabalho da diretora de arte. Assim me explicou meu amigo Ronald, ele mesmo um diretor de arte de grande experiência no teatro e no cinema brasileiros. E, depois, deveria ser assistido novamente em casa, para que se possa aprofundar no entendimento do texto e detalhar o desempenho do magnífico elenco. Não tive a felicidade de vê-lo na tela grande e, da primeira vez que assisti em casa, cochilei profundamente, vencida pelo cansaço das listas de Natal. Quando finalmente cheguei ao término da história de Hannah Arendt, estava impressionada por sua força, lucidez, além de encantada com a beleza das imagens. Então me dei conta do quanto Ronald tinha razão.
Diretora: Margarethe von Trotta
Roteiro: Pam Katz & Margarethe von Trotta
Musica: André Mergenthaler
Fotografia: Caroline Champetier (Holy Motors, Homens e Deuses)
Elenco: Barbara Sukowa, Janet McTeer, Klaus Pohl, Nicholas Woodeson, Axel Milberg
Distribuidora: Europa Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
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