(2013) 115 min (14 anos - relacionamento homossexual)
Brasil - A poetisa Elizabeth Bishop já era conhecida quando veio ao Brasil, em 1951, para uma mudança de ares. Hospedada na casa da paisagista e urbanista Carlota de Macedo Soares, apaixonou-se pela proprietária e pelo país, aqui permanecendo por mais de uma década. "Flores Raras" focaliza o romance trágico entre as duas mulheres. Destacam-se no filme o sensível desempenho de Miranda Otto como Bishop, a fotografia e as belas locações, sobretudo os jardins da casa de Petrópolis.
Me surpreendi ao descobrir que o amigo Carlos, sempre presente nas reuniões de Lota, era meu político favorito, o jornalista Carlos Frederico Werneck de Lacerda. Foi a urbanista autodidata quem sugeriu ao então Governador do Estado da Guanabara transformar o Aterro do Flamengo num parque. Entre muitas outras iniciativas relevantes, em sua gestão foi resolvido o problema crônico de falta de água na cidade, com a construção do sistema Guandu. Precisamos de outros administradores tão honestos, eficientes e apaixonados pelo Rio de Janeiro quanto Carlos Lacerda.
Curiosidade:
locação na casa Edmundo Cavanela |
* A casa real de Lotta não é vista no filme e foi uma obra de Sergio Bernardes. A gravação de "Flores Raras" foi feita na casa Edmundo Cavanelas (1954), no distrito Pedro do Rio, em Petrópolis, um projeto de Oscar Niemeyer, com jardins de Roberto Burle Marx.
Diretor: Bruno Barreto
Roteiro: Matthew Chapman & Julie Sayres, baseado no livro "Flores raras e banalíssimas" de Carmen L. Oliveira
Musica: Marcelo Zarvos
Fotografia: Mauro Pinheiro Jr
Designer de Produção: José Joaquim Salles
Elenco: Miranda Otto, Gloria Pires, Tracy Middendorf, Marcelo Airoldi, Treat Williams, Marcio Ehrlich
Distribuidora: Imagem Filmes
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
2 comentários:
Certamente um dos melhores filmes do Bruno Barreto. A única coisa que me incomoda em "Flores Raras" é como o arco dramático da Elizabeth Bishop é tão bem construído e o da Lota se apresenta tão abrupto... No mais gosto muito da trilha do Marcelo Zarvos e principalmente da presença contida e humana de Miranda Otto.
Matheus, realmente há um descompasso entre a presença das duas personagens. Miranda Otto brilha em cada cena.
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