(2011) 100 min (16 anos)
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Só ao ler o blog Cultura Intratecal me dei conta da nacionalidade dinamarquesa do diretor Nicolas Winding Refn. O europeu do norte sente-se à vontade nas pausas longas, construindo cenas que se desenvolvem plenamente, tornando quase insuportável a antecipação da violência que se imagina desabará sobre os protagonistas. E a ação chega na medida certa, sem se prolongar além do necessário para causar a impressão desejada pelo diretor. Quando o filme acabou, fiquei estatelada, mirando os créditos e acompanhando a música, me sentindo ainda tensa e certa de que vi um dos melhores filmes de 2011. As cenas de violência não são tão explícitas quanto as de Quentin Tarantino, mas são fortes, preparem-se. No Dia das Mães, é o tipo de filme para agradar mães audazes e seus meninos.
Ryan Gosling firma-se como ator versátil e convincente, criando um personagem frio, misterioso, cuja fúria eclode em segundos. Carey Mulligan é o seu contraponto, como a serena e meiga Irene. A dupla funciona bem junto e adoraria vê-los como um par romântico normal. A ótima trilha sonora enfatiza o clima meio hipnótico de certas cenas. Drive foi indicado para o Oscar de Edição de Som - o que não posso avaliar quanto aos méritos - isso é assunto para os técnicos na área. Mas tudo o mais merecia ser premiado.
Diretor: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Hossein Amini, baseado no livro de James Sallis
Musica: Cliff Martinez
Fotografia: Newton Thomas Sigel
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Albert Brooks, Ron Perlman, Bryan Cranston, Christina Hendricks
Distribuidora: Imagem Filmes
2 comentários:
Olá Stella Daudt.[82]
A letra cursiva de um rosa choque que não se acha em todas sílabas: "Drive"... Muitos filmes passaram a fazer isso como em logos da empresa,a Warner é um grande exemplo.
Entretanto,essa graça também está nos créditos iniciais e finais;penso que esse estilismo pode fazer uma diferença,dar uma pista do cuidado de confecção do filme iniciando.
Suspense,tensão durante 100 minutos de filme.Ponto para: a adaptação do livro que foi dirigida Nicolas Winding Refn,aos gestos poucos e curtos,poucas palavras e ditas não e dois lados da personalidade tão evidentes que nem necessitavam de "mentalismos" para decifrar etc.Quem é que anda conseguindo a atenção do espectador por tanto tempo?E nos fazer ansiar por uma boa fatia de violência que não se interpretaria com gratuidade??Tal como lembraste tu.
Não questiono se eles(personagens) poderiam parar de flertar com o perigo,todavia,cogitei se numa versão sem cortes a violência estivesse mais visceral *SPOILERS*
O crânio do bandido foi esmagado por pisões diante da mulher a quem Gosling acabara de beijar numa romântica seguida por um temor e desconhecimento da parceira,e brutal.Grande cena
de elevador -Quem sabe Tarantino faça tua versão dessa um dia... xP- *FIM DE SPOILERS*
"2004 - Diário de uma Paixão(The Notebook),2010 - Namorados para Sempre(Blue Valentine),2011 - Drive",são 3 filmes de paixões e amores turbulentos que já vi com Ryan Gosling;todos intensos à sua maneira.E também endosso sua ideia de um dia ver Carey Mulligan e Ryan Gosling numa comédia romântica,outro casal noutras circunstâncias etc.
^^
Edição de Som parece que basicamente é editar o áudio na trilha sonora do filme,o som ambiente gravado,os diálogos e os efeitos sonoros criados posteriormente.Soou-me bem
técnico,porém eu prestei atenção no que é sonoro -por ler esse post- e posso dizer que o áudio é bem claro e definido.Parece ainda com a categoria de Mixagem de Som,
contudo essa última me aparenta como "juntar" e a de "Edição" é de "descarte o que nem vai pra essa versão 'mais definitiva'".
Eu não sei se foi o melhor filme de 2011.O que sei é deve ser difícil de esquecer e me pareceu bem subestimado por apenas a merecida(Penso) categoria de "Edição de Som".
Tchau.[82]
Caro Tabibito-san, já nem lembro dos filmes de 2011, ;-) mas mantenho a certeza de que "Drive" é um filmaço! Feliz 2015! um abraço, S.
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