(2013) 134 min (14 anos)
EUA - Em março de 2009, em Vermont, Richard Phillips está arrumando sua mala e verificando o passaporte, antes de sair com a esposa rumo ao aeroporto. O capitão da marinha mercante vai comandar o MV Maersk Alabama e levar sua carga do porto de Salalah, em Oman, até Mombaça, no Quênia. Phillips recebe mensagem sobre atividade de piratas na costa da Somália.
Numa aldeia somali, os chefes da pirataria chegam num comboio de jeeps, com homens fortemente armados, cobrando ação imediata do sonolento Abduwali Muse. Exigem o sequestro de mais um navio, querem dinheiro logo. Muse não tem dificuldade em encontrar voluntários e prefere aqueles que lhe ofereçam alguma vantagem. O mais jovem escolhido traz um suprimento de khat, uma erva com propriedades semelhantes às da anfetamina, que mantem os consumidores ativos e eufóricos.
Consultando o radar, Muse evita grupos de navios. O Maersk Alabama chama sua atenção por viajar sozinho. Enquanto isso, na grande embarcação, o capitão Phillips checa as portas de acesso, reforça a segurança e organiza treinamentos. Mas, sem qualquer arma a bordo, o que podem fazer os marinheiros contra as metralhadoras, determinação e agilidade dos quatro piratas somali?
Assistir "Capitão Phillips" me fez lembrar do assalto que houve em nossa casa há 32 anos atrás. Senti aquele desdobrar do tempo que nos faz viver cada segundo intensamente, em alerta, modulando cada atitude nossa de acordo com as ações dos agressores. É um filme tenso, extremamente bem-feito, com ótimos desempenhos e bom roteiro. Quem der uma olhada nos extras do DVD vai se surpreender com a alegria e naturalidade dos atores somalis, em contraste com sua atuação agressiva como piratas. Os prêmios de Melhor Ator Coadjuvante para Barkhad Abdi (Muse) foram merecidos. Ficou-me uma dúvida: se a abstinência de khat deixa os consumidores letárgicos, como explicar a agitação incontrolável de um dos piratas?
Roteiro: Billy Ray, baseado no livro "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALS, and Dangerous Days at Sea", de Richard Phillips & Stephan Talty
Musica: Henry Jackman
Fotografia: Barry Ackroyd (Guerra ao Terror, Vôo United 93, Pão e Rosas, Meu Nome é Joe)
Designer de Produção: Paul Kirby
Diretora de Arte: Su Whitaker
Elenco: Tom Hanks, Barkhad Abdi, Barkhad Abdirahman, Faysal Ahmed, Mahat M. Ali, Michael Chernus, Omar Berdouni, Catherine Keener
Distribuidora: Sony Pictures Home Entertainment
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
6 comentários:
Lamento ler que você já passou pela experiência de um assalto em casa. Espero que não tenha havido maiores complicações.
Quanto ao filme, é mais uma aula de tensão de estética "realista" de Greengrass. Não recomendado para quem tem nervos fracos!
Obrigada pelo comentário, Gustavo, felizmente foram só perdas materiais, além de um ano de sono sobressaltado. Você tem razão quanto à tensão do filme, reluto em assistir de novo, embora tenha gostado bastante. Acho que meus nervos são fracos. ;-)
Os filmes de Greegngrass são todos realistas e angustiantes. Este não foge a regra.
Abraço
Olá Hugo, a competência do Paul Greengrass já está mais do que comprovada para mim. Não perco nenhum de seus filmes, mesmo sabendo que vou sofrer. ;-) um abraço, S.
Poxa Stella, que triste saber que você passou por algo assim. E há 32 anos... as coisas só pioraram desde então!
Quanto ao filme, dei 10. Tensão no limite mesmo e minha ignorância quanto ao desfecho, deixou a experiência ainda melhor.
Forte abraço!
Bruno, creio que fomos pioneiros nos assaltos a residência. Assim aprendi a não gastar nem um centavo comprando jóias!
Não sei se terei coragem de assistir "Capitão Phillips" de novo, mas o filme é mesmo bom demais! Um abraço, S.
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