(2012) 78 min (Livre)
Amazônia, maio de 1988 - Uma senhora inglesa de cabelos longos e grandes olhos azuis é saudada com champanhe e um bolo de cupuaçu pelos amigos. Margaret Ursula Mee é seu nome. O pequeno grupo celebra sua 15ª viagem à Floresta Amazônica. Apesar da voz suave e da constituição franzina, a cidadã britânica de 79 anos não tem nada de frágil e se sente muito à vontade numa canoa pelos igarapés do rio Negro.
A destemida artista plástica apaixonou-se pelas nossas matas, desenhou e pintou a flora brasileira e se tornou uma ilustradora botânica de renome internacional. Em 1952, mudou-se para o Brasil com o segundo marido, Grenville Mee, e aqui viveu por 36 anos, sempre defendendo a preservação da floresta e protestando contra o desmatamento e a violência na região.
Numa das aldeias em que se hospedou, o cacique ficou impressionado com a longa cabeleira loura da pintora e pretendia apoderar-se dela. Mesmo temendo desagradar o anfitrião, Margaret retrucou que seu homem não a receberia em sua maloca se ela estivesse com os cabelos curtos. Compungido, o cacique se conformou.
Numa das aldeias em que se hospedou, o cacique ficou impressionado com a longa cabeleira loura da pintora e pretendia apoderar-se dela. Mesmo temendo desagradar o anfitrião, Margaret retrucou que seu homem não a receberia em sua maloca se ela estivesse com os cabelos curtos. Compungido, o cacique se conformou.
Amiga do paisagista Roberto Burle Marx, Margaret trazia plantas que encontrava nas viagens para adornar seu sítio em Guaratiba. A artista descobriu 3 novas espécies nas expedições que fez às florestas e teve 4 espécies nomeadas em sua homenagem. Devido ao intenso desmatamento da Amazônia, há exemplares desenhados por ela que talvez só tenham sobrevivido em suas aquarelas.
foto de Otis Imboden |
"Margaret Mee e a Flor da Lua" exibe imagens de arquivo, depoimentos de conhecidos e extratos dos diários de viagem da artista, narrados por Patrícia Pillar. O documentário reúne um grupo de amigos, apaixonados pela natureza, que recordam os momentos que compartilharam com a ilustradora. Foi apenas em sua derradeira expedição à Amazônia, em maio de 1988, que Margaret conseguiu contemplar e desenhar a delicada flor branca que só floresce por uma noite, e por isso é chamada de Flor da Lua (Strophocactus Wittii ou Selenicereus Wittii).
Curiosidade:
* As locações foram feitas na Floresta Amazônica, em Londres, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
* É possível encontrar o DVD na Livraria Cultura (R$ 42,90) e na Saraiva (R$ 44,90)
Strophocactus Wittii |
Diretora: Malu de Martino
Roteiro: Malu de Martino
Musica: Artur Barreiros
Fotografia: Julia Equi
Narradora: Patricia Pillar
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
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