(2014) 132 min (16 anos)
Os dois dias mais importantes da sua vida são os dias em que você nasce e o dia em que descobre por quê. (Mark Twain)
EUA - O sol nasce sobre a ponte Tobin na baía de Boston. O despertador toca no quarto, mas Robert McCall já está acordado, ele dorme pouco. No apartamento não há nada fora do lugar. Robert prepara uma vitamina de blueberry no liquidificador e termina de se vestir. Todas as tarefas são devidamente cronometradas.
McCall pega o trem e chega pontualmente ao Home Mart, loja de suprimentos para reforma do lar, onde é o empregado perfeito. Discreto, amável, bem-humorado, eficiente, responsável, procura incentivar os jovens amigos a levar uma vida saudável e a buscar a realização de seus sonhos.
À noite, Robert embrulha um saquinho de chá num guardanapo de papel, pega seu livro e caminha até Bridge Diner, uma lanchonete 24 horas, que funciona 7 dias por semana. Sentado sempre na mesma mesa, perto da janela, de costas para a parede, espera tranquilamente ser atendido. Às vezes, uma adolescente de pele clara acomoda-se no tamborete alto, junto ao balcão. Alina, ou Teri, cobre-se com um vestidinho apertado e usa uma peruca diferente a cada noite. Puxando conversa, ela pergunta sobre o andamento do livro e descobre que "O Homem e o Mar" é uma das 100 histórias que se deve conhecer antes de morrer. A mulher de Robert só chegou até a 97ª e o viúvo pretende completar a missão. A conversa costuma ser interrompida pelo telefonema do próximo cliente da jovem.
Bob mantem essa rotina trabalho-casa-lanchonete até o momento em que Alina é espancada e largada no hospital. Então, o pacato funcionário vai achar um uso mais agressivo para as ferramentas da loja de departamento, em busca de justiça e paz para seus amigos.
"O Protetor" não nos dá um segundo de sossego. Mal dá para respirar. Enquanto assistia, volta e meia pensava no quanto ia se divertir com esse thriller a mãe de uma amiga minha, senhora apaixonada por filmes de ação e pancadaria. Denzel Washington leva a sério o calmo Bob McCall e nos conquista com sua empatia pelos jovens sem rumo. A partir daí, queremos que ele quebre, prenda e arrebente qualquer valentão. Para arrematar, a lanchonete (Bridge Diner) é enquadrada de tal forma que lembra o quadro "Nighthawks", de Edward Hopper. Não tive como resistir! Só tirei uns pontinhos porque morre gente demais.
Curiosidade:
* O roteiro não mencionava detalhes da vida pessoal de Robert, então Denzel pesquisou e incorporou traços de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) ao personagem.
* O papel de Teri foi escrito para uma atriz de 24 anos, mas Chloë Grace Moretz (1997) impressionou tanto o diretor que ele alterou o roteiro.
* Quando se encontram no restaurante, o gangster Slavi chama Robert de "dedushka", que quer dizer avô, em russo.
Diretor: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, baseado na série de televisão de Michael Sloan e Richard Lindheim
Nighthawks, 1942 |
Musica: Harry Gregson-Williams
Design de Produção: Naomi Shohan
Diretor de Arte: David Lazan
Elenco: Denzel Washington, Chloë Grace Moretz, Marton Csokas, Johnny Skourtis, David Meunier, David Harbour, Haley Bennett, Bill Pullman, Melissa Leo, Alex Veadov, Vladimir Kulich, Anastasia Sanidopoulos Mousis, Luz Sanchez, Owen Burke
Distribuidora: Sony
*** excelente
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
6 comentários:
É um thriller de ação com menos ação do que esperava... Foca bem mais na atitude do personagem do Denzel. É mais internalizado do que uma tranqueira que nem John Wick... Um filme curioso.
Interessante a nota sobre o TOC na composição de Denzel, nem reparei vendo o filme!
Cumps.
Pois é, Gustavo, a ação mesmo começa na série de assassinatos violentos, mas achei que havia bastante suspense especialmente antes disso. Foram mortes demais, até cansei! Um abraço, S.
trata-se de um bom entretenimento para quem gosta do gênero. só acho que o personagem do denzel washington era tão competente na arte de matar, que o suspense foi praticamente abolido! não dava pra imaginar que alguém conseguiria pará-lo... hehe
Você tocou no ponto certo, Bruno, quando ele começa a eliminar os bandidos, o suspense até diminui. É impecável e implacável!
Você tocou no ponto certo, Bruno, quando ele começa a eliminar os bandidos, o suspense até diminui. É impecável e implacável!
Você tocou no ponto certo, Bruno, quando ele começa a eliminar os bandidos, o suspense até diminui. É impecável e implacável!
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