(2014) 148 min (14 anos)
EUA - Nascida em Nova Iorque, Amy Elliott é uma jornalista bela, esguia e estudiosa. Desde cedo atingiu os padrões americanos de sucesso e seus pais fizeram muito dinheiro com livros infantis sobre a personagem exemplar "Amazing Amy". As edições venderam como água e se inspiravam em fatos melhorados da realidade de Amy. A menina jamais teve um cachorro, mas a personagem ganhou um. Se a Amy real desistiu de tocar violoncelo, a Amy ideal transformou-se numa violoncelista prodígio.
Rand e Marybeth Elliott estavam promovendo o livro sobre o casamento de "Amazing Amy" quando o jornalista Nick Dunne pediu a mão de sua filha. O jovem casal viveu dois anos de grande paixão e companheirismo, durante os quais se comprometeu a jamais personificar o marido frio e a esposa controladora. Durante uma crise econômica, os dois perdem seus empregos e descobrem que a mãe de Nick está com câncer. Eles deixam Nova Iorque e se mudam para o Missouri, onde o jornalista torna-se proprietário de um bar, enquanto faz trabalho voluntário, dando aulas numa faculdade local. O casal perfeito.
No dia do quinto aniversário de casamento, Nick acorda cedo e sai para passear. Na volta, encontra a porta da casa aberta, a mesinha da sala de estar tombada e vidro estilhaçado pelo chão. Sua esposa desapareceu. Nick chama a polícia, os sogros criam um site e conclamam a mídia para ajudar na busca de Amy. O desaparecimento se torna o tema obsessivo de jornais e canais de TV. Uma apresentadora de programa começa a questionar o sorriso de Nick em duas fotos, induzindo a opinião pública a desconfiar do marido. Na medida em que os dias vão passando, a verdade vai submergindo e se tornando inacessível. Quem foi o autor do diabólico plano de eliminar uma esposa no dia de suas bodas de madeira?
O diretor de "Garota Exemplar" tem atrás de si um rol respeitável de filmes de suspense (Seven, Zodíaco, Vidas em Jogo, Millenium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres). David Fincher sabe inquietar o espectador, antecipando pouco e perturbando muito. A história do casal Dunne é terrível e me fez lembrar da personagem de um livro infantil que comprei para meus filhos, há muitos anos atrás. "Super-hiper-jezebel", de Tony Ross, também contava a saga de uma menina exemplar. Mas seus destinos foram diferentes. Rosamund Pike brilha como Amy Elliott e Ben Affleck interpreta à perfeição o marido contido e atencioso. Destaque para Missi Pyle como a sorridente apresentadora que leva o público a desconfiar de Nick, encarregada de alguns dos toques de humor do filme.
Roteiro: Gillian Flynn, adaptado de seu livro com mesmo nome
Musica: Trent Reznor, Atticus Ross
Fotografia: Jeff Cronenweth
Design de Produção: Donald Graham Burt
Diretor de Arte: Sue Chan, Dawn Swiderski
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Tyler Perry, Carrie Coon, Kim Dickens, Patrick Fugit, Lisa Banes, David Clennon, Neil Patrick Harris, Casey Wilson, Missi Pyle
Distribuidora: Fox Filmes
4 comentários:
Justiça seja feita: concordo com o elogio a Affleck, que ao meu ver nunca esteve melhor. E Pike, então, já era uma atriz com carreira, mas este é seu breakthrough. Amazing Amy FTW!
Elogio muito merecidos, Gustavo! Embora não tenha sido sua estreia no cinema, foi em "Orgulho e Preconceito" que Rosamund Pike chamou minha atenção. Ao contrário de Keira Knightley, que a meu ver criou uma Elizabeth espevitada demais, RP interpretou a doce Jane Bennet do modo como foi concebida por Jane Austen. Já então se revelava como a amazing Rosamund!
Realmente não estava esperando por este desfecho, me surpreendeu.
Nem eu, Lulu! Não podia sonhar com um final desses!
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