Things We Lost in the Fire * *
(2007) 118 min (14 anos -agressão física, consumo de drogas)
Brian Burke sabe amar, sabe viver. Bom pai, marido, amigo e arquiteto, é um homem feliz. Uma noite, ele sai de casa para comprar sorvete para a família, e perde a vida num acontecimento imprevisto. A esposa, Audrey, e os filhos, Harper e Dory, estão com o futuro garantido, graças ao trabalho de Brian, mas para que um futuro, se a vida parece sem sentido?
Audrey sempre teve ciúmes do tempo que o marido dedicava a Jerry, colega de infância de Brian e seu confidente, apesar do vício em heroína. Neste momento difícil, é em Jerry que Audrey vai buscar ajuda. Quem mais sabe tanto sobre Brian? Mas pode um viciado ser apoio?
Toda a dor e o sofrimento possíveis estão presentes em "Coisas que Perdemos pelo Caminho". Mas também a recuperação na esperança, carinho e amizade. Assim vivemos enquanto coisas boas e desagradáveis se sucedem. Por que nos agarrarmos ao que há de ruim? Mantendo a esperança, contando com o tempo, um outro desfecho feliz é possível. E cinema feito desta maneira, respeitando o ritmo da vida, também cura a nós, espectadores, libertando-nos de algumas emoções sofridas.
Apreciei muitas coisas nesse filme: o desempenho de Halle Barry e Benício del Toro, a linda fotografia, as reuniões dos narcóticos anônimos, que são a redenção de milhares de pessoas pelo mundo, a generosidade de vários personagens, capazes de se interessar e dedicar aos outros, a entrevista com a diretora Susanne Bier, nos extras do DVD. Os filmes feitos por mulheres são permeados de sentimento, algumas vezes paradoxais, conflitantes, como aparecem nos roteiros mais elaborados. Confesso que, nessa primeira vez, não prestei atenção à trilha sonora, pois a história me prendeu demais. Se você reparar na música, deixe o comentário abaixo.
Diretor: Susanne Bier
Roteiro: Allan Loeb
Música: Johan Söderqvist
Fotografia: Tom Stern
Elenco: Benicio Del Toro, Halle Berry, David Duchovny, Alexis Llewellyn, Alison Lohman.
Um comentário:
Tudo indica tratar-se de um filme realista e otimista, situações difíceis de coexistirem. Seria uma lição de vida familiar, com seus conflitos e superações por via do amor.
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