(2008) 200 min (14 anos) Minissérie feita para TV
França - "Conheça a trajetória de Coco Chanel: a infância humilde, o primeiro emprego, seus romances, incluindo o grande amor de sua vida - o milionário inglês Arthur Boyle - e o sucesso triunfante como estilista de alta costura. Indicada ao Globo de Ouro e ao Emmy, Coco Chanel é uma minissérie imperdível sobre uma mulher simplesmente fascinante." (capa do DVD)
Sem desmerecer o filme de Anne Fontaine (Coco antes de Chanel), mas foi a minissérie dirigida pelo canadense Christian Duguay, que me fez compreender melhor a personalidade da francesa que liberou as mulheres dos espartilhos. Nesta versão de 2008, Gabrielle Chanel surge mais humana, feminina, ainda prática, lutadora, inteligente e forte. Suas criações nascem naturalmente das dificuldades que precisou superar. Coco vestiu a mulher moderna, que precisava de roupas confortáveis e elegantes para subir num transporte público e trabalhar em lojas ou escritórios.
Os filmes valem também pelos sentimentos que nos despertam. E esse me fez pensar! Teria Chanel a mesma trajetória se estivesse casada com filhos? Cada vez mais conquistamos espaço no mundo corporativo e nas universidades. Isso exige empenho, criatividade, não mero trabalho braçal. Sempre fomos responsáveis e dedicadas, mas a maior parte das grandes criações na arte e na ciência pertencem aos homens. Lembrei-me da paixão com que mergulhei nas obras de Freud, no deslumbramento ao descobrir a psicóloga americana Virginia Satir, na felicidade que sentia ao passear pelo campus arborizado da PUC e reunir-me com as amigas no "Bar das Freiras", no andar térreo do prédio Cardeal Leme. E como tudo isso esvaiu-se para o segundo plano, assim que vi o rostinho lindo de minha primeira filha!
Creio que o amor será sempre nossa prioridade, mas isso não precisa impedir a expressão em outras áreas da vida. Quanto mais os homens dividirem as tarefas domésticas, melhor as mulheres poderão desenvolver sua criatividade no trabalho. Jane Austen era solteira, assim como as irmãs Brontë, quando escreveram seus livros. Cecília Meirelles e Clarice Lispector casaram-se e tiveram filhos. Podemos ter tudo, como provou J.C. Wyatt, personagem de Diane Keaton em Baby Boom (Presente de Grego). Tornou-se cada vez mais agradável ser mulher!
Antes que me esqueça, a produção é muito bem cuidada, Shirley MacLaine e Barbara Bobulova estão ótimas como Gabrielle idosa e jovem, e claro, recomendo vivamente "Coco Chanel".
Sem desmerecer o filme de Anne Fontaine (Coco antes de Chanel), mas foi a minissérie dirigida pelo canadense Christian Duguay, que me fez compreender melhor a personalidade da francesa que liberou as mulheres dos espartilhos. Nesta versão de 2008, Gabrielle Chanel surge mais humana, feminina, ainda prática, lutadora, inteligente e forte. Suas criações nascem naturalmente das dificuldades que precisou superar. Coco vestiu a mulher moderna, que precisava de roupas confortáveis e elegantes para subir num transporte público e trabalhar em lojas ou escritórios.
Os filmes valem também pelos sentimentos que nos despertam. E esse me fez pensar! Teria Chanel a mesma trajetória se estivesse casada com filhos? Cada vez mais conquistamos espaço no mundo corporativo e nas universidades. Isso exige empenho, criatividade, não mero trabalho braçal. Sempre fomos responsáveis e dedicadas, mas a maior parte das grandes criações na arte e na ciência pertencem aos homens. Lembrei-me da paixão com que mergulhei nas obras de Freud, no deslumbramento ao descobrir a psicóloga americana Virginia Satir, na felicidade que sentia ao passear pelo campus arborizado da PUC e reunir-me com as amigas no "Bar das Freiras", no andar térreo do prédio Cardeal Leme. E como tudo isso esvaiu-se para o segundo plano, assim que vi o rostinho lindo de minha primeira filha!
Creio que o amor será sempre nossa prioridade, mas isso não precisa impedir a expressão em outras áreas da vida. Quanto mais os homens dividirem as tarefas domésticas, melhor as mulheres poderão desenvolver sua criatividade no trabalho. Jane Austen era solteira, assim como as irmãs Brontë, quando escreveram seus livros. Cecília Meirelles e Clarice Lispector casaram-se e tiveram filhos. Podemos ter tudo, como provou J.C. Wyatt, personagem de Diane Keaton em Baby Boom (Presente de Grego). Tornou-se cada vez mais agradável ser mulher!
Antes que me esqueça, a produção é muito bem cuidada, Shirley MacLaine e Barbara Bobulova estão ótimas como Gabrielle idosa e jovem, e claro, recomendo vivamente "Coco Chanel".
Diretor: Christian Duguay
Roteiro: James Carrington, Carla Giulia Casalini, Enrico Medioli, Lea Tafuri
Música: Andrea Guerra
Fotografia: Fabrizio Lucci
Elenco: Shirley MacLaine, Barbora Bobulova, Valentina Lodovini, Olivier Sitruk, Sagamore Stévenin, Francesca Cavallin, Marine Delterme, Malcolm McDowell, Valentina Carmelutti
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