Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

sábado, 11 de setembro de 2010

O Preço da Traição

Chloe
(2009) 96 min (16 anos)



"- Como você consegue fazer isso?
- Eu tento encontrar em cada um algo que eu possa gostar. Sempre há."

Canada - Da janela de seu consultório, Catherine Stewart observa as idas e vindas de uma jovem prostituta de luxo. Quando a ginecologista desconfia que o marido David está tendo um caso, resolve contratar a sedutora Chloe para testar sua fidelidade. O casal leva uma vida confortável e mora numa casa moderna com Michael, o filho adolescente.

Mas as coisas não estão nada bem para a médica, pois ela perdeu o contato com o filho e o marido. David é professor de música e faz questão de estar acessível aos alunos, em aula ou através de telefone e internet. Michael conta os dias para ficar independente e sair de casa. Catherine sente-se envelhecer e tem ciúmes das jovens estudantes ou das solícitas atendentes nos restaurantes. Suas suspeitas complicam uma situação que já estava difícil.

"O Preço da Traição" me foi oferecido pelo telefone, nem posso dizer que escolhi, mas senti um alívio ao confirmar na capa os nomes de Liam Neeson e Julianne Moore. Também experimentei a curiosidade de ver como se sairia Amanda Seyfried, que achei excelente em "Mamma Mia". Ela sabe cantar e dançar, mas convencerá num papel tão diferente? Pois convence. Mostra-se sutil, vulnerável, envolvente, insinuante, intrigante, como Chloe. Acho que está entre as atrizes mais competentes da nova geração.

Há uma cena de sexualidade explícita que pode constranger almas mais sensíveis e menores de idade. Bastariam alguns indícios e o efeito seria o mesmo. Às vezes tenho saudades da época em que os protagonistas se sentavam ao leito, com o pé ainda tocando o chão, e a câmera desviava para a parede, enquanto a tela escurecia. Os adultos imaginavam o que acontecia e as crianças não precisavam sair da sala. Com a liberação geral da "modernidade", as cenas de sexo banalizaram-se e repetem-se à exaustão. É preciso o talento de Stanley Kubrick ou Ang Lee para criar uma cena erótica que seja bela, intensa, e não apenas uma ginástica repetitiva ou embaraçosa.

Uma observação quanto ao título "O Preço da Traição": no Brasil, é fácil confundir os nomes de vários filmes estrangeiros. O departamento de marketing das distribuidoras usa e abusa de algumas palavras nos títulos brasileiros: traição, desejo, medo, preço, vingança, sonho, paixão, liberdade. A repetição difículta guardar seus nomes em português. Para identificá-los, a gente acaba perguntando: "você viu o último filme da Julianne Moore, aquele em que ela faz a médica ciumenta?"

Diretor: Atom Egoyan
Roteiro: Erin Cressida Wilson, baseado no trabalho de Anne Fontaine (escritora e diretora de "Nathalie")
Música: Mychael Danna
Fotografia: Paul Sarossy
Elenco: Julianne Moore, Amanda Seyfried, Liam Neeson, Max Thieriot, Mishu Vellani, Meghan Heffern, Nina Dobrev
Distribuidora: PlayArte Home Video

4 comentários:

bruno knott disse...

Bem observado. São tantos títulos parecidos que fica impossível guardar. Não há imaginação nas distribuidoras brasileiras.

O diretor Atom Egoyan se saiu muito bem no filme O Doce Amanhã, ele tem talento.

Juntando Juçianne Moore e Liam Neeson não tinha como não ser algo minimamente bom!

Stella disse...

Bruno, lembro vagamente de ter visto "O Doce Amanhã". Ian Holm é outro grande ator. Tenho medo dele desde 1979, quando ele fez o papel de Ash, (Alien, do Ridley Scott).

Rafael Carvalho disse...

O Egoyan me parece um cineasta bastante irregular e faz um misto de filme comum sobre traição, mas também um interessante estudo de personalidades, que são bem melhor desenvolvidas na mulher traída vivida por Julianne Moore do que na misteriosa amante de Amanda Seyfried.

Stella disse...

Realmente, Rafael, há poucos dados sobre Chloe. Amanda foi eficiente em criar uma personagem plausível a partir de tão pouco.

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