(2012) 117 min (14 anos) feito para TV (HBO)
EUA - Em 2008, o candidato republicano John McCain buscava um companheiro de chapa que acrescentasse os votos necessários a sua vitoria à presidência dos Estados Unidos da América. Para alcançar Barack Obama, tornava-se vital ganhar terreno junto ao eleitorado feminino. Foi quando o estrategista Steve Schmidt surgiu com o nome de Sarah Louise Palin, governadora do Alaska.
Governante com 80% de aprovação do eleitorado do seu estado, simpática, bonita, confiante, mãe de cinco filhos, contrária ao aborto - seu caçula nasceu com síndrome de Down - Sarah falava ao coração das mulheres, e a dupla republicana subiu nas pesquisas. Parecia a escolha ideal, até que começou a fase de entrevistas com os jornalistas políticos e surgiram as perguntas sobre questões econômicas e internacionais.
A equipe de consultores da campanha surpreendeu-se ao constatar que Sarah desconhecia a existência de duas Coreias, pensava que Elizabeth II governava a Inglaterra e achava que Saddam Hussein tinha ordenado a derrubada do World Trade Center. Pior, a nível doméstico, sequer sabia o que era The Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos americanos). Suas gafes alimentaram a imaginação de Tina Fey, que criou esquetes impagáveis no programa cômico Saturday Night Live. Sarah, inicialmente encantada com a receptividade favorável, passou a sentir-se perseguida e saudosa da família. No caso de um impedimento do Presidente da República, a governadora do Alasca teria condições de substituí-lo no cargo? O resultado já sabemos, Obama está em seu segundo mandato. À encantadora de multidões faltavam o preparo e o temperamento necessários para o papel que poderia ser chamada a desempenhar.
A equipe de consultores da campanha surpreendeu-se ao constatar que Sarah desconhecia a existência de duas Coreias, pensava que Elizabeth II governava a Inglaterra e achava que Saddam Hussein tinha ordenado a derrubada do World Trade Center. Pior, a nível doméstico, sequer sabia o que era The Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos americanos). Suas gafes alimentaram a imaginação de Tina Fey, que criou esquetes impagáveis no programa cômico Saturday Night Live. Sarah, inicialmente encantada com a receptividade favorável, passou a sentir-se perseguida e saudosa da família. No caso de um impedimento do Presidente da República, a governadora do Alasca teria condições de substituí-lo no cargo? O resultado já sabemos, Obama está em seu segundo mandato. À encantadora de multidões faltavam o preparo e o temperamento necessários para o papel que poderia ser chamada a desempenhar.
"Virada no Jogo" tem um título inexpressivo em português, mas uma produção caprichadíssima, podia ter passado na tela grande. É um filme especialmente interessante para quem se liga em política, um mergulho na ação dos consultores de campanha. Num elenco de primeira linha, Julianne Moore interpreta uma Sarah humana, com imperfeições, mas também espontânea, afetuosa, carismática. Ed Harris nos faz ver McCain com bons olhos e quase torcer por ele, um adversário decente. Woody Harrelson vive o consultor experiente que tenta por todos os meios consertar seu erro de avaliação. A montagem do filme costura realidade e ficção, inserindo sutilmente no drama algumas filmagens de arquivo e esquetes de Tina Fey no Saturday Night Live. "Virada no Jogo" foi premiado pelo Director's Guild of America, Golden Globes e Emmy Awards, entre outros; uma tacada certeira da HBO.
Tina Fey e Sarah Palin (digital journal) |
Diretor: Jay Roach
Roteiro: Danny Strong, baseado no livro de Mark Halperin e John Heilemann
Musica: Theodore Shapiro
Fotografia: Jim Denault
Elenco: Julianne Moore, Woody Harrelson, Ed Harris, Sarah Paulson, David Barry Gray, Ron Livingston, Peter MacNicol
Distribuidora: Warner Home Video
** ótimo
* bom
Sem Asterisco - interessante
Um comentário:
Esse era um filme que merecia ter sido produzido para os cinemas! Não só porque daria todos os prêmios do mundo para a Julianne Moore (que já merece faz anos e tem um trabalho perfeito aqui) mas também por ser um filme político muito bem realizado - e, acima de tudo, de fácil digestão. É mais um excelente telefilme da HBO que mereceu todos os reconhecimentos que teve! Inclusive, já está na minha coleção!
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