(2010) 98 min (12 anos)
'A vida está cheia de som e fúria e, no final, isso não significa nada' (Macbeth)
Inglaterra - O táxi negro para na rua pouco movimentada e Helena Shebritch desce, chegando a tempo para a primeira consulta com a vidente Cristal Delgiorno, muito bem recomendada pela massagista Gabriella. A sra. Shebritch entrara em crise ao ser abandonada pelo marido Alfie, interessado em encontrar uma esposa nova.
Sally, filha única do casal, apóia a mãe, na esperança de que ela se recupere da depressão. Casada com o escritor Ray, mas descontente com o relacionamento, Sally apaixona-se pelo chefe, dono da galeria em que trabalha. Enquanto isso, pela janela do escritório, Ray observa a bela morena no prédio ao lado. Seu próximo passo será convidá-la para um passeio.
O novo filme de Woody Allen nos coloca na posição de observadores privilegiados. Os personagens, suas circunstâncias e relacionamentos são rapidamente apresentados, e nós, como deuses no Olimpo, antevemos com folga aonde suas escolhas os levarão. Guiados pelos desejos, cegos para as consequências, mergulham num turbilhão de sentimentos desorientadores. Não é à toa que a citação que abre o filme seja uma fala do ardiloso Macbeth, general escocês que não vê freios para suas ambições. Em contraste com a suavidade da música dos créditos iniciais, "When You Wish upon a Star". No filme Pinóquio, a canção embalava o sonho de ser melhor, tornar-se 'um menino de verdade'.
A fotografia é perfeita como sempre , a trilha sonora agradável e os diálogos inteligentes; só faltou mais empatia com os personagens. Elegi Helena como favorita. Sua ingenuidade e desespero quase comovem. Ela entrega o rumo de sua vida nas mãos da charlatã Cristal, que funciona como as bruxas para Macbeth. Pauline Collins (protagonista de 'Shirley Valentine') interpreta a esperta Cristal Delgiorno. Essa comédia amarga foi gravada em Londres e nos estúdios Pinewood.
Pauline Collins |
Diretor: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Fotografia: Vilmos Zsigmond
Elenco: Gemma Jones, Naomi Watts, Anthony Hopkins, Antonio Banderas, Josh Brolin, Pauline Collins, Freida Pinto, Lucy Punch, Kelly Harrison, Rupert Frazer, Ewen Bremner, Fenella Woolgar
Distribuidora: Paris Filmes
4 comentários:
Esse filme foi esnobado e pouco comentado pelos cinégilos. Meio injusto, já que chega até a ser superior ao "Tudo Pode Dar Certo" e a outros dos filmes mornos do Woody Allen...
Matheus, a alta qualidade dos filmes de Woody Allen é incontestável, por isso confiro todos.
Mesmo quando não preenchem completamente minhas expectativas, afinal elas são elevadas quando aprecio o diretor, um filme de WA sempre vale a pena; ele é um artista refinado, danado de competente!
Os filmes atuais de Woody Allen não causam o mesmo efeito que os antigos causam.
http://filme-do-dia.blogspot.com/
Pode ser, Kahlil, mas um filme não tão bom do WA ainda é melhor do que a maioria do que chega na locadora.
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