(2010) 110 min (16 anos)
EUA - Mattie Ross procura um xerife que tenha verdadeira coragem. A menina de 14 anos, que deseja vingar a morte do pai, é pura bravura, determinação, além de ser um celeiro de respostas rápidas e inteligentes. Sua negociação com o dono do estábulo, de onde o cavalo de Frank Ross foi roubado pelo assassino Tom Chaney, é uma das melhores cenas do filme. Se eu não tivesse uma amiga que parece ter sido uma adolescente ao feitio de Mattie, diria que a existência de tal personagem seria bastante improvável.
A decidida guria escolhe Rooster Cogburn para a missão porque o federal não faz questão de trazer qualquer suspeito vivo. Por 100 dólares, o xerife meio bêbado aceita seguir a pista de Tom Chaney. O assassino também é procurado pelo Texas Ranger LaBoeuf, pois o renegado matou um senador no Texas. Apesar de fazerem restrições uns aos outros, Mattie, Cogburn e LaBoeuf seguem juntos a trilha de Tom Chaney, por dentro da nação indígena. Não falta coragem a esse grupo heterogêneo.
Joel & Ethan Coen foram sóbrios ao recontarem essa história, antes dirigida por Henry Hathaway (1969) e interpretada por John Wayne, Kim Darby e Robert Duvall. As principais virtudes do atual 'Bravura Indômita' são a bela fotografia de Roger Deakins, um toque de humor nos diálogos e personagens, a interpretação da jovem Hailee Steinfeld como Mattie, além de figurinos e cenários absolutamente perfeitos na recriação do velho oeste. Para ficar ainda melhor, só faltava incluir ao final uma espiada na fazenda de Frank Ross e no resto de sua família. Os irmãos Coen ficaram me devendo essa.
Quanto à minha amiga - destemida e empreendedora, que criou o 'By Star' para mim, fez sozinha o inventário do pai em apenas 6 meses - é uma jovem senhora de quase 50 anos, sorridente, alegre e gentil. Não sei se posso dizer o mesmo de Mattie na sua idade. Cada um julgue por si.
Roteiro: Joel & Ethan Coen, baseado no livro de Charles Portis
Musica: Carter Burwell
Fotografia: Roger Deakins
Elenco: Jeff Bridges, Hailee Steinfeld, Matt Damon, Josh Brolin, Jarlath Conroy, Elizabeth Marvel, Barry Pepper, Ed Lee Corbin, Leon Russom, Bruce Green, Candyce Hinkle, Joe Stevens, David Lipman, Jake Walker
Distribuidora: Paramount
2 comentários:
Suas postagens são sempre maravilhosas e fazem a gente querer ver o filme.
Você pediu para eu dizer o que eu acho a partir da personagem que, na sua generosidade habitual, teria uma mesma qualidade de obstinação, ou coragem que eu. Bem, obrigado pelo elogio que o atribuo mais à sua amizade.
Bem, ninguém é valente de graça. O maior móvel da valentia é o amor. E isso sim, eu compreendo.
Quando se ama se é obstinado mesmo que se tenha 14 anos, ou se ache feio, ou inapropriado como acontece com todo adolescente e isso não foi diferente comigo. Mas porque amamos insistimos. E se amamos sempre, até velhos insistimos, continuaremos mudando,aprendendo, perdoando, enfim o que o amor modele.
O que acredito é que a virtude maior é o amor e nas circunstâncias pessoais de cada um ele pode virar coragem, obstinação ou paciência de mãe.
Ou seja, às nossas deficiências o amor empresta a sua força e nos modela para melhor.
E não é isso que Deus faz em nós?Emprestar seu sumo bem, suma beleza, e máximo amor à nossa pobreza? É por isso que sou beata, hihihihi .
Talvez por esta explicação é que fique claro porque gosto tanto do filme de que já comentamos, chamado "Carrington". Sinto como se compreendesse o grau de amor da personagem principal e sempre senti muita pena pelo final porque ela não conheceu o Amor maior que dá sustentação a qualquer perda.
Já me repetindo, o amor dá qualidade ou transforma nossas fraquezas em algo bom como à uma adolescente dá a força de enfrentar o mal e a todos nós o modo de enfrentar a vida com virtudes sejam elas coragem, paciência, humildade.
Muito obrigado pela sua generosa associação das qualidades. Em sua infinita bondade, generosidade e doçura sempre nós faz participar de mais alguma coisa boa, por isso é que é bom estar sempre com você. Beijinhos e fico muito contente de ver o seu blog sempre muito ativo.
Querida Flor, suas palavras lembram que a grande meta é Amar mais e melhor. Assim tudo ganha sentido e há coragem para a vida. Crescer no Amor é o segredo. :-) Obrigada, um beijo, S.
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