(2011) 105 min (12 anos)
EUA, Nova Iorque - Eddie Morra conseguiu o que parecia impossível, passar da inadimplência para a fortuna. O que faz então no alto de um arranha-céu, disposto a se jogar lá embaixo, para escapar dos brutamontes que o perseguem? Como escritor, ele passou uma longa fase sem qualquer inspiração, desmotivado e até relaxado na aparência pessoal. Nesse período precisava apresentar um livro à editora, para não ter que devolver o adiantamento que recebera.
Para piorar a situação, Lindy, a namorada pela qual é apaixonado, termina o relacionamento. Sem dinheiro para o aluguel, sem qualquer perspectiva, Eddie encontra na rua o ex-cunhado Vern e os dois se sentam para beber e conversar. Na despedida, Vern entrega ao escritor uma pequena pílula transparente. A substância é chamada de NZT e permite a utilização da plena capacidade do cérebro.
Os efeitos são impressionantes. Eddie parece notar a bagunça no apartamento pela primeira vez e começa a arrumá-lo. Corta o cabelo, faz exercício e escreve o livro de um só impulso. O comprimido mágico dá clareza, foco, atenção, aguça a memória, ativa a percepção. O escritor começa a reparar em pequenos detalhes e a fazer ligações utilíssimas. Passado o efeito, desaparece toda essa energia e iluminação. Para conseguir mais, ele não mede esforços, assim como não pondera as possíveis consequências. Mas elas virão. Eddie aprende a tocar piano em 3 dias e domina qualquer língua que ouça, contudo seu corpo sente agudamente os efeitos da abstinência. Como perde todo medo e timidez, suas ações levam-no a um jogo arriscado.
A suave Abbie Cornish (a morena Fanny Brawne de 'Bright Star') interpreta com sentimento a namorada Lindy. 'Sem Limites' tem bom ritmo, é divertido. Achei bonito e eficiente o recurso usado para enfatizar os momentos em que Eddie está sob os efeitos do NZT. Seus olhos ficam brilhantes, a fotografia ganha mais luz e cor, o mundo parece vibrante. Ao que tudo indica, os exercícios aeróbicos, a leitura, meditação, uma boa dose de desafios e mudanças na rotina, são meios eficientes para ampliar e manter nossa capacidade intelectual. Com a vantagem de não apresentarem contra-indicações ou efeitos colaterais.
Diretor: Neil Burger
Roteiro: Leslie dixon, baseado no livro "Dark Fields", de Alan Glynn
Musica: Paul Leonard-Morgan
Fotografia: Jo Willems
Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, Andrew Howard, Anna Friel, Robert John Burke, Johnny Whitworth,
Distribuidora: Imagem Filmes
2 comentários:
Olá Stella Daudt.(41)
Na primeira cena eu pensei comigo mesmo: Alguém deu um passo maior que as pernas -e tem a ver com dinheiro e ilegalidade,visto que a polícia(a de verdade) não cobra assim- e vai dar o último passo maior que as pernas.
"Anabolizante pro cérebro" é uma tentação como é pro corpo.Se a gente pensar só nos resultados rápidos e ignorar os resultados suspeitos(entre aspas porque fica óbvio) e consequências catastróficas.
Definiu MUITO bem o filme no parágrafo final;analogamente ao que pensei.O filme até fica tendo moral sadia de organização,entre outras.
** SPOILER DO FIM **
No último diálogo com De Niro ele não reconhece que usa... Ahhh,mas ele está usando NZT,ele viciou.Será que ele se mantem sob controle esse "anabolizante cerebral"?Será que alguém controla drogas?? ¬¬
** FIM DO SPOILER DO FIM **
Tchau.(41)
Boa noite, Tabibito-san!
Creio que ainda que alguém consiga controlar seu uso de drogas, essa é uma prática arriscada a médio e curto prazo. Há uma grande probabilidade de ocorrerem danos físicos ou psicológicos. E a pessoa sempre está sujeita a passar dos limites, num momento de maior fragilidade. Nem os remédios estão livres de efeitos colaterais...
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