(2011) 129 min (10 anos)
E embora ele não dissesse uma palavra, pela primeira vez desde a morte do meu pai, senti que eu tinha alguém com quem falar
EUA, Manhattan - Em 11 de setembro de 2001, o menino Oskar Schell perdeu o melhor pai do mundo e não conseguiu desabafar sua tristeza com a mãe e a avó. Thomas Schell sonhara ser cientista, mas tornou-se joalheiro para sustentar a família. Marido amoroso e pai companheiro, chegava em casa perguntando: "- O que vocês estão fazendo?". O joalheiro propunha constantes desafios ao filho de 11 anos, criando expedições exploratórias pela cidade de Nova Iorque, o que obrigava Oskar a falar com as pessoas, melhorando sua interação. Possível portador da síndrome de Asperger, o guri era inteligente, concentrado, mas tinha dificuldade de socialização.
Conta-nos Oskar que, se o sol explodisse, só saberíamos 8 minutos depois, que é o tempo que sua luz leva para chegar até nós. O menino precisa elaborar a perda do pai, deixar de torturar-se alimentando lembranças. Mas antes necessita manter viva sua memória ainda por um instante, tentando encontrar um sentido para o que lhe aconteceu. O guri vagueia entre os pertences de Thomas em busca de sua câmera. Tateando a prateleira do armário, Oskar encontra um vaso azul e, dentro dele, um pequeno envelope amarelo com uma chave. A que fechadura pertence? Na frente do envelope está escrito "black". Convencido de que seja um sobrenome, pesquisa na lista telefônica e encontra 472 Blacks, habitando 216 domícílios na cidade. Considerando que o ano tem 52 semanas, seriam necessários 3 anos para visitar todos eles nos fins-de-semana e resolver o mistério.
Os 6 minutos que o herdeiro dos Schell inicialmente pensava dedicar a cada Black multiplicaram-se, pois todos tinham uma história a contar sobre suas próprias perdas. Com a ajuda do idoso "Inquilino" da avó, Oskar amplia o seu mundo no contato com esses desconhecidos.
Os 6 minutos que o herdeiro dos Schell inicialmente pensava dedicar a cada Black multiplicaram-se, pois todos tinham uma história a contar sobre suas próprias perdas. Com a ajuda do idoso "Inquilino" da avó, Oskar amplia o seu mundo no contato com esses desconhecidos.
A emoção que senti ao ver ruirem as torres do World Trade Center permanece comigo ainda hoje. As lágrimas jorram fáceis diante das imagens daquela "pior manhã", sejam elas reais ou cenário para uma história fictícia. Prepare o seu coração antes de assistir Tão Forte e Tão Perto, sabendo que a presença calorosa de Tom Hanks e a simpatia de Sandra Bullock conferem leveza ao drama. Viola Davis como Abby Black, a primeira a ser visitada por Oskar, e o impressionante "Inquilino" mudo de Max Von Sidow (a Morte em O Sétimo Selo), se alinham com o estreante Thomas Horn na responsabilidade pelo lado dramático da ação. O jovem Thomas (Oskar Schell) estreou no cinema em boa companhia! Parte técnica impecável, com destaque para a melancólica trilha sonora de Alexander Desplat e bela fotografia. Daria uma nota DEZ ao filme se não perdesse um pouco o ritmo depois dos primeiros minutos, que ele recupera com a presença do misterioso Inquilino.
Diretor: Stephen Daldry (O Leitor, As Horas, Billy Elliot)
Roteiro: Eric Roth, baseado no livro de Jonathan Safran Foer
Musica: Alexandre Desplat
Fotografia: Chris Menges (O Leitor, Notas sobre um Escândalo, Coisas Belas e Sujas, O Lutador, A Missão)
Elenco: Thomas Horn, Tom Hanks, Sandra Bullock, Viola Davis, Max von Sydow, John Goodman, Jeffrey Wright, Bernadette Drayton, Chloe Roe, James Gandolfini (uncredited)
Distribuidora: Warner
Diretor: Stephen Daldry (O Leitor, As Horas, Billy Elliot)
Roteiro: Eric Roth, baseado no livro de Jonathan Safran Foer
Musica: Alexandre Desplat
Fotografia: Chris Menges (O Leitor, Notas sobre um Escândalo, Coisas Belas e Sujas, O Lutador, A Missão)
Elenco: Thomas Horn, Tom Hanks, Sandra Bullock, Viola Davis, Max von Sydow, John Goodman, Jeffrey Wright, Bernadette Drayton, Chloe Roe, James Gandolfini (uncredited)
Distribuidora: Warner