Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Noites de Tormenta

Nights in Rodanthe
(2008) 96 min (10 anos)




EUA, Carolina do Norte – Adrienne Willis tem 2 filhos: uma adolescente em crise e um menino. Ela se considera uma mãe dedicada. Separada do marido, que a traía com outra, Adrienne é surpreendida com uma proposta de reconciliação e hesita, pede uns dias para pensar. Esse tempo ela passará em Rodhante, numa pousada à beira-mar, onde substituirá a amiga Jean, recebendo o único hóspede da baixa temporada. O Dr. Paul Flanner pagou em dobro para garantir a estadia. Ele tem um motivo para estar na cidade, apesar da ameaça iminente de forte tempestade...

Cinema americano é que nem coca-cola, tem uma formatação que vicia. Depois de assistir a uma sequência de filmes asiáticos, latinos, europeus ou brasileiros, cresce-me um desejo insaciável de pegar uma comediazinha pasteurizada, um filme de ação ou um romance, de preferência ambientado numa casa limpa, com gramado na frente, céu azul e um final feliz. Às vezes falta um desses elementos, facilmente perdoado se a fotografia for caprichada.

Noites de Tormenta não tem uma boa cotação por aí, exceto entre os fãs do escritor Nicholas Sparks. Mas, que fazer, a casa* de grandes janelas azuis, lambida pelo mar, a simpatia de Richard Gere e Diane Lane, a bela fotografia do carioca Affonso Beato (A Rainha, Tudo sobre minha Mãe, Carne Tremula) sobrepujaram o resto. Não me arrependi de ter alugado “Noites de Tormenta."

* A casa chama-se Serendipity, foi danificada por uma tormenta e está inabitável. Uma pena.

Diretor: George C. Wolfe Roteiro: Ann Peacock e John Romano, baseado em romance de Nicholas Sparks Música: Jeanine Tesori Fotografia: Affonso Beato Elenco: Diane Lane, Richard Gere, Viola Davis, Mae Whitman.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada

Dan in Real Life
(2008) 98 min (Livre)


EUA - Dan Burns escreve uma coluna local de aconselhamento familiar. Ele mesmo poderia usar alguns de seus apreciados conselhos. A isso se refere o título do filme em inglês. Viúvo há 4 anos, pai de 3 filhas, ele procura manter um ambiente feliz para as meninas, dedicando-se integralmente, mas não está sendo bem sucedido. Sua vida parece uma sucessão de tarefas rotineiras. Piora quando ele tenta impedir o namoro da filha adolescente. E aí todos viajam para Rhode Island, para um encontro em família, na casa dos pais de Dan.

Nana está feliz de rever os filhos e netos, e percebe logo a tensão entre Dan e a filha Cara. Recomenda que ele saia para espairecer. Numa livraria Dan se encontra à vontade. Uma das cliente da loja desperta sua atenção e ele se passa por vendedor para se aproximar. Marie é a primeira mulher com quem consegue conversar à vontade ultimamente. Eles riem e o tempo voa. Marie tem um compromisso e sai. O resto o título em português já adianta ...
A reunião de família na casa da Nana foi minha parte favorita em "Dan in Real Life". Amei as brincadeiras, refeições, jogos de homens X mulheres para decidir quem lava a louça, ginástica em grupo, o show de talentos, a camaradagem na convivência entre irmãos. A casa de Nana é um verdadeiro lar. A gravação foi feita numa casa real, em Rhode Island, onde o elenco passou um bom tempo ensaiando e se relacionando, antes que as filmagens começassem. Isso transparece no filme.

Diretor: Peter Hedges
Roteiro: Pierce Gardner e Peter Hedges
Música: Sondre Lerche
Fotografia: Lawrence Sher
Elenco: Steve
Carell, Juliette Binoche, Dianne Wiest, John Mahoney, Dane Cook.

Irina Palm

Irina Palm * *
(2007) 103 min (14 anos - eu seria mais severa e indicaria para os maiores de 18 anos)


análise da página 50 anos de filmes: http://50anosdefilmes.com.br/2008/irina-palm/

Inglaterra - "Irina Palm é um filme em tudo brilhante, estupendo, extraordinário. É um dos filmes mais tocantes, mais emocionantes que me lembro ter visto em muito, muito tempo. E tem uma interpretação magnífica de uma artista marcante, superlativa, Marianne Faithfull; vai ser muito difícil esquecê-la.
O tema com que o diretor Sam Garbarski lida é delicadíssimo. O perigo de que o filme deslizasse para um tom sensacionalista, grotesco ou apelativo é imenso. Irina Palm passa longe, muito longe disso, graças, sem dúvida, à habilidade do diretor e à interpretação de Marianne Faithfull.
Em menos de dez minutos, o drama está colocado, e extremamente bem colocado, diante do espectador. Ollie (Corey Burke), um garotinho de uns cinco anos, filho único de um casal da classe trabalhadora de um vilarejo da Inglaterra, Tom (Kevin Bishop) e Sarah (Siobhan Hewlett), tem uma doença degenerativa gravíssima, o quadro não melhora; ao contrário, está piorando, segundo explica o médico do hospital onde está o garoto. Mas há uma última cartada: existe um novo tratamento que está sendo desenvolvido por médicos australianos. Um especialista em Londres, para quem foram encaminhados, informa à família que eles tiveram sorte: a instituição aceita o caso, e agora têm que embarcar o mais rapidamente possível para lá, antes que Ollie fique fraco demais para fazer a viagem.
- Quem paga? - pergunta a mãe ao médico.
Ela deveria saber a resposta. Estamos nos anos 2000, décadas após Margaret Thatcher e o desmonte do sistema de saúde provido pelo Estado britânico.
O médico responde:
- O tratamento é gratuito. O resto, hospitais, passagens, acomodação, etc, ficam…
Em um pequeno grande brilho, mãe e pai falam exatamente ao mesmo tempo:
- Quem paga? - repete Sarah, a mãe.
- Por nossa conta - Tom, o pai, completa a frase do médico.
Não temos sequer dez minutos de filme, a essa altura. Diante do médico, junto com Tom e Sarah, nesse momento, está Maggie, a mãe de Tom, que o espectador já havia visto na abertura da ação, logo após a primeira tomada do filme - um travelling com a câmara em um helicóptero, ou em um dirigível a gás, mostrando um pequeno vilarejo inglês, em meio a um campo verdejante, o travelling aproximando-se pouco a pouco de um extremo da cidade, de onde sai de um conjunto de pequenos apartamentos um homem, Tom, o pai do garoto Ollie.
Com menos de dez minutos de filme, além de ter colocado, e muito bem colocado, o drama, o diretor Sam Garbaski já mostrou que: Maggie, a avó, vendeu a casa que o marido pagou a vida inteira para custear o tratamento de Ollie; Maggie e a nora Sarah não se dão bem; na verdade, está claro que Sarah desgosta profundamente da sogra; o relacionamento entre Tom e Sarah, se é que já foi alguma coisa melhor do que boa, no passado, hoje, depois de anos de desgaste com a doença do filho, é um horror total.
Na saída do médico, enquanto eles esperam o metrô para depois pegar o trem de volta à vila em que moram, Maggie diz que eles arranjarão o dinheiro. Seco, duro, Tom diz para ela calar a boca, que todos sabem que não têm como arranjar o dinheiro.
Maggie nunca trabalhou fora na vida; como tantas mulheres, foi apenas a esposa dedicada, até a morte do marido. Mas está decidida. Passa a ir a Londres constantemente, à procura de emprego. O único que consegue é num clube de sexo, que pertence a um imigrante do Leste Europeu, Miki (Miki Manojlovic). Não é o caso de revelar aqui, para quem ainda não viu o filme, exatamente o que uma senhora de mais de 50 anos vai fazer no clube de sexo. Mas ela aceita o emprego chocante, humilhante; o salário é bom. E ela fará bem, muito bem, o serviço.
E enfrentará o serviço, e o que virá depois, com uma dignidade absolutamente extraordinária.
E Marianne Faithfull dá um show. É marcante tudo nela: a postura digna, a determinação com que encara o dever de pagar pelo tratamento do neto, a força com que enfrentará a barra pesadíssima, os momentos de dúvida, de hesitação. É uma das atuações mais brilhantes que já vi, uma coisa assim comparável à de Helen Mirren como a Rainha Elizabeth II em A Rainha de Stephen Frears ou à de Marion Cotillard em Piaf - Um Hino ao Amor, de Olivier Dahan. (...)"
Quem quiser saber mais sobre Marianne Faithfull, vá até 50 Anos de Filmes. Está tudo lá!
Diretor: Sam Garbarski Roteiro: Martin Herron e Philippe Blasband & Sam Garbarski Música: Ghinzu Fotografia: Christophe Beaucarne Elenco: Marianne Faithfull, Miki Manojlovic, Kevin Bishop, Siobhan Hewlett

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tumulo com Vista

Plots with a View *
(2002) 110 min (14 anos)



“Quem decide o que é erva-daninha?”

Wales, Wrottin Powys – Num povoado de 7511 habitantes, no país de Gales, dois agentes funerários competem pela pequena clientela. Frank Featherbed é americano, recém-chegado à cidade, e deseja transformar enterros em eventos temáticos, bem ao estilo Hollywood. Boris Plots, o outro agente, faz um gênero mais tradicional. Fã de Fred Astaire, desde tímido adolescente é apaixonado pela amável e risonha Betty, atualmente casada com o abominável vereador Hugh. O sonho de Boris é dançar pela vida ao lado de Betty. Isso parece impossível. Será?



Um dos contemplados pela gentileza de Betty é o pequeno jardineiro Willie, que retribui ensinando-a a apreciar as desprezadas flores que nascem das chamadas "ervas-daninhas". Um bom roteiro e um elenco de primeira classe garantem a diversão nessa comédia inglesa romântica.

Diretor: Nick Hurran
Roteiro: Frederick Ponzlov
Música: Rupert Gregson-Williams
Fotografia: James Welland
Elenco: Alfred Molina, Brenda Blethyn, Christopher Walken, Lee Evans, Naomi Watts, Robert Pugh, Miriam Margolyes, Padrig Owen Jones.

Em Minha Terra

In My Country *
(2004) 103 min (14 anos)



África do Sul, 1996 - A imagem da costa africana, banhada pelas águas azuis, toma a tela, embalada por um belo hino local. Caminhando pela terra amarela, mulheres carregam os filhos às costas e feixes de lenha nas mãos. Imagens do exército, prendendo e espancando homens negros são substituídas pelo rosto sorridente do presidente Mandela, acenando para a multidão. “Nunca, nunca, nunca mais acontecerá desta bela terra experimentar a opressão de uma pessoa por outra.” (“Never, never, and never again shall it be that this beautiful land will again experience the oppression of one by another.” Nelson Mandela)

Inspirada por Mandela, pelo Bispo Desmond Tutu e outros líderes, surgiu no país a Comissão de Verdade e Reconciliação. A Comissão podia dar anistia aqueles que haviam cometido abusos contra os direitos humanos, desde que confessassem a verdade, se desculpassem e provassem estar seguindo ordens. As vítimas, ou seus parentes, tinham a oportunidade de contar suas histórias e confrontar seus torturadores. 21.800 pessoas testemunharam e alguns dos depoimentos foram fielmente retratados neste filme.

No que se refere à ficção, “Em Minha Terra” apresenta a poetisa africaaner Anna Malan, como repórter de uma rádio local, fazendo a cobertura do trabalho da Comissão, dirigida pelo Reverendo Mzondo. “Elas vêm com seus melhores vestidos, mães e esposas, buscando onde depositar seu sofrimento. A verdade tornou-se uma mulher. Todos a reconhecem e ninguém a conhece.” Essas palavras de Anna, após os primeiros testemunhos, comovem os ouvintes da rádio SABC (South African Broadcasting Company).



Como correspondente do jornal americano Washington Post, chega Langston Whitfield. Afro-americano, ele acha que a cor da pele faz toda a diferença. Em alguns dias de África, Langston descobre que os africanos rejeitaram a justiça ocidental da culpa e da vingança, em favor da justiça africana tradicional que busca a reconciliação. Whitfield descobre a palavra ubuntu, que significa estarmos todos ligados. O que afeta um, afeta a todos; não estamos sozinhos nessa vida. A verdadeira justiça fala de compaixão, compreender para perdoar e reconciliar. Essa a lição que a África do Sul tem para dar à América e ao mundo. E essa verdade já vale alugar o filme...

Diretor: John Boorman
Roteiro: Ann Peacock, baseado em livro de Antjie Krog
Música: Murray Anderson
Fotografia: Seamus Deasey
Elenco: Samuel L. Jackson, Juliette Binoche, Brendan Gleeson

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Morango e Chocolate

Fresa y Chocolate * *
(1993) 110 min (18 anos)




Cuba – A história se passa em 1979, em Havana. Diego, um exuberante professor gay, tenta seduzir o jovem David numa sorveteria. “ Eu sabia que ele era homossexual, havia chocolate e ele escolheu morango”, explica David a Miguel, seu colega da faculdade. Diego usa de subterfúgios para atrair David a seu apartamento. Lá há obras de arte suspeitas, whisky (a bebida do inimigo!), livros e discos banidos pela revolução. Miguel incentiva o relacionamento, vendo uma oportunidade de expor Diego como contra-revolucionário, crime sujeito a 10 anos de cadeia.
Na verdade, “Morango e Chocolate” visa gulas intelectuais, falando da sedução de uma alma, conquistada pela arte e também pela amizade. É mais um protesto de Tomás Gutierrez Alea contra a censura imposta pela revolução socialista à liberdade de criação e a intolerância com pessoas diferentes do padrão marxista oficial.


O encantamento de David com os clássicos da cultura cubana e mundial lembram a fascinação do Capitão Gerd Wiesler diante dos versos de Brecht (“A Vida dos Outros”). David e Wiesler também descobrem a força dos verdadeiros relacionamentos de afeto.
* Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro


Diretor: Tomás Gutierrez Alea Roteiro: Senel Paz (baseado no seu conto, "O Lobo, a Floresta e o Novo Homem) Música: José María Vitier
Fotografia: Mario García Joya Elenco: Jorge Perugorria, Vladimir Cruz, Francisco Gattorno, Mirta Ibarra.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Guantanamera

Guantanamera *
(1995) 101 min (12 anos)


"Ninguém que não te ame de verdade te atura quando ficas velho." "Solidão é o pior tipo de fome."

Adolfo
Cuba, Guantanamo - Georgina é uma bela cubana que vive para o lar. Aposentou-se do cargo de professora quando teve problemas ao expressar-se livremente na universidade. Dedica-se às tarefas de casa e a agradar o difícil Adolfo. O marido tirano é um burocrata que sonha sobressair com sua mais nova idéia: rodízio de carros para economizar combustível no transporte dos mortos que vão ser enterrados em outras cidades.



Chegando a Cuba depois de muitas décadas, tia Yoyita está encantada em rever a sobrinha Gina e o músico Candido, amor de sua adolescência. Mas a emoção é demais! Caberá a ela inaugurar o tortuoso sistema de trocas de carros funerários imaginado por Adolfo, que lembra a troca de cavalos das diligências no Velho Oeste. Na viagem de Guantanamo a Havana, entre muitos desencontros, Gina reencontra Mariano, chofer de caminhão namorador, que foi seu aluno na faculdade.

"Guantanamera" é a mais famosa das canções cubanas. Uma versão alterada da letra vai acompanhando toda a história do filme, pontilhada de situações cômicas. O diretor Tomás Gutierrez faz uma sátira às falhas do sistema e a distância entre a teoria socialista ideal e a prática do possível. Os personagens se dividem entre alguns poucos burocratas, criadores e seguidores das inúmeras regras da ilha, e a maioria, que se vira para adquirir as mercadorias disponíveis, para tornar o dia-a-dia mais suportável. Nesse processo os caminhoneiros e motoristas têm mais facilidade e dólares.


Diretor: Tomás Gutierrez Alea e Juan Carlos Tabío
Roteiro: Eliseo Alberto, Tomás Gutierrez Alea, Juan Carlos Tabío
Música: José Nieto Fotografia: Hans Burman Elenco: Carlos Cruz, Mirta Ibarra, Jorge Perugorría, Raul Egúren, Pedro Fernández.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Contos de Toquio

Tôkyô Monogatari * *
Tokyo Story
(1953) 136 min (livre) pb


Japão - Um casal idoso mora na cidade de Onomichi com a filha caçula, Kyoko, muito gentil e dedicada aos pais. Quando os Hirayama decidem visitar os outros filhos, em Tóquio, deparam-se com aparente afabilidade, na verdade disfarçando indiferença, egoísmo e impaciência. Com tristeza, os pais percebem que o relacionamento com os filhos mais velhos mudou. Mesmo os netos parecem distantes e desinteressados em conhecer os avós.


Noriko, viúva há 8 anos de um dos filhos do casal Hirayama, é a única a mostrar vontade de conviver com os idosos. Tendo perdido o marido na guerra, sente a necessidade de aproveitar o tempo com pessoas significativas, demonstrando carinho enquanto estão vivas.


No Japão pós-guerra, o ritmo de vida se acelerou. Homens e mulheres trabalham intensamente e se vestem à moda americana, as crianças aprendem inglês, enquanto as qualidades humanas, a vida familiar, estão sendo sufocadas pela "modernidade".

"Contos de Toquio" segue num ritmo lento, e deve ser assistido com a devida reverência às belas imagens de Yuuharu Atsuta e à poesia de Yasujiro Ozu.

Diretor: Yasujiro Ozu
Roteiro: Kôgo Noda, Yasujiro Ozu
Música: Kojun Saitô
Fotografia: Yuuharu Atsuta
Elenco: Chishu Ryu, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Recontagem

Recount *
(2008) 115 min (16 anos) feito para TV
a censura foi um tanto severa...



EUA - No ano 2000, a eleição para a presidência dos Estados Unidos ficou pendente dos votos da Florida. Com uma cédula confusa, que alinhava candidatos em duas fileiras, deixando indeciso os eleitores, houve muitos que votaram em Pat Buchanam, quando queriam ter escolhido Al Gore. Durante 5 semanas, manteve-se o dramático suspense no país e no mundo.

Por 36 dias, democratas e republicanos empenharam-se numa batalha legal pelos votos da Florida. O resultado, já sabemos, mas "Recontagem" é um filme interessante, bem-feito, que conta os detalhes dos bastidores. Muito agradável de assistir já na era Obama.

A filmagem está intercalada de gravações reais do noticiário, palavras de Bush e Al Gore, e registros da época. Vale a pena assistir os extras do DVD. Os artistas Kevin Spacey e Bob Balaban conversam com as personalidades que interpretaram. A maior parte dos artistas reuniu-se com "seus personagens" antes das gravações. A exceção foi Katherine Harris, que se recusou a encontrar Laura Dern ou qualquer pessoa da equipe.

Diretor: Jay Roach
Roteiro: Danny Strong
Música: Dave Grusin
Fotografia: Jim Denault
Elenco: Kevin Spacey, John Hurt, Tom Wilkinsom, Bob Balaban, Laura Dern,

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ataque Terrorista

Shoot on Sight
(2007) 112 min (14 anos)



Inglaterra, Londres - Um jovem muçulmano é rendido e assassinado pela polícia, quando estava prestes a embarcar no trem do metrô. O comandante Tariq Ali é chamado para responder às perguntas da imprensa e chefiar a investigação que se segue. Nascido no Paquistão, e casado com uma inglesa, o experiente policial é a escolha politicamente correta para a difícil ocasião. Se tudo der certo ele terá a chance de ser promovido no final da carreira.

Será o jovem morto culpado de terrorismo ou tudo foi um engano? Muçulmanos pacíficos e extremistas convivem na mesma rua, frequentam a mesma mesquita. Distingui-los é o grande desafio do investigador, que é visto com desconfiança na mesquita, por ser policial, e encarado com suspeita na polícia, por ser muçulmano. As tensões se refletem no lar de Tariq.



O filme baseou-se nos ataques de 7 de julho de 2005, que deixaram 52 mortos em Londres. A partir daí aumentaram os preconceitos contra os seguidores de Alá. Em "Ataque Terrorista" , o imã radical Junaid prega a violência para vingar os ataques feitos aos muçulmanos pelo mundo. O diretor Jag Mundhra acredita que, desde os ataques de 11 de setembro, em Nova Iorque (2001), e os de Londres (2005), os radicais conseguiram calar a voz da maioria moderada muçulmana: "Acho que a maioria muçulmana, que acredito estar representada em meu filme, também deveria se manifestar."

Diretor: Jag Mundhra
Roteiro: Carl Austin, Pervaiz Alam, baseado em história de Jag Mundhra
Música: John Altman
Fotografia: Madhu Ambat
Elenco: Brian Cox, Naseeuddin Shah, Greta Scacchi

Busca Implacável

Taken *
(2008) 93 min (16 anos)



"Não sei quem você é. Não sei o que você quer. Se for resgate, aviso logo, não tenho dinheiro. Só tenho a habilidade que faz de mim um pesadelo para gente como você."

EUA, Los Angeles - Bryan Mills trabalhou para o governo americano em missões especiais, prevenindo situações de risco. As constantes viagens cansaram a esposa Lennie e levaram o casal ao divórcio. Afastado da família, Bryan decide largar o antigo emprego e reaproximar-se da filha Kim. Construir um bom relacionamento com a jovem de 17 anos passa ser a missão mais importante de sua vida.

Kim deseja ser cantora e pretende passar as férias em Paris com a amiga Amanda. O ex-agente reluta em permitir a aventura pois conhece os perigos do mundo a rondar mocinhas inexperientes. Lennie convence-o a concordar para não desgostar a filha. Mal chegam à cidade-luz as jovens são assediadas por um rapaz de aparência inofensiva, que se oferece para dividir o taxi. Por trás está a terrível máfia albanesa...

"Busca Implacável" é um filme bem-feito. Apesar de quase tão infalível quanto o Super-Homem, Liam Neeson convence desde a primeira cena. Mick Gould, ex-soldado da SAS (Special Air Servic) treinou Neeson no uso de armas e estratégias de combate, que misturam Filipino Kali com elementos do Jeet Kune Do, de Bruce Lee. As lutas e perseguições são ótimas. Estava fazendo falta um thriller divertido nas locadoras, nesse começo de ano.

Diretor: Pierre Morel
Roteiro: Luc Besson & Robert Mark Kamen
Música: Nathaniel Mechal
Fotografia: Michel Abramovicz
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen
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