Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Contra o Tempo

Source Code *
(2011) 93 min (12 anos)

EUA - Um homem descobre-se sentado numa cabine de trem, em frente a uma mulher chamada Christina Warren. A mulher parece conhecê-lo pelo nome de Sean Fentress, mas ele não parece conhecê-la e está incerto quanto à própria identidade. Depois de 8 minutos, uma bomba explode no trem e o homem acorda dentro de uma cápsula metálica. 


Através da tela de um computador, a Capitã Colleen Goodwin da Força Aérea explica-lhe que ele é na verdade Colter Stevens, piloto de helicóptero que serviu no Afeganistão. Sua missão agora é descobrir o terrorista que plantou uma bomba no trem que se dirigia a Chicago. Para executar essa tarefa, os cientistas militares utilizam o programa Código-Fonte, que permite reencenar os fatos a partir da identidade de alguém compatível, que tenha estado presente no local da ação nos últimos 8 minutos de vida.

Stevens não lembra de ter se envolvido no projeto Código-Fonte. Sua última memória é de estar voando sob fogo inimigo no Afeganistão. Mas isso já não interessa, agora ele deve assumir o corpo do professor Fentress, reviver a explosão inúmeras vezes, até conseguir desarmar a bomba, descobrir quem é o culpado e avisar a capitã Goodwin. Essa é a única maneira de impedir que o terrorista detone uma outra bomba no centro de Chicago, matando milhões de pessoas. (traduzido e adaptado da sinopse do IMDB)

Bons atores, uma direção firme, cenário caprichado, uma história razoavelmente plausível e embarco feliz na suspensão de descrença, até que um absurdo grosseiro me jogue de volta à realidade. Não fico procurando inconsistências, quero ser enganada! Nesse esquema fica mais fácil se divertir e gostar de Contra o Tempo, dirigido por Duncan Jones, o criativo autor de Lunar.

Diretor: Duncan Jones
Roteiro: Ben Ripley
Musica: Chris Bacon
Fotografia: Don Burgess (O Livro de Eli, Encantada, Homem-Aranha, Náufrago, Forrest Gump)
Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Michael Arden, Pierre Leblanc, Joe Cobden, Russell Peters
Distribuidora: Imagem Filmes

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Melancolia

Melancholia * *
(2011) 129 min (14 anos)

Uma catástrofe parece iminente. O azulado planeta Melancolia avança em direção à Terra. A mídia publica previsões sobre a colisão inevitável, assim como opinião de alguns cientistas, que acreditam numa passagem próxima a nossa órbita e posterior afastamento, um fenômeno magnífico de ser observado. Assim pensa John, como explica repetidamente para o filho Leo e a esposa Claire. O casal possui uma propriedade belíssima, cercada por um parque e um amplo gramado. Na mansão está para acontecer a recepção do casamento de Michael e Justine, irmã de Claire. Apesar da ocasião festiva, percebe-se um clima tenso que prenuncia acontecimentos indesejados.

São poucas as pessoas conhecidas a quem eu indicaria o filme de Lars Von Trier. Muitos poderão ficar aborrecidos por conviver 126 minutos com as duas personagens principais. Filhas de um pai imaturo e de uma mãe amarga, Claire e Justine tentam encontrar seu quinhão de felicidade. Em vão. Por que os fantásticos artistas escandinavos, protegidos do berço ao túmulo contra as vicissitudes da existência, criam personagens tão infelizes na maioria dos filmes que chegam por aqui? Em Melancholia não é diferente. Duas irmãs em situação material mais do que confortável, tendo pessoas que as amam e a quem podem amar, carecem de paz interior. A depressiva Justine está mais preparada para a catástrofe, para ela difícil é viver a rotina diária. A dedicada e ansiosa Claire vive a agonia de perder seus amores.
Ophelia de Millais


Foi a beleza das imagens que tornou o filme de Lars von Trier tão essencial para mim. É fantástica a visão do planeta Melancolia jogando sua luz azul sobre o imenso gramado, se contrapondo ao luar que ilumina a outra metade da cena. Como são elegantemente filmados os passeios a cavalo das duas irmãs, ou a representação de Justine vestida de noiva flutuando no rio, como a Ophelia do pintor John Everett Millais!  A pintura de Millais retratava Ofélia, personagem de Shakespeare em Hamlet, antes de afogar-se num rio da Dinamarca. Mais importante do que a própria história, foi o requinte estético que me deixou apaixonada. Charlotte Gainsbourg e Kirsten Dunst estão magníficas como Claire e Justine. Acho que vou alugar em blu-ray para rever o filme.

Curiosidades:
* A inspiração para Melancolia foi uma experiência pessoal do diretor. Lars fez terapia para superar uma crise depressiva. O analista lhe disse que pessoas deprimidas tendem a ficar mais calmas em situações de grande estresse, pois já esperam que coisas ruins vão acontecer. A história foi desenvolvida como um estudo sobre a psiquê humana durante um desastre (Wikipedia).

* As cenas externas foram rodadas no castelo de Tjolöholms. As internas foram gravadas em estúdio, na Suécia, em Trollhättan.

Diretor: Lars von Trier
Roteiro: Lars von Trier
Musica: preludio da ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner
Fotografia: Manuel Alberto Claro
Elenco: Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, Stellan Skarsgard, Alexander Skarsgard, John Hurt, Cameron Spurr, Udo Kier, Jesper Christensen
Distribuidora: California Filmes

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um Conto Chinês

Un Cuento Chino * *
(2011) 93 min (12 anos)

Argentina - Um casal de jovens chineses passeia de barco pelo rio. Pássaros voam pelo ar e a calma é tanta que nenhuma brisa agita as águas ou as folhas das árvores. Jun, o chinês enamorado, busca disfarçadamente a caixinha onde colocou duas alianças de ouro. E, então, o impensável acontece e muda sua vida para sempre. Na cena seguinte, ele é jogado para fora de um táxi em movimento na cidade de Buenos Aires. Assaltado pelo motorista, Jun fica sem dinheiro e não fala uma palavra de espanhol. 

Quem o auxilia é Roberto, um argentino de meia-idade, veterano da guerra das Malvinas e dono da loja de ferragens De Cesare, uma pessoa metódica com sérios problemas de relacionamento. Roberto confere o número de pregos nas caixas, dorme pontualmente às 23 horas, coleciona histórias fantásticas do jornal e compra pequenos bibelôs de vidro, em homenagem à memória da mãe que mal conheceu. 

A boa ação de Roberto vai ser mais penosa do que ele imaginara. A embaixada da China precisa de tempo para localizar o tio que Jun veio encontrar. Enquanto isso, não há como abrigar o jovem recém-chegado. Cabe ao mal-humorado Roberto alojá-lo, o que lhe parece insuportável. Quem fica encantada com a novidade é Mari, que já teve um caso com Roberto e é apaixonada por seu ar de sofrimento e bom coração. 

Um Conto Chinês é um filme singelo, agradável, sustentado pelas interpretações de Ricardo Darín e Ignacio Huang, como Roberto e Jun. Mais uma dessas histórias bem contadas que o cinema argentino produz em abundância. O absurdo que acontece na vida de Jun foi inspirado num fato real ocorrido em alto mar com um barco pesqueiro japonês, como relata Jorge Pereira no site C7nema.

Diretor: Sebastian Borensztein
Roteiro: Sebastian Borensztein
Musica: Lucio Godoy
Fotografia: Rolo Pulpeiro
Elenco: Ricardo Darín, Muriel Santa Ana, Ignacio Huang, Enric Cambray, Iván Romanelli
Distribuidora: Paris Filmes


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Gente de Sorte

The Lucky Ones
(2008) 112 min (12 anos - linguagem inapropriada e cena de relacionamento sexual)

EUA - Três combatentes do exército americano voltam do Iraque e, no aeroporto, percebem que não há voos disponíveis para seus destinos. O improvável trio consegue um carro para alugar e segue em uma viagem cheia de obstáculos, mas também marcada pelo bom humor, solidariedade e companheirismo. Depois de se ferir em uma patrulha de rotina, TK recebeu uma licença para visitar sua noiva. O sargento Cheever está ansioso para voltar para a esposa e o filho. Chegando em casa, em St. Louis, ele recebe uma notícia boa e outra má. A boa é que o filho Scott foi aceito na Universidade de Stanford. Agora Cheever precisa conseguir 20.000 dólares para a faculdade. Já a ingênua Colee deseja conhecer a família do namorado que morreu em combate. Alem da sorte de serem sobreviventes, Cheever, TK e Colee têm mais em comum do que poderiam imaginar. (adaptado da capa do DVD)


Os três artistas principais criaram personagens simpáticos, sinceros e afetuosos. Os protagonistas interagem com tanta naturalidade que imediatamente embarcamos na sua trajetória, apesar de alguns eventos meio espantosos. O vínculo que se desenvolve entre eles nos induz a permanecer em sua companhia. Se na vida constatamos o quanto amigos de infância são insubstituíveis, histórias como essa lembram a importância de estarmos abertos às pessoa novas que cruzam nosso caminho, e que podem se transformar em grandes amizades.




Diretor: Neil Burger
Roteiro: Neil Burger & Dirk Wittenborn
Musica: Rolfe Kent
Fotografia: Declan Quinn
Elenco: Tim Robbins, Rachel McAdams, Michael Peña, Molly Hagan, Mark L. Young, Howard Platt, Arden Myrin, Coby Goss, John Heard, Jennifer Joan Taylor
Distribuidora: PlayArte Home Video

Um Sonho de Amor

Io Sono l'Amore *
(2009) 120 min (16 anos - cenas de nudez e sexualidade)

Italia, Milão - A tradução do título italiano é Eu Sou o Amor, tirado de uma linha da ária La Mamma Morta (1896),  de Umberto Giordano. No filme de Luca Guadagnino, a personagem Emma Recchi (Tilda Swinton) poderia representar o amor. Discreta, dedicada, atenta ao bem-estar da família e das pessoas próximas, está sempre pronta a agradar e servir. Emma cumpre à risca os deveres do papel de esposa de Tancredi, rico empresário milanês do setor de tecidos.  Mãe de três filhos adultos -  Edoardo,  Elisabetta e Gianluca - vivendo confortavelmente na mansão dos Recchi, conta com a ajuda da fiel Ida e de uma equipe de empregados. Tem a sua disposição muito mais do que o necessário. 

Mas a elegante Emma não é feliz, está meio morta emocionalmente, como revela seu sorriso melancólico. Quando ela se expressa é através da cor vibrante de alguns vestidos. Nascida na Russia como Kietish, sua alma apaixonada foi domesticada pelas maneiras contidas da sogra Allegra e de Tancredi, que a rebatizou como Emma. A esposa parece deslocada em meio aos rituais familiares e ao luxo dos amplos espaços da villa italiana.

Tudo muda quando ela conhece Antonio, amigo de Edoardo e seu futuro sócio num restaurante. O chef prepara pratos deliciosos que despertam os sentidos de Emma de uma prolongada letargia. Ambos têm em comum o gosto pela cozinha e se sentem imediatamente atraídos um pelo outro. O perigo ronda a aparente felicidade da família Recchi.

Cenário e figurinos magníficos, além da música majestosa de John Adams, são os destaques de Um Sonho de Amor. A beleza da Villa Necchi Campiglio, mansão da década de 30 escolhida como lar dos Recchi, é digna das melhores páginas da revista Architectural Digest. Tilda Swinton comentou que foi uma locação perfeita porque buscavam uma casa que fosse 'parte palácio, parte museu e parte prisão'. A comida foi inspirada pela cozinha de Carlo Cracco, proprietário do restaurante milanês Cracco Peck

Diretor: Luca Guadagnino
Roteiro: Luca Guadagnino & Barbara Alberti & Ivan Cotroneo & Walter Fasano
Musica: John Adams
Fotografia: Yorick Le Saux
Elenco: Tilda Swinton, Flavio Parenti, Edoardo Gabbriellini, Alba Rohrwacher, Pippo Delbono, Diane Fleri, Maria Paiato, Marisa Berenson, Gabriele Ferzetti, Waris Ahluwalia, Mattia Zaccaro
Cenario: Monica Sironi
Figurino: Antonella Cannarozzi
Distribuidora: Paris Filmes

sábado, 24 de dezembro de 2011

Pro Dia Nascer Feliz

Pro Dia Nascer Feliz
(2006) 88 min (Livre)
Se o ensino estivesse melhorando, a gente não precisava do programa de quotas.

Brasil - O documentário de João Jardim é um retrato das escolas brasileiras de ensino médio. Mostra a realidade de professores e alunos desestimulados, assim como a importância das atividades extra-curriculares, sejam bandas de música, percussão, grupos de dança ou auto-expressão. Foram escolhidos seis colégios de São Paulo, Rio de Janeiro e do Nordeste. As cenas gravadas encontraram os estudantes nas salas de aula, corredores, e pátios, assim como os professores reunidos em conselho de classe, avaliando os alunos difíceis. A escola bonita e bem cuidada é valorizada, seja pública ou particular. 

A situação mais difícil encontra-se nas instituições que atendem as favelas da periferia, onde o tráfico de drogas compete com uma escola despreparada para tal realidade. Indivíduos delinquentes aliciam os jovens para a vida curta no mundo dos tóxicos. Lá está o depoimento de quem não vê problema em roubar, e até matar, pois o castigo máximo são 3 anos de reclusão. 

Existe solução a curto prazo, as experiências que deram certo comprovam. No Rio temos a Escola Municipal João de Deus, um pequeno colégio da Penha que alcançou média 7,8 nas provas do Ideb, em 2009. Numa entrevista para o Jornal Futura, a diretora Luciana Landrino conta como a leitura e a produção de textos melhorou o desempenho dos alunos. Com trabalho e boa vontade há luz no fim do túnel. Ronan faz um longo comentário sobre Pro Dia Nascer Feliz no site Passa Palavra.


Curiosidade:
* Filmado em Itaquaquicetuba (Escola Estadual Parque Piratininga II, SP), São Paulo (Colégio Santa Cruz), Manari (Pernambuco) e Rio de Janeiro (Escola Guadalajara)

Diretor: João Jardim
Roteiro: João Jardim
Musica: Dado Villa-Lobos
Fotografia: Gustavo Hadba
Distribuidora: Copacabana Filmes

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Papai Noel das Cavernas

Rare Exports *
(2010) 82 min (14 anos)

Finlândia, Laponia - Faltam poucos dias para o Natal. No alto do monte Korvatunturi, uma equipe de americanos faz escavações a 486 metros de profundidade. Ao encontrar serragem debaixo do gelo, o chefe da expedição dá ordens expressas: - Continuem cavando, mas sigam fielmente as novas regras. Não fumem ou xinguem! À distância, dois garotos finlandeses observam a movimentação. Pietari e Juuso cortaram a cerca de metal que protegia a área para espiar o que estava acontecendo.

Na volta para casa, eles conversam sobre Papai Noel. Juuso afirma que é apenas uma invenção e Pietari resolve investigar por conta própria. Consultando vários livros, descobre que as lendas antigas pintavam Papai Noel como uma entidade maligna que punia as crianças malvadas. Algumas ilustrações mostravam um  idoso sinistro com chifres longos e retorcidos que batia nas crianças ou jogava-as num caldeirão fervente.

Pietari e Juuso
O Natal se aproxima e Pietari observa pegadas na neve perto da janela de seu quarto. Ele acha que deve ser Papai Noel que veio pegá-lo. No dia 23 de dezembro, Juuso e Pietari saem com os adultos para capturar o rebanho de renas que volta para a região. Quando só duas retornam, o grupo atribui a culpa às escavações do grupo de americanos. Chegando ao acampamento em Korvatunturi, descobrem que está deserto. Coisas estranhas acontecem neste Natal...

O filme finlandês tem um roteiro interessante, diferente, que transforma o doce velhinho de roupas vermelhas num monstro cruel. Nossa tradição plasmou a figura de Papai Noel a partir de São Nicolau, o bondoso bispo grego de Mira (atualmente Turquia), nascido de pais ricos na cidade de Patara. Seguindo os ensinamentos de Jesus, Nicolau usou sua herança para ajudar os pobres, doentes e sofredores. A festa de São Nicolau (270-343) é comemorada no dia 6 de dezembro na Igreja Católica.
São Nicolau por Thomas Nast




A versão americana da lenda de Papai Noel diz que ele mora no Polo Norte. Para a tradição inglesa, o bom velhinho habita as montanhas Korvatunturi, na Lapônia.


Curiosidade
* A imagem sorridente de um idoso gorducho, de barbas brancas e roupa vermelha, tornou-se popular a partir do século 19, devido à influência de um poema de Clement Clarke Moore (A Visit from St. Nicholas) e das ilustrações do cartunista Thomas Nast. Essa imagem foi aproveitada pelo artista Haddon Sundblom nos anúncios da Coca-Cola, a partir de 1931.

Diretor: Jalmari Helander
Roteiro: Jalmari Helander
Musica: Juri Seppä, Miska Seppä
Fotografia: Mika Orasmaa
Elenco: Onni Tommila, Jorma Tommila, Ilmari Järvenpää, Peeter Jakobi, Tommi Korpela, Rauno Juvonen, Per Christian Ellefsen
Distribuidora: California Filmes

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Menino de Ouro

Foster *
(2011) 90 min (12 anos)

Inglaterra - Alec e Zooey Morrison adoram o mundo das crianças. Ele tem uma fábrica de brinquedos em Londres e ela é escritora e proprietária de uma livraria especializada em literatura infantil. O casal se ama mas o relacionamento entre eles já foi melhor. A crise econômica mundial afetou as vendas da empresa de brinquedos e Zooey não consegue ficar grávida. Desde que perderam o filho Samuel num acidente, uma tristeza sólida habita esse lar. O quarto do menino permanece trancado como os sentimentos dos Morrison. 

Zooey pensa que adotar seria uma boa idéia. Alec não está tão entusiasmado, mas concorda em visitar Lange, uma instituição que abriga crianças à espera de adoção. Entrando na mansão, Zooey nota, e é notada, por um menino de 7 anos. De terno, gravata, chapéu e óculos, Eli parece um homenzinho. A senhora Lange faz algumas perguntas e despede o casal. Dias depois desta experiência, Eli aparece sozinho na porta dos Morrison, trazendo sua mala e documentação. Surpreendidos, Alec e Zooey acolhem o menino e coisas maravilhosas começam a acontecer.

Que delícia reconhecer a inglesa Hayley Mills (Pollyanna) como a elegante e discreta senhora Lange! Mas foi a mãe de Zooey (a atriz Anne Reid) minha personagem favorita do filme. Vestida em indumentárias vibrantes, ela lê histórias para os pequenos clientes da livraria. A simpática senhora parece estar em paz consigo mesma, satisfeita com o que a vida lhe traz. Seu espírito é tudo o que se deseja ter, especialmente no tempo do Natal. O Menino de Ouro é um filme agradável, que pode ser visto por toda família, mesmo os menores de 12 anos.

Anne Reid

Curiosidade:
* O filme foi gravado em Londres, durante 6 semanas

Diretor: Jonathan Newman
Roteiro: Jonathan Newman
Musica: Mark Thomas
Fotografia: Dirk Nel
Elenco: Toni Collette, Ioan Gruffudd, Maurice Cole, Richard E. Grant, Anne Reid, Hayley Mills, Robert Morgan
Distribuidora: California Filmes

domingo, 18 de dezembro de 2011

Toda Forma de Amor

Beginners *
(2010) 105 min (12 anos)

EUA, 2003 - O artista gráfico Oliver Fields colecionava alguns fracassos amorosos até conhecer a francesa Anna, apenas alguns meses depois do falecimento do pai, Hal Fields. Hal viveu sempre ao lado da mesma mulher e declarou-se homossexual logo após a morte da melancólica esposa Georgia. Ele já estava com 75 anos. O fato de descobrir-se com câncer pouco depois complicou, mas não mudou seu projeto de recomeçar a vida. Graças a sua postura positiva frente a doença e a determinação de viver com alegria o tempo que lhe restava, pai e filho se reaproximam.  E, enfim, aumentam as chances de um relacionamento significativo entre a imprevisível Anna e o tristonho Oliver.

O elenco é impecável, com destaques para Chistopher Plummer, Ewan Mc Gregor e Arthur, o esperto cachorrinho de Hal, um adorável terrier Jack Russell. Aparentemente, o filme baseia-se em fatos da vida do diretor-roteirista Mike Mills.

Vale a pena ler a boa análise feita por Wanderley Teixeira no seu blog Raining Frogs.

Diretor: Mike Mills
Roteiro: Mike Mills
Musica: Roger Neill, David Palmer, Brian Reitzell
Fotografia: Kasper Tuxen
Elenco: Ewan McGregor, Christopher Plummer, Mélanie Laurent, Goran Visnjic, Kai Lennox, Mary Page Keller, Keegan Boos, China Shavers, Melissa Tang, Amanda Payton, Luke Diliberto, Lou Taylor Pucci, Bambadjan Bamba, Hana Hwang, Samuel T. Ritter
Distribuidora: Universal

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Clara e Francisco

Chiara e Francesco
(2007) 3 horas e 20 min (Livre)

Coversblog
Italia - Francisco, filho de um rico comerciante de tecidos de Assis, com ambição de se tornar um fidalgo cavaleiro. Clara, de linhagem nobre, prometida em casamento ao jovem Ranieri di Bernardo. Chamados por Deus a viver a perfeição do Evangelho, Clara e Francisco trocaram o conforto da família para viver a corajosa opção de seguir Jesus na mais absoluta pobreza. De sua resposta generosa, teve início na Igreja a grande família franciscana, com sua mensagem de paz e amor, hoje espalhada no mundo inteiro. Clara e Francisco é um filme de valor pela veracidade histórica. (capa do DVD)

Estava triste de não ter colocado no blog um filme natalino antes de viajar. Seria uma comemoração do Advento. Eis que meu primo João elogia a história dos santos de Assis. De início me pareceu um filme mais antigo e me surpreendeu saber que era uma produção de apenas 4 anos atrás. À medida em que as vidas de Francisco e Clara avançavam, os detalhes técnicos perdiam importância e o valor humano se impôs. Dois santos generosos, simples, humildes e alegres, que prezavam o silêncio para estar diante de Deus. São exemplos que atraem, comovem. 

Um grupo de irmãos franciscanos está morando no Cosme Velho, na Toca de Assis. Às vezes são vistos caminhando aos pares pela rua das Laranjeiras. Que valorosos vizinhos! Para completar: diz-se que São Francisco de Assis criou o presépio, inspirado no Evangelho de São Lucas. Assim está contado em Clara e Francisco.  E, por isso, já tenho meu filme de preparação para o Natal! Viajo feliz!

Adoração dos Pastores, Angelo Bronzino

Curiosidade:
O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A idéia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. (Catequisar.com)

* As filmagens foram feitas na Umbria, na cidade de Gubbio, que fica a uns 44 km ao norte de Assis.

Diretor: Fabrizio Costa
Roteiro: Francisco Arlanch, Salvatore Basile
Musica: Marco Frisina
Fotografia: Giovanni Galasso
Elenco: Ettore Bassi, Mary Petruolo, Gabriele Cirilli, Luigi Diberti, Fabio Camilli, Ivano Marescotti, Antonella Fattori, Vincent Riotta, Ivan Franek, Roberto Nobile, Fabrizio Bucci, Angela Molina, Lando Buzzanca.
Distribuidora: Paulina Multimidia

domingo, 4 de dezembro de 2011

Um Breve Intervalo


Se Deus quiser, no momento em que essa postagem aparecer no blog, estarei incomunicável, bem sentada e um pouco apertada na poltrona de um Boeing 777 da United Airlines. Ficarei ausente por 9 dias, hospedada no Hotel DoubleTree, em Skokie. Na locadora, já deixei reservados os lançamentos de dezembro. Assim a volta fica ainda mais agradável e a vida volta à doce rotina.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

banner