Cyrus

Cyrus

(2010) 91 min (12 anos)

EUA - John é um editor independente, divorciado, triste, mas um bom sujeito.  A ex-esposa Jamie permaneceu sua amiga, está prestes a se casar novamente e se preocupa com a completa ausência de vida social do ex-marido.  Por insistência dela, John comparece a uma reunião onde conhece Molly, que se enternece com sua sinceridade e solidão.  Depois de uma noite inesquecível, o editor se alegra, arruma a bagunça em casa, recobra o ânimo de viver; ela é a mulher dos seus sonhos! Os dois se encontram algumas vezes na casa de John, mas Molly sempre parte durante a noite.  John fica intrigado; será que ela é casada?  Molly nega, mas John quer solucionar o mistério e resolve segui-la.  

Há vínculos mais fortes que um casamento!  John espreita a casa de Molly e descobre Cyrus.  O jovem aparentemente afável, franco e bem-educado, logo o convida a entrar.  Ingenuidade, simpatia à primeira vista ou uma tática para avaliar o intruso?  Os três parecem se entender, mas o musico de 21 anos se revela uma figura intrigante, mantendo um relacionamento de forte dependência com a mãe.  Será um caso de problema mental, ou possessiva imaturidade? Quando sobra egocentrismo, encontrar a felicidade ou partilhar os pais com estranhos torna-se impossível, qualquer que seja a idade.

Escrito e dirigido pelos irmãos Duplass, 'Cyrus' tem como produtores executivos os irmãos Tony e Ridley Scott.  Além da encantadora presença de Marisa Tomei, o nome dos ingleses depertou minha atenção para o filme. Resulta uma comédia dramática, ou 'dramédia' romântica, curiosa e bem interpretada.  Uma surpresa agradável.

Diretor: Jay Duplass & Mark Duplass

Roteiro: Jay Duplass & Mark Duplass

Musica: Michael Andrews

Fotografia: Jas Shelton

Elenco: John C. Reilly, Jonah Hill, Marisa Tomei, Catherine Keener, Matt Walsh

Distribuidora: Fox Video Brasil

O Vencedor

The Fighter *

(2010) 115 min (14 anos)

EUA, Massachusets - Alice Ward é casada com o simpático George, com quem tem um casal de filhos, já adultos.  Num relacionamento anterior, Alice teve um filho e mais 6 filhas! A numerosa família fala alto, se desrespeita, briga constantemente, mas gosta de conviver.  Alice não é fácil, acha que sabe o que é melhor para todos, especialmente no que se refere à carreira de pugilista dos filhos Dicky Eklund e Micky Ward.  

Dicky é uma lenda na cidade  de Lowell, desde que venceu uma luta contra o campeão Sugar Ray Leonard, na categoria dos meio-pesados.   Apesar de ser um lutador ágil  e com boa visão estratégica, o falante Eklund desperdiçou suas oportunidades ao se envolver com drogas pesadas.  Cedo ele começou a treinar o irmão caçula, que tem um estilo bem diferente.  De personalidade mais  modesta, Micky não evita o confronto com os adversários.  Resiste até cansá-los e ataca quando já apanhou muito e todos pensavam que devia desistir. 

Quando surge uma proposta interessante para Micky, a própria família ameaça sua chance de vitória. Alice dá prioridade à carreira do primogênito e Dicky falta aos treinos.  Ao lado de Ward estão o pai George, a namorada Charlene e o treinador Mickey O'Keefe.  Mas o jovem lutador também precisa dos conselhos do irmão e do apoio da mãe.  Será possível domá-los?

Christian Bale está impressionante como o fanfarrão Dicky Eklund.  Perdeu muito peso e dedicou-se com a mesma intensidade de sempre na composição do personagem.  Mas Melissa Leo, como Alice Ward, e as sete filhas, com suas roupas e penteados esdrúxulos, não ficam atrás na caracterização do conturbado ambiente familiar.  O que eu mais torcia é para que elas levassem uma boa lição!  O roteiro demonstra que, quando há afeto, mesmo uma família disfuncional tem sua contribuição a dar. O importante é relacionar-se com a parte saudável, positiva, que existe em cada pessoa, e relevar o resto. Amy Adams e Mark Wahlberg completam o ótimo elenco principal. Durante os créditos finais, os verdadeiros irmãos pugilistas conversam numa cena breve.

Micky Ward e Dicky Eklund

Curiosidade:

* O policial e treinador Mickey O'Keefe interpreta a si mesmo no filme.

Diretor: David O. Russell
Roteiro: Scott Silver e Paul Tamasy & Eric Johnson
Musica: Michael Brook
Fotografia: Hoyte Van Hoytema
Elenco: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo, Mickey O'Keefe, Jack McGee, Sugar Ray Leonard, Frank Renzulli
Distribuidora: Imagem

O Primeiro Amor

Flipped * *

(2010) 89 min (12 anos)

EUA - Quando estava na segunda série, Juli Baker viu Bryce Loski pela primeira vez.  Ficou imediatamente fascinada por seus olhos 'deslumbrantes'.  Mas a recíproca não foi verdadeira, e o garoto de 8 anos refugiou-se junto da mãe.  Para seu azar, além de vizinhos de rua, os dois estudam na mesma turma do colégio.  Durante anos, Bryce sente-se perseguido pelas atenções da 'esquisita' colega; especialmente porque Juli gosta até do seu cheiro, comparável ao aroma de melancia, e que ela não hesita em sentir mesmo durante a aula.

Na casa dos Loski,  o amargo chefe de família faz várias restrições às condições da residência dos Baker. Seus comentários impiedosos chegam a incomodar. É verdade que um jardim mal-cuidado desvaloriza a propriedade, mas melhor faz quem não julga apressadamente. 

O primeiro a descobrir o valor de Juli Baker é Chet, o avô de Bryce, que mudou-se depois de ficar viúvo.  A vivacidade e brilho da menina lembram-no da esposa.  Será que o neto algum dia pensará do mesmo modo?  Será que Juli ainda estará interessada?

Desde 'Conta Comigo' (1986), Rob Reiner tem dirigido alguns filmes bastante populares.  Seja pelos ótimos roteiros, delineamento dos personagens, direção dos atores, cenografia, edição ou música, tudo concorre para tornar a experiência do espectador um momento agradável.  Desta lista fazem parte 'A Princesa Prometida', 'Louca Obsessão', 'Meu Querido Presidente', 'Fantasmas do Passado', 'A História de Nós Dois' e 'Antes de Partir'. 'O Primeiro Amor' é um filme adorável, que enfatiza a importância de se desenvolver o caráter, além de revelar a perdida vulnerabilidade e pureza de adolescentes no início dos anos 60.  Os protagonistas mirins estão brilhantes em seus papéis.

Curiosidade:

* No livro, a história se passa no início da primeira década do século XXI.  O filme é ambientado no começo da década de 60.  A gravação foi feita em Michigan. (imdb)

Diretor: Rob Reiner

Roteiro: Rob Reiner & Andrew Scheinman, baseado no livro da escritora Wendelin Van Draanen

Musica: Marc Shaiman

Fotografia: Thomas Del Ruth

Elenco: Madeline Carroll, Callan McAuliffe, Rebecca De Mornay, Anthony Edwards, John Mahoney, Penelope Ann Miller, Aidan Quinn, Kevin Weisman, Morgan Lily, Ryan Ketzner, Gillian Pfaff, Ashley Taylor, Cody Horn

Distribuidora: Warner Bros Pictures

Revolução em Dagenham

Made in Dagenham * *

(2010) 113 min (16 anos)

Inglaterra, 1968 - Na fábrica Ford, em Dagenham, trabalham 55.000 homens e 187 mulheres.  As operárias costuram os estofados para os bancos dos automóveis num galpão pouco ventilado, de onde pingam generosas goteiras nos dias de chuva.  O solidário chefe Albert Passingham percebe que só uma greve despertaria os dirigentes da fábrica para as injustas e inadequadas condições de trabalho. A proposta é aceita por unanimidade no galpão.  

Quando chamadas a negociar, Albert sugere que Rita O'Grady acompanhe a representante das operárias nos escritórios da Ford em Warley.  O administrador considera absurda a situação de suas subordinadas, especialmente porque recebem uma fração do salário dos homens, por um trabalho de semelhante qualificação.  Rita e Connie dão início a uma batalha sem trégua com a direção da fábrica e com os acomodados líderes sindicais, que priorizam os direitos dos homens.

Os trabalhadores ficam nervosos com a paralisação da linha de produção, decorrente da falta de capas para os bancos dos automóveis. Apesar dos sacrifícios envolvidos, as operárias não podem esmorecer; é agora ou nunca.  Elas permanecem unidas na luta pela equiparação aos salários dos homens. Uma campanha seguida com interesse por todas as mulheres do país e do mundo, especialmente Barbara Castle, a secretária do Trabalho do Primeiro-Ministro trabalhista Harold Wilson.

Rita O'Grady não sabia nada de política.  Era uma funcionária sem ambições pessoais, boa colega, esposa e mãe dedicada. Rita foi descobrindo aos poucos a própria voz para defender uma causa justa, até então negligenciada pelos políticos e empresários.  'Revolução em Dagenham' sintetizou a luta de várias grevistas na personagem Rita.  Atualmente 30% dos sindicatos são dirigidos por mulheres, embora elas representem 50% da força de trabalho na Inglaterra.  (Guardian) Precisamos de uma Rita O'Grady no Brasil.  Quando haverá creches públicas suficientes e escolas de qualidade para todas as crianças?  Já temos uma presidente; continuamos esperando ações relevantes em favor de todas as mulheres e crianças brasileiras.  Sally Hawkins está esplêndida como Rita.  Sensível, cordial e espontânea.

Curiosidade:

* Sandie Shaw interpreta a música título "Made In Dagenham".  A cantora trabalhou na fábrica da Ford em Dagenham muitos anos antes dos fatos acontecidos no filme.

Diretor: Nigel Cole
Roteiro: William Ivory
Musica: David Arnold
Fotografia: John De Borman
Elenco: Sally Hawkins, Bob Hoskins, Miranda Richardson, Geraldine James, Rosamund Pike, Andrea Riseborough, Jaime Winstone, Daniel Mays, Richard Schiff, John Sessions, Rupert Graves, Roger Lloyd-Pack, Richard Bailey
Distribuidora: Sony Pictures Home Entertainment

Secretariat - Uma Historia Impossivel

Secretariat *

(2010) 123 min (10 anos)

EUA, 1969 - Helen Bates Chenery Tweedy era casada há vários anos, já tinha 4 filhos, quando a mãe morreu e ela voltou temporariamente para fazenda dos pais, um haras na Virginia. A idéia inicial era preparar o negócio deficitário para a venda. Mas tudo mudou quando Penny ficou sabendo que, nos estábulos da propriedade, duas éguas esperavam os herdeiros de Bold Ruler, um veloz campeão das pistas de corrida.  O sócio na empreitada era um milionário que disputaria na moeda a escolha de um dos potros. 

Apesar das dívidas do haras e da pressão que sofreu da família, Penny preferiu apostar no filho do campeão com Somethingroyal, uma égua considerada velha (17 anos) mas que vinha de uma linhagem de equinos resistentes.  Alguns meses depois, toca o telefone na casa dos Tweedy.  Chegou a hora e Penny voa para a fazenda com o filho caçula.  De pé logo ao nascer, o potrinho vermelho Secretariat encantou todos os que estavam no estábulo.  Um caso de amor à primeira vista.  Estabelecido o vínculo, proprietária, encarregado e treinador embarcam numa emocionante e compensadora aventura.  O popular Secretariat amava correr e viveu 19 anos muito proveitosos.  

O filme de Randall Wallace "foi elogiado pelos conhecedores do mundo do turfe, pela fiel reconstrução da história real.  Mas seu maior mérito é que se torna interessante também para os leigos, porque consegue criar suficiente tensão dramática e emoção nas competições." (decine21)  Vale a pena alugar o DVD e assistir aos extras, para compreender porque o belo cavalo vermelho,  que parecia posar para as câmeras, tornou-se uma lenda no esporte.

John Malkovich está completamente natural como o excêntrico treinador canadense Lucien Laurin e Diane Lane entregou-se ao papel da corajosa dona de casa que ousou viver um sonho.  Bonita fotografia.

Curiosidades:
* O site britânico Daily Mail compara ficção e realidade:  Em muitos cavalos vencedores de corrida, as patas dianteiras e traseiras fazem um ângulo entre 83 e 90 graus.  As patas de Secretariat formavam um ângulo de 110 graus.  Isso significa que a passada do campeão cobria 20% mais chão do que a dos seus rivais.

* Uma autópsia revelou que o coração do cavalo era duas vezes e meia maior do que o normal.

Diretor: Randall Wallace
Roteiro: Mike Rich, baseado no livro "Secretariat: The Making of a Champion" de William Nack
Musica: Nick Glennie-Smith
Fotografia: Dean Semler
Elenco: Diane Lane, John Malkovich, Dylan Walsh, Margo Martindale, Ronnie Turcotte, Scott Glenn, Nelsan Ellis, James Cromwell, Fred Dalton Thompson, Drew Roy, Dylan Baker
Distribuidora: Disney DVD

O Retorno de Tamara

Tamara Drewe * *
(2010) 112 min (16 anos)

Inglaterra - Em Ewedon, na região de Dorset, longe do estresse da cidade grande, existe um refúgio onde escritores podem se sentir no paraíso:  a fazenda do famoso autor de livros policiais Nicholas Hardiment.  O retiro dos escritores é governado com discrição e perícia por Beth, devotada esposa de Nicholas, com a ajuda do vigoroso Andy Cobb.

Aqueles que buscam silêncio e inspiração podem contar com refeições generosas em boa comida e conversa interessante.  À hora do chá, a gentil sra. Harding produz doces e bolos para alimentar os cérebros em processo de criação.  Nicholas reconhece o valor da esposa, mas tem um espírito por demais inquieto e os olhos por demais curiosos para os atributos de mulheres mais jovens.

Eis que Tamara Drewe chega a Exedon . Ex-moradora da vila, jornalista de profissão, com um pequenino nariz novo e um short diminuto, Tamara vem com a missão de vender a casa onde passou a infância com a mãe.  Sua aparição perturba a paz dos homens e incita a fofoca entre as mulheres.  Beth Hardiment acha que meninas abandonadas pelo pai tem péssimo gosto para namorados.

Thomas Hardy

Entre os hóspedes  da pensão literária há um professor americano, especialista em Thomas Hardy e admirador da "Bem-Amada", um de seus romances menos conhecidos.  O autor inglês cria personagens trágicos, marionetes das paixões e circunstâncias sociais.  Isto não prenuncia finais felizes. Duas adolescentes entediadas, moradoras de Ewedon, podem precipitar os acontecimentos que envolvem Tamara, seus admiradores, o casal Hardiment e alguns pensionistas.

Filmes de Stephen Frears são jóias primorosas pela estética, qualidade técnica e emoção, sejam eles grandiosos ou modestos.  O diretor de 'A Rainha', 'Ligações Perigosas', 'Chéri', 'Alta Fidelidade',  'Coisas Belas e Sujas', 'Herói por Acidente', é um artista requintado.

Curiosidade:

* O corpo de Thomas Hardy (1840-1928) encontra-se no Canto dos Poetas, na ala sul da Abadia de Westminster, mas seu coração foi levado para Dorset, pois era seu desejo ser enterrado ao lado da primeira esposa.

 
Diretor: Stephen Frears
Roteiro: Moira Buffini, adaptado dos quadrinhos de Posy Simmonds, que se inspirou no romance "Longe deste Insensato Mundo", de Thomas Hardy
Musica: Alexandre Desplat
Fotografia: Ben Davis
Elenco: Gemma Arterton, Roger Allam, Bill Camp, Dominic Cooper, Luke Evans, Tamsin Greig, Jessica Barden, Zahra Ahmadi, Pippa Haywood, Joel Fry, Lola Frears, Cheryl Campbell, Amanda Lawrence, Susan Wooldridge, Josie Taylor
Distribuidora: Sony Pictures Home

Além da Vida

Hereafter * * *

(2010) 128 min (12 anos)

Em 26 de dezembro de 2004, a jornalista francesa Marie Lelay passa uns dias de férias no sudeste da Ásia com Didier, seu amante e chefe de 'Visão dos Fatos', programa de TV do qual é apresentadora.  Marie perambula pelo mercado da cidade tailandesa, em busca de presentes para os filhos de Didier.  Nesse momento, o mar recua bruscamente e forma-se uma onda gigantesca que devasta a região.  Marie é uma das centenas de milhares de pessoas levadas pela tsunami e tem uma experiência de quase-morte.  Perde a noção do tempo, vê uma luz fulgurante e vultos que murmuram.

Num estúdio fotográfico em Londres, os gêmeos Marcus e Jason tiram uma fotografia para presentear a mãe Jackie.  Aos 12 anos, os irmãos sentem a responsabilidade de protegê-la e esperam pacientemente que se liberte do vício da heroína.  Mas para enfrentar a perda de uma pessoa muito próxima, um adolescente pode precisar de ajuda sobrenatural

Em São Francisco, o operário George Lonegan trabalha na empresa C&H, onde recebe um salário modesto.  Mas o americano está satisfeito.  À noite ele frequenta o curso de culinária do chef Carlo, onde vai aprender a preparar o clássico molho de tomate da Toscana.  Ao som de óperas italianas, o grupo fatia os ingredientes da receita e degusta sabores variados.  George quer esquecer o passado, quando ganhava a vida como vidente profissional, entrando em contato com pessoas falecidas.  Ele acredita que não se pode construir uma vida em torno da morte. De suas casas em Paris, Londres e São Francisco, partem três pessoas para um provável encontro.  Como se tocarão os seus destinos?

Gostei de tantas coisas neste filme do Clint!   A abertura com a cena da tsunami é espetacular. A fotografia e o  elenco estão impecáveis.  O roteiro de Peter Morgan é bastante original e o filme evolui com emoção, construindo cuidadosamente os personagens. Para completar, George Lonegan ama os livros de Charles Dickens, cujo retrato traz pendurado numa parede do apartamento.  Antes de dormir, o americano escuta uma gravação das "Aventuras de David Copperfield", romance levemente autobiográfico do autor inglês e um dos meus favoritos.  Embora não seja uma unanimidade para os críticos ou público (no site IMDB, a média dos votos de mais de 21.700 pessoas é 6,8), "Além da Vida" tornou-se irresistível para mim.  Talvez seja prudente dar um certo desconto para tamanho entusiasmo.

Bryce Dallas Howard

Curiosidades:

* Bryce Dallas Howard (A Vila) interpreta uma das alunas do curso de culinária.  A atriz é filha do diretor Ron Howard (Apolo 13, Frost/Nixon, Uma Mente Brilhante, O Jornal, Backdraft)

* O filme foi retirado dos cinemas do Japão depois que o terremoto e a tsunami devastaram o país em março de 2011.

Diretor: Clint Eastwood

Roteiro: Peter Morgan

Musica: Clint Eastwood

Fotografia: Tom Stern

Elenco: Matt Damon, Cécile de France, Thierry Neuvic, Richard Kind, Jay Mohr, Frankie McLaren, George McLaren, Lyndsey Marshal, Rebekah Staton, Declan Conlon, Steven R. Schirripa, Bryce Dallas Howard, Tom Beard, Niamh Cusack, George Costigan, Claire Price, Surinder Duhra, Marthe Keller, Derek Jacobi

Distribuidora: Warner Bros Pictures

O Primeiro Que Disse

Mine Vaganti *

(2010) 108 min (12 anos)

Italia - Uma bela noiva percorre as ruas antigas da cidade de Lecce, de mãos dadas com um rapaz de terno.  Algo a preocupa.  Passadas várias décadas, a noiva se tornou a matriarca da família Cantone, mas as lembranças da juventude ainda a perseguem. Os Cantone são uma família tradicional do sul da Itália, proprietários de uma fábrica de massa na região da Apulia, bem no meio do salto, no país em forma de bota.  

Numa casa ampla e iluminada moram a avó com o casal de filhos: Luciana, ainda solteira, e Vincenzo, casado com Stefania.  Sob o mesmo teto vive Antonio, o neto primogênito.  Os outros filhos de Vincenzo e Stefania Cantone são Elena, já casada, mãe de 2 meninas, e Tommaso, que mora em Roma e chega de surpresa para visitar a família.  

A intenção de Tommaso era contar aos pais sobre sua homossexualidade e o desejo de se tornar escritor, mas o irmão Antonio arruina seus planos e impede sua volta imediata para Roma.

O clima na confortável residência dos Cantone é afetuoso.  Vincenzo era um pai orgulhoso do filho, até a inesperada revelação de sua preferência sexual.  Depois de expulsá-lo de casa, Vincenzo tem vergonha de ser visto na rua.  Ele imagina que todos na pequena Lecce já sabem da novidade. Ainda assim é retratado com simpatia.  O tema, que poderia parecer trágico, é conduzido com leveza.  O olhar do diretor sobre os personagens é bem-humorado e terno, revelando os diferentes dramas de cada um.  No final, o que importa é compreender, respeitar e manter vivo o afeto.  Assim todas as dores machucam menos.

Diretor: Ferzan Ozpetek

Roteiro: Ivan Cotroneo & Ferzan Ozpetek

Musica: Pasquale Catalano

Fotografia: Maurizio Calvesi

Elenco: Riccardo Scamarcio, Nicole Grimaudo, Alessandro Preziosi, Ennio Fantastichini, Lunetta Savino, Ilaria Occhini, Elena Sofia Ricci, Bianca Nappi, Carmine Recano, Massimiliano Gallo, Carolina Crescentini

Distribuidora: Imovision

Legalmente Loira

Legally Blonde * *
(2001) 96 min (Livre)

EUA -   Nascida e criada em Beverly Hills, a popular Elle Woods poderia parecer apenas mais uma Barbie loura, interessada exclusivamente em cabelos, compras e casamento.  Realmente, tornar-se a senhora Warner Huntington III é o sonho de sua vida.  Quando seus planos sofrém um revés, depois de verter algumas lágrimas, Elle se reorganiza e vai à luta.  Levanta acampamento, deixando para trás a família, os shoppings de Los Angeles e as amigas da Irmandade Delta Nu.  A californiana aterriza na Costa Leste, no campus de Harvard, com muitas malas, cachorro e planta.

O prêmio de sua aventura será mais valioso do que imaginara.  Elle Woods vai muito além da inteligência e dos conhecimentos especializados em moda; a garota possui caráter e bom coração.  Só mesmo um tolo para deixá-la escapar, afinal ela une os talentos de Jackie O. aos atributos de Marilyn Monroe.

'Legalmente Loira' é mais um desses filmes feitos para atrair muitas adolescentes e surtir efeito contrário nos homens. Comédia romântica não é para qualquer um. Reese Witherspoon está perfeita no papel da cativante loura que parece desmiolada.  Há clássicos sofisticados que  me deixam quase indiferente e comédias previsíveis e despretensiosas que se tornam inesquecíveis.  Dá para viver sem alguns feel-good movies?  Eu não consigo, de tempos em tempos preciso relaxar despreocupadamente, assistindo um filme agradável, como esse do australiano Robert Luketic. Realizado "com 18 milhões de dólares, arrecadou mais de 90 milhões só nos Estados Unidos, sendo que 20 milhões só no fim-de-semana de estréia." (Omelete)

Amanda Brown

Diretor: Robert Luketic

Roteiro: Karen McCullah Lutz & Kirsten Smith, baseado no livro de Amanda Brown

Musica: Rolfe Kent

Fotografia: Anthony B. Richard

Elenco: Reese Witherspoon, Luke Wilson, Selma Blair, Matthew Davis, Victor Garber, Jennifer Coolidge

Distribuidora: MGM Home Entertainment

Curiosidade:
* Filha de advogados bem-sucedidos, a escritora Amanda Brown é loura e estudou direito em Stanford. Atualmente mora com o marido e a filha em São Francisco

* O máximo de pontos no teste LSAT é 180

* As duas últimas cenas foram gravadas meses depois na Inglaterra, onde Reese Witherspoon estava filmando 'The Importance of Being Ernest' (A Importância de Ser Prudente)

12 Homens e Uma Sentença

12 Angry Men * *
(1957) 96 min (Livre) Preto e Branco

EUA - No dia mais quente do ano, um adolescente de um bairro pobre da cidade de Nova Iorque está sendo julgado pelo assassinato do pai.  Se for considerado culpado, o esquálido jovem terá como destino a cadeira elétrica. O advogado da defesa foi indicado pelo tribunal e não se empenhou suficientemente no caso. 12 cidadãos  da classe média se dirigem à sala do júri para deliberar até chegarem a um consenso.  

Diante dos testemunhos e das provas apresentadas, 11 homens estão convencidos da culpa do réu.  Apenas um deles considera existir uma dúvida razoável.  Conseguirá o jurado nº 8 superar o desinteresse de alguns e os preconceitos da maioria?  Diante de reações acaloradas, e até agressivas, exibirá Mr. Davis suficiente calma, persistência e habilidade de convencimento?  A vida do jovem depende disso.

É preciso um grande diretor, elenco talentoso, ótimo roteiro e câmera ágil, para manter vivo o interesse, quando a ação de um filme transcorre entre as mesmas quatro paredes, durante 95 minutos.  '12 Homens e Uma Sentença' tem todos os elementos necessários para prender nossa atenção até o final.  Merece uma conferida.  O filme ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Curiosidade:

* No começo do filme, as câmeras estão posicionadas acima do nível dos olhos, com lentes grande-angular, para dar a impressão de maior distância entre as pessoas.  À medida em que o filme progride, as câmeras se posicionam ao nível dos olhos.  Ao final do filme, quase todas as tomadas são feitas em close-up, com as lentes tele focalizando abaixo do nível dos olhos, para aumentar a impressão de claustrofobia. (imdb)
* Na última tomada, Lumet usa uma lente grande angular "para nos permitir, finalmente, respirar." (Roger Ebert)

* O filme continua sendo exibido aos alunos de muitas faculdades de Direito, como exemplo da utilização de técnicas de persuasão, raciocínio e convicção. (decine21) 

Diretor: Sidney Lumet
Roteiro: Reginald Rose
Musica: Kenyon Hopkins
Fotografia: Boris Kaufman
Elenco: Martin Balsam, John Fiedler, Lee J. Cobb, E. G. Marshall, Jack Klugman, Edward Binns, Jack Warden, Henry Fonda, Joseph Sweeney, Ed Begley, George Voskovec, Robert Webber, Rudy Bond, James Kelly, Billy Nelson, John Savoca
Distribuidora: United Artists/ MGM DVD

Incontrolável

Unstoppable *
(2010) 98 min (10 anos)

EUA - Em 2001, um trem desgovernado saiu de Walbridge, Ohio, e percorreu 106 km, levando milhares de galões de um produto químico tóxico e inflamável.  O filme de Tony Scott inspirou-se nesse evento, mas ambientando-o na Pensilvania.

Ao norte do estado, uma turma de crianças prepara-se para uma excursão escolar. O grupo embarca num vagão para aprender noções sobre segurança nos trilhos.  Na cidade de Stanton, ao sul, o condutor novato Will Colson chega para o primeiro dia de trabalho.  Depois de levar uma gozação dos funcionários mais antigos, Will embarca na locomotiva com o experiente engenheiro Frank Barnes.

A história vai mostrar como a falta de cuidado em detalhes - considerados insignificantes por quem pratica - fragiliza a segurança e pode levar a grandes tragédias.  Em Fuller, o condutor Dewey saltou da locomotiva 777, que trafegava em marcha lenta, para fazer um ajuste na linha férrea.  Realizado o procedimento, o funcionário não conseguiu embarcar a tempo e viu o trem vermelho seguir pelos trilhos sem nenhum condutor na cabine.  Em Stanton, por engano, Will Colson engata alguns vagões a mais  na locomotiva, em desacordo com a ordem do dia.  Passados alguns instantes, Frank Barnes percebe o erro, mas recusa-se a voltar atrás para não perder o horário.

A locomotiva 777 vai ganhando velocidade, correndo a 112km/h em direção à cidade de Stanton, onde uma curva fechada certamente descarrilhará os vagões, causando uma catástrofe.  No seu caminho estão as crianças da excursão escolar e o trem conduzido por Barnes e Colson.  A tragédia parece inevitável e só podemos torcer para que as crianças e a dupla de ferroviários se salvem.

'Incontrolável' tem bom ritmo, cenas de ação e suspense na medida certa, com pequenas doses de dramas dos personagens principais.  Sublimando suas dificuldades, os protagonistas se envolvem em atos de sacrifício pessoal.  O filme torna-se algo mais do que apenas ação em alta velocidade.

Diretor: Tony Scott
Roteiro: Mark Bomback
Musica: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Ben Seresin
Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Kevin Chapman, Jessy Schram, Elizabeth Mathis, Meagan Tandy, Dylan Bruce
Distribuidora: Fox Filmes

Encantadora de Baleias

Whale Rider * *
(2002) 101 min (12 anos)

Nova Zelandia - Em Whangara, uma pequena vila na costa da Ilha Norte, o povo Maori se diz descendente da Paikea, o domador de baleias.  Por mais de 1000 anos, um chefe passou o título a um herdeiro homem. A nora do chefe Koro está grávida de gêmeos.  Complicações na hora do parto causam a morte da mãe e de um dos bebês.  Sobrevive a menina, para desespero do avô.  Não suportando o sofrimento por tamanha perda, o herdeiro do chefe abandona a vila, deixando a filha sob os cuidados de Koro e Nanny Flowers, a mais amável avó que uma garota pode desejar.  

Aos poucos, o chefe Koro vai sendo conquistado pelo temperamento gentil e prestativo da neta Paikea. Mas não o suficiente para passar o título de chefe para uma menina.  Ainda que ela demonstre, aos 12 anos, ter o interesse pela cultura e o espírito forte de um líder disposto a servir o seu povo.  Koro chama os meninos da comunidade para um aprendizado sobre as tradições Maori, incluindo a luta com a taiaha, um bastão usado na guerra e nas exibições rituais.  Os pais orgulhosos trazem seus filhos à Casa de Reunião, enquanto Pai é proibida de participar ou assistir aos treinamentos.   Mas uma avó amorosa tem múltiplos recursos quando se trata de cuidar de seus amores.  Nanny Flowers tem uma idéia e a providência se encarrega do resto.

Para mim, Nova Zelândia era um ponto perdido no mapa, do outro lado do mundo, onde se inventou o bungee-jumping e se praticavam outros esportes radicais. Então, em janeiro de 2011, minha filha e quatro amigas estudaram e passearam em Auckland durante quatro semanas.  Aprendi à custo sobre os quinze fusos horários e 12259 km que nos separam.  Na volta das meninas, ficamos sabendo sobre a natureza deslumbrante, as cidades limpas, a dança do haka, e, o mais importante, um povo acolhedor, alegre, organizado, que sabe curtir a vida, respeitar a natureza e receber os turistas.  Assim me voltou à lembrança o filme de Niki Caro.

'Encantadora de Baleias' foi premiado nos Festivais de Sundance, Toronto e São Francisco, entre vários outros.  A diretora recebeu o Humanitas Prize pelo filme, em 2003.  O elenco infantil ganhou o BAFTA no mesmo ano.  O filme neozelandês colecionou prêmios e emocionou platéias ao redor do mundo. Entre seus muitos pontos positivos, destaco a maneira mansa com que Paikea reagia à severidade do avô: jamais com irritação, orgulho ou raiva.  Mesmo triste, mantinha sua dignidade, sem abrir mão de seus legítimos interesses e sede de conhecimento.  Um exemplo cativante.

Curiosidades:
* escolhida entre mais de 10.000 meninas, Keisha Castle-Hughes brilha no papel de Paikea.

* baseado no romance do autor maori Witi Ihimaera, 'Encantadora de Baleias' é dirigido e adaptado pela neo-zelandesa Niki Caro.  Ela não é uma nativa, mas tomou enormes precauções para assegurar a autenticidade do filme, como contratar consultores locais, utilizar atores maoris e rodar todas as cenas no mesmo local em que se passa o livro. (Omelete)

* Witi Ihimahera estava em Nova Iorque, olhando para o Hudson, quando uma baleia entrou pelo rio.  Barcos a rodeavam, enquanto lançava esguichos de vapor para o alto.  O escritor lembrou-se de sua terra e das lendas sobre as baleias.  Retornou à cidade e escreveu o livro em três semanas. (been-seen)

Whangara (Wikipedia)

Diretora: Niki Caro
Roteiro: Niki Caro, baseado no livro de Witi Ihimaera
Musica: Lisa Gerrard
Fotografia: Leon Narbey
Elenco: Keisha Castle-Hughes, Rawiri Paratene, Vicky Haughton, Cliff Curtis, Grant Roa, Mana Taumaunu, Rachel House, Taungaroa Emile, Tammy Davis, Mabel Wharekawa, Rawinia Clarke, Tahei Simpson, Roi Taimana, Elizabeth Skeen, Tyronne White, Taupua Whakataka-Brightwell, Tenia McClutchie-Mita
Distribuidora: Spectra Nova

O Mafioso

Bulletproof Gangster
(2011) 106 min (16 anos)

'Somos beberrões.  Somos lutadores.  Somos mentirosos.  Mas há algo bom em todo irlandês'

EUA - Daniel J. Patrick Greene pertencia a uma família de imigrantes irlandeses, estabelecida em Cleveland.  Órfão cedo, aprendeu a se virar sozinho.  Não tinha gosto pelos estudos,  mas era atlético, um ágil jogador de basquete e baseball.  Ainda na escola, costumava ser perseguido pelos alunos de origem italiana e se envolvia em brigas frequentes.  Quando adulto, John Nardi era o único italiano a quem considerava um amigo.  

Danny trabalhou no sindicato de estivadores e envolveu-se com a máfia, donde lhe vieram seus maiores problemas.  Danny Greene gostava de pensar em si mesmo como um guerreiro celta, sentia orgulho da ascendência irlandesa.  Tinha um perfil diferente do criminoso comum, apreciava leitura, não era apegado ao luxo. Podia espancar, matar, desviar fundos do sindicato, mas o fanfarrão ajudava velhinhas.  Me peguei torcendo a seu favor, na guerra contra os cruéis mafiosos italianos.   

O filme de Jonathan Hensleigh pouco falta para transformar Daniel Green num Robin Hood urbano.  Mas conta com um elenco de apoio competente e inclui imagens de arquivo dos noticiários de televisão do período, quando 35 explosões ocorreram no centro de Cleveland.  Filmes baseados em fatos reais sempre me impressionam. E certamente fui influenciada por minha simpatia pela Irlanda.  Também acho que há algo de bom em todo irlandês.

Daniel Patrick Green

Curiosidade:
* O plano para matar o verdadeiro Danny Greene envolveu uma inédita falha no sistema de segurança do FBI.  Um funcionário foi subornado pela máfia e roubou, de uma sala secreta, a lista confidencial de informantes.  Os agentes de Cleveland agiram rapidamente, sanando o vazamento e prendendo o funcionário.

Diretor: Jonathan Hensleigh
Roteiro: Jonathan Hensleigh e Jeremy Walters, baseado no livro de Rick Porrello To Kill the Irishman: The War That Crippled the Mafia
Musica: Patrick Cassidy
Fotografia: Karl Walter Lindenlaub
Elenco: Ray Stevenson, Vincent D' Onofrio, Val Kilmer, Christopher Walken, Fionnula Flanagan, Jason Butler Harner, Robert Davi, Tony Lo Bianco, Ellie O' Hara, Paul Sorvino, Marcus Thomas
Distribuidora: Universal

A Rainha

The Queen * * *
(2006) 103 min (Livre)

Inglaterra - Os membros da realeza são treinados a seguir o protocolo e não demonstrar seus sentimentos.  Servir o povo é a primeira missão do monarca inglês.  Quando Lady Di morre, num acidente de carro em Paris, já estava separada do herdeiro do trono da Inglaterra e não usava mais o título de Princesa de Gales.  Mas seria sempre princesa no coração dos ingleses e de admiradores em todo o mundo.  

Pensando proteger os netos William e Harry da exposição pública, Elizabeth II permanece com eles no Castelo de Balmoral, seu refúgio de verão, na Escócia.  Mas os ingleses não se conformam e cabe ao estreante Tony Blair, Primeiro Ministro do Partido Trabalhista em 18 anos, mostrar à experiente soberana os passos a seguir para não perder contato com seu povo.

O filme de Stephen Frears é para ser assistido muitas vezes.  Só assim para pegar as nuances das interpretações dos protagonistas, reparar na riqueza de detalhes, no bom-gosto do cenário, na bela fotografia do carioca Affonso Beato, além de emocionar-se com as imagens de arquivo da alegre e linda Diana Spencers, com a multidão prestando suas homenagens ou a chegada dos convidados para o funeral na Abadia de Westminster. 'A Rainha ' é uma dessas obras imperdíveis.  A beleza do Castelo de Balmoral e seus arredores merecem uma visita.  Neste ambiente Elizabeth II parecia mais à vontade, vestindo sapatos resistentes e roupas esportivas, dirigindo seu Range Rover. 

Balmoral Castle

Curiosidades:

* A performance de Helen Mirren como Rainha Elizabeth II recebeu aplausos de pé durante 5 minutos, na première do filme no Festival de Veneza.

* Muitas partes do filme são vida real.  Inclui várias entrevistas de Diana à imprensa, cenas externas em Buckingham Palace: exibição das flores levadas pelos fãs da princesa, assim como as pessoas na multidão sendo entrevistadas.  Durante o funeral, as celebridades são filmadas chegando na Abadia: Pavarotti, Elton John, Tom Cruise, Steven Spielberg, Nicole Kidman. O irmão de Diana lê seu emocionado discurso.

* Dizem que a Rainha Elizabeth recusou-se a assistir o filme, pois não queria reviver uma das piores semanas da sua vida.

Diretor: Stephen Frears

Roteiro: Peter Morgan

Musica: Alexandre Desplat

Fotografia: Affonso Beato

Elenco: Helen Mirren, Michael Sheen, Alex Jennings, James Cromwell, Roger Allam, Sylvia Syms, Douglas Reith, Gray O'Brien, Helen McCrory, Mark Bazeley, Jake Taylor Shantos, Dash Barber

Distribuidora: Europa Filmes